A Cerejeira Negra

27_ Comparação inevitável.

Apesar do perigo iminente, sentia uma nova onda de confiança. A batalha extenuante nos unira ainda mais, e Itachi, apesar de sua reputação temível, mostrara-se um aliado valioso e confiável. Mas não podíamos relaxar ainda; sabíamos que mais desafios nos aguardavam.

Itachi olhou ao redor, seus olhos avaliando rapidamente o campo de batalha. Ele parecia estar calculando os próximos passos, sua mente trabalhando a todo vapor.

— Precisamos sair daqui, Sakura. — Ele disse, sua voz firme, mas calma. — Eles sabem onde estamos agora. Não podemos ficar em um lugar por muito tempo.

Assenti, entendendo a urgência em sua voz. Sabia que cada segundo contava, e que qualquer hesitação poderia ser fatal. Rapidamente, reunimos nossas coisas, preparando-nos para deixar aquele lugar que, mesmo que temporariamente, havia sido nosso refúgio.

Enquanto caminhávamos pelas sombras da floresta, meu coração ainda batia acelerado, mas minha determinação só crescia. Não sabia para onde exatamente estávamos indo, mas confiava em Itachi para nos guiar. Ele parecia ter um plano, e eu estava disposta a segui-lo.

— Para onde estamos indo? — perguntei, tentando manter minha voz estável.

Itachi olhou para mim de relance antes de responder.

— Conheço um lugar seguro, longe daqui. Lá poderemos nos reorganizar e pensar em nossos próximos passos. Mas a viagem não será fácil. Precisamos estar preparados para o que vier.

Assenti novamente, sentindo um frio na espinha. O perigo estava em todos os lugares, e sabíamos que Orochimaru não desistiria tão facilmente. No entanto, a presença de Itachi ao meu lado me dava uma estranha sensação de segurança, e eu estava determinada a enfrentar o que viesse.

Enquanto caminhávamos em silêncio, meus pensamentos voltavam para a missão que Itachi mencionara. Sabia que ele tinha seus próprios objetivos e que, de alguma forma, eu fazia parte deles. Mas, por enquanto, meu foco estava em sobreviver e me fortalecer.

Horas se passaram enquanto caminhávamos pela floresta densa, nossos passos leves e silenciosos sobre o solo coberto de folhas. Itachi mantinha-se alerta, seus olhos escaneando a área ao nosso redor em busca de qualquer sinal de perigo. Eu tentava imitar sua vigilância, embora minha mente estivesse cheia de perguntas.

Finalmente, após o que parecia ser uma eternidade, chegamos a uma pequena cabana escondida entre as árvores. Itachi fez um sinal para que eu parasse, e ele se aproximou com cautela, verificando se o lugar estava seguro antes de nos permitir entrar.

A cabana era simples, mas oferecia o abrigo necessário. Itachi rapidamente trancou a porta atrás de nós e começou a preparar o espaço, verificando janelas e saídas. Enquanto isso, eu me sentei em um canto, tentando acalmar meus nervos e processar tudo o que havia acontecido.

— Vamos ficar aqui por enquanto. — Itachi disse finalmente, sentando-se ao meu lado. — Precisamos descansar e nos preparar para o que vier a seguir.

Eu o observei por um momento, admirando sua calma e determinação. Ele era um enigma, um homem cheio de segredos e contradições, mas também alguém em quem eu estava aprendendo a confiar.

— Itachi, — comecei, hesitando um pouco. — Obrigada por me proteger. Sei que há muitas coisas que não entendo, mas estou disposta a aprender e a lutar ao seu lado.

Ele me olhou, uma expressão de surpresa misturada com algo que eu não conseguia decifrar em seus olhos.

— Sakura, — disse ele suavemente. — Há muito mais em jogo do que você imagina. Mas juntos, acredito que podemos superar qualquer obstáculo. Confio em você, assim como espero que confie em mim.