A Cerejeira Negra

10_ Esquecida!

~~🌸~~
Tem dia em que só respirar é o suficiente!
.
.
.
.

O canto dos pássaros me despertaram de um sono tranquilo, os raios solares invadiam as brechas que haviam no velho telhado, anunciando mais um novo dia.

Ainda sonolenta sentada na cama, prendi meu cabelo curtinho com uma fita e me apressei para ir fazer minhas tarefas, logo Tsunade chegaria para iniciar nosso treino.
E ao terminar de arrumar a casa e fazer um lanche fui para uma das árvores roseas que haviam do lado de fora da casa, sentei em um dos galhos encostando a cabeça na árvore e me perdi em meus pensamentos.

Fiquei esperando a Hokage alí sentada em um galho qualquer, estava inquieta por não saber como irá me sair nos treinos, direcionei o olhar para os pássaros que bebiam água no pequeno lago. Era um jeito para me distrair, ficar sozinha nunca foi um grande incomodo como neste momento, eu nunca pensei que sentiria tanta falta do loiro escandaloso e da companhia silenciosa do Uchiha.

— está se sentindo só? — A voz fria de Sayuri ecoa em minha mente, olhei em volta a procura da mesma, mas nada vi. — o que procura?

— Você! — disse ainda olhando em volta a procura de algum movimento da mesma.

— Você é engraçada, se eu não posso mais sair de você... Como faria tal coisa? — ela diz em um tom de deboche.

— Porque posso ouvir você então? — falei pressionando a mão em minha bolsa de armamento ninja, assim que encontrei uma kunai a segurei forte sem tirar os olhos da área em minha frente.

— Admito que estou impressionada com sua inteligência, Sakura! — ela diz em meio a uma risada sarcástica.

Não havia nenhum sinal de alguém próximo, observei a área toda e nada vi. Conclui mentalmente que como ela não poderia mais sair de dentro de mim, ela podia se comunicar comigo apenas através da mente, afinal, ela estava selada em mim.

— Isso mesmo, mas você ainda pode me ver! — Sayuri diz com expectativa. — Eu sei que você quer me ver.

Sem mais delongas concluir que a voz vinha certamente de minha mente, Sayuri disse que eu poderia vê-la e eu achei impossível, tanto que a mesma já não podia mais sair de dentro de mim.
Sorrir com o vento que bateu em meu rosto, eu tinha a certeza que a mesma já não podia sair e estava desesperada para tentar algo que a liberte.

Mas minha expressão alegre tornou-se tensa repentinamente com o que Sayuri diz.

— Colocando um fim na sua tentativa inútil de concluir que eu não posso me libertar, irei mostrar como ainda pode me ver... Se concentre em sua própria mente e me verá, assim como pode me ouvir. — A voz foi se tornando um eco aos poucos antes de desaparecer.

Suspirei aliviada por não ouvir mais a voz em minha mente, soltei a kunai e retirei minha mão da pequena bolsa, levando-as ao meu rosto que suava devido ao momento de pânico com meu "subconsciente".

Tentei me distrair com qualquer coisa a minha volta, foi no mesmo instante em que fiquei em estado de alerta ao ouvir passos leves se aproximando do local onde eu estava.

— Droga, Será Sayuri?! — falei já com uma kunai em mãos e ficando de pé, minhas mãos tremiam devido ao medo que sentir no momento. — Tsunade-Sama, que seja você! — Sussurro para mim mesma.

Minhas orbes verdes se espreitaram ao ver uma silhueta preta se aproximando, tremi ao lembrar da vestimenta da Akatsuki, porém ao aproximar-se mais pude ver que não possuía nuvens vermelhas. Conclui que não era o ninja misterioso e muito menos a Hokage, mas sim Shizune-San que se aproximou com um seblamte preocupado disfarçado em um sorriso pequeno.