25_ Dose de desconfiança.

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Espremida em seus braços fortes, apenas apertei meus olhos, o tempo foi passando e quando me dei conta estávamos na floresta, provavelmente já tinhas saído de konoha.

Mas Itachi me mostrou que estava errada quando me ofereceu um bandana. Peguei de sua mão mesmo confusa, não tinha emblema nela e nem nada, era só um pano preto de tecido grosso.

— Pra que isso? — perguntei.

— Você não pode saber para onde estamos indo, vai que você volta e conta para todos do meu esconderijo? — sua fala me fez estremecer.

— Então porque devo confiar em você? E se eu quiser voltar? — perguntei.

— Eu deixo você na sua casa, no seu quarto, do jeitinho que você estava minutos atrás. Você só não precisa saber o caminho.

Que confuso, mas eu ainda não confiava totalmente nele.

— Ok. — peguei a faixa. — Onde estamos agora?

Ele fechou a cara.

— Antigo território dos uchiha.

Eu não reconhecia essa parte do terreno, talvez nunca tivesse vindo por aqui ou Itachi era um bom mentiroso.

Ainda desconfiada, senti meu coração ir acelerando aos poucos enquanto levava a venda aos meus olhos. Esse é considerado um dos piores momentos para um ninja, estarei cega, completamente indefesa. Me pergunto se Itachi sentiria pena de mim e pouparia minha vida me levando para o seu abrigo, que não deve ser muito longe.

Fechei os olhos e os vendei, suas mãos surpreenderam as minhas quando ele me ajudou a amarrar em minha cabeça, eu levei um susto e esperei um ataque.

Já não podia fazer mais nada, apenas fiquei em silêncio enquanto ele finalizava seu nó.

— E agora? — perguntei numa tentativa curiosa de quebrar o silêncio que se alastrou.

Nada foi ouvido, ele não disse nada e imediatamente comecei a ficar tensa e estava prestes a arrancar o tecido dos meus olhos quando senti sua respiração quente em minha face.

Oh, merda! Em um ato impulsivo, levantei as mãos e segurei sua cabeça.

— O que você tá fazendo? — perguntei eufórica tateando seu rosto.

Ele se afastou e fugiu das minhas mãos.

— Estava checando se você conseguia ver algo.

Foi o que ele disse.

— Vamos suba nas minhas costas.

Ele disse e antes que eu lembrasse ele de que meus olhos estavam blindado vendados. Ele segurou minha mão e me guiou até sua costas. O cheiro do seu cabelo invadiu minhas narinas, como alguém que vive nas sombras pode ter um cheiro tão doce assim? Meus braços abraçaram seu pescoço e assim permaneceram até eu adormecer em suas costas com os olhos vendados.

                             [...]

Ao abrir os olhos o desespero se alastrou em minha alma, eu queria voltar pra casa só para tranquilizar Naruto, sei o quanto isso vai abalar a ele e temo que algo de ruim aconteça. Mas eu já tinha feito tal besteira e não podia dá no pé agora… ou poderia?

Encarei as paredes enquanto ainda estava deitada, essa deveria ser a cama de Itachi, não é muito diferente das que tem em konoha. Porém as paredes entregava que estávamos no subterrâneo e eu odiava isso. Odiava por saber que esse esconderijo era igual aos 20 esconderijos que encontramos de Orochimaru.

Não tinha decoração, apenas uma poltrona e uns rabiscos em um dos lados das paredes e uma vi cômoda que parecia mais triste do eu nesse exato momento.

A Cerejeira NegraOnde histórias criam vida. Descubra agora