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Lydia

— O QUE VOCÊ PRECISA É DE UM RETOQUE TOTAL, VOU TRANSFORMAR O SEU RASCUNHO EM ARTE FINAL…

Estávamos os cinco dentro do carro, indo em direção a casa do menino. Dinho cantava com todos os pulmões “Como eu quero” do Kid Abelha, que tocava no rádio. Bento, que estava ao seu lado, o olhava torto e de cara fechada. Sérgio, que estava no banco do motorista, já estava perdendo a paciência.

— Dinho, se você não parar, eu juro que vou te jogar pela janela!

Eu desviei o olhar, me segurando pra não rir da cara dos dois. Dinho assumiu uma expressão emburrada e cruzou os braços, resmungando sem parar.

— Você é chato, viu falcão? — imita um voz engraçada.

Eu e Samuel, que estava no banco do passageiro, começamos a rir de forma desenfreada, percebendo que Sérgio tinha ficado com a feição toda vermelha de raiva.

— Sérgio, você está indo na direção errada! — Samuel exclamou, tentando manter a calma.

— Eu sei o que estou fazendo, relaxa! — Sérgio respondeu, tentando parecer confiante, mas claramente perdido.

Enquanto os dois discutiam sobre o melhor caminho a seguir, o carro acabou entrando em um engarrafamento horrível. Motivo: obras na estrada. Pelo amor, quem é que faz obras em pleno horário de pico da cidade?

— Mas que porra, estamos presos aqui! — Samuel lamentou, batendo a cabeça no encosto do banco.

— A gente sai cedo e ainda acontece isso! — Sérgio reclamou. — Se aqui tá assim, imagina quando a gente for pra casa do garoto?

— Bem, pelo menos temos uma ótima vista aqui no engarrafamento, não é mesmo? — tentei animar o clima, apontando para as construções ao redor.

Samuel e Sérgio trocaram olhares e logo reviram os olhos, dando risada.

— Você sempre encontra o lado positivo das coisas, Lydia. Isso é incrível. — Samuel me olhou.

Eu sorri, agradecendo o elogio e o olhei com uma intensidade tão grande, que o rapaz logo enrubesceu, arrancando um riso soprado de seu irmão e todos fizeram um coro de “Hum”, me deixando envergonhada.

— Samuel, Samuel… — Dinho diz sugestivamente, levantando as sobrancelhas e aposto que virei um tomate.

— Vai á merda, Alecsander! — Dou o dedo do meio pra ele.

Finalmente conseguimos escapar do engarrafamento e estávamos no caminho certo. Mas, como a nossa sorte é muito grande, o automóvel começou a parar lentamente e Sérgio fechou os olhos com força.

— Não meu, é muito azar isso… — Sérgio exclamou, batendo no volante com frustração.

— Pera, vou ver o que é. — Bento disse, abrindo o capô do carro e tentando identificar o problema.

Ele começou a examinar o motor com atenção e nós aguardávamos ansiosos dentro do carro. Enquanto trabalhava para corrigir o problema, decidimos sair do carro e esticar as pernas.

— Bora ficar lá fora, tá fazendo muito calor aqui! — Abro a porta do carro.

O sol batia forte, e a temperatura começava a ficar intenso. Isso é que dá, morar num país predominantemente tropical. Dinho até brincou:

— Pelo menos estamos tendo um bronzeado grátis enquanto esperamos! — faz uma pose e coloca as mãos na cintura.

Todos rimos da sua observação, aliviando um pouco a tensão do momento.

— Acho que encontrei o defeito! — anunciou Bento, com um sorriso de satisfação. — É apenas um fio solto aqui. Vou tentar consertar.

Pouco tempo depois, o japonês conseguiu consertar o fio solto e fechou o capô do carro com um sorriso triunfante.

— Pronto, bora continuar o caminho agora!! — exclamou ele, limpando as mãos.

— Valeu, Japinha falsificado! — Dou um abraço nele, sentindo um olhar atrás de mim.

Me viro e vejo Samuel com uma feição fechada e logo ele passa por mim como um peão, quase me levando junto.

— Deixem de demorar e vamos logo! — senta no banco e cruza os braços.

Franzo a sobrancelha, não entendendo aquele comportamento.

Será que eu fiz alguma coisa?

Entramos no carro novamente. Sérgio deu partida no motor, e desta vez, o carro respondeu sem problemas.

— Finalmente! — Dinho levanta as mãos.

Enquanto seguíamos viagem, a tensão entre mim e o baixista estava um pouco pesada, mas nada que atrapalhasse a aura do momento. A música no rádio tocava suavemente, e nós conversávamos e ríamos juntos.

— Qual é o endereço mesmo? — Bento pergunta.

Dinho põe a mão no bolso e pega um papelzinho, o abrindo.

— Rua Pindorama, 365, Bairro Castelar…

— Longe pra cacete, hein?

— Eu não disse que iria ser perto!

Enquanto seguíamos viagem, compartilhávamos histórias engraçadas e lembranças de momentos passados juntos.

— Vocês lembram da vez que o Dinho tentou fazer um bolo e quase queimou a casa toda? — recordou Bento, entre risadas.

— Aquilo foi épico! — concordei, revivendo mentalmente a cena.

— E quando a Lydia tentou consertar o encanamento do banheiro lá de casa e acabou inundando tudo? — complementou Dinho, provocando risadas ainda mais altas.

— Ei, em minha defesa, eu estava tentando ajudar! — protestei, fingindo indignação, mas não consegui conter o sorriso.

Após algum tempo, finalmente chegamos ao destino. A casa do menino ficava em um bairro tranquilo, com ruas arborizadas e casas bem cuidadas. Estacionamos o carro em frente à residência.

— É aqui mesmo? — questionou Sérgio, olhando em volta.

— Sim, é esta casa. — confirmou Dinho, consultando o papel novamente.

Descemos do carro e Samuel passou por mim, me ignorando. Confesso que estava bastante confusa e irritada com esse tratamento, mas suspirei fundo e tentei esquecer disso. Uma hora tá bem, outra hora não.

Que garoto confuso…

Nos aproximamos da porta e tocamos a campainha, esperando por um breve momento. Minutos depois, uma moça simpática abre a porta.

• Capítulo pequeno hoje, porque a criatividade foi com Deus! Desculpem se o capítulo foi ruim! 😕

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Flor de Mandacaru | 𝗠𝗔𝗠𝗢𝗡𝗔𝗦 𝗔𝗦𝗦𝗔𝗦𝗦𝗜𝗡𝗔𝗦Onde histórias criam vida. Descubra agora