32_ Selamento.

91 7 3
                                    

Eu sabia que algo estava errado no instante em que o ar ao nosso redor ficou mais pesado. O ambiente parecia respirar de forma tensa. Estava ao lado de Itachi quando ouvi aquela risada — fria, como se o próprio veneno estivesse impregnado nela.

Então, ele apareceu.

Orochimaru.

Ele deslizou para dentro da sala como uma sombra, sua presença era sufocante. Seus olhos de serpente se fixaram em Itachi, com um sorriso que gelava até meus ossos.

— Finalmente nos encontramos de novo, Itachi — sua voz serpenteava pelo ar, cada palavra impregnada de malícia.

Não havia tempo para pensar. Orochimaru não estava ali para conversar — ele queria sangue. E estava claro que Itachi era o alvo.

— Não! — gritei, movendo-me por puro instinto.

Mas tudo aconteceu rápido demais. Orochimaru lançou um jutsu com a velocidade de um raio, uma corrente de cobras negras avançando em nossa direção. Eu sabia que Itachi não poderia escapar desse golpe.

Foi quando senti algo se desprender de mim.

Sayuri.

O espírito do lobo branco saiu do meu corpo em um clarão. Ela não hesitou. O lobo majestoso se lançou entre nós e Orochimaru, bloqueando o ataque com uma barreira de luz pura. As cobras se desintegraram ao tocar sua aura, e Orochimaru recuou, surpreso.

— Interessante... — ele sibilou, seu sorriso perverso permanecendo intocado. — Você tem truques, Itachi. Mas será o suficiente?

Eu mal conseguia respirar. Sayuri estava ali, entre nós e Orochimaru, rosnando com ferocidade. Ela nos protegeria, custe o que custar.

Orochimaru não perdeu tempo. Ele avançou de novo, sua mão esticada como uma lâmina mortal. Mas Sayuri estava mais rápida. O lobo branco desviou dos ataques com precisão sobrenatural, posicionando-se sempre entre Itachi e o perigo. Eu assistia, impotente, enquanto ela interceptava cada golpe.

— Não posso deixar isso continuar — pensei, o pânico tomando conta de mim. Eu precisava fazer algo.

Mas, cada vez que Orochimaru atacava, Sayuri estava lá — inabalável, protegendo Itachi com uma devoção inquebrável. Eu sentia a dor dela a cada defesa, mas ela nunca recuava.

— Não vou deixar você tocar nele! — gritei, a raiva fervendo dentro de mim. Orochimaru não levaria mais ninguém.

Ele parou por um momento, seu sorriso ainda mais largo. O riso que veio em seguida foi baixo, quase como um sussurro maligno.

— Isso vai ser interessante...

Orochimaru estava finalmente diante de nós, e a tensão no ar era quase sufocante. Seu olhar era fixo em Sasuke desacordado e Naruto ao seu alzo, mas eu sabia que o perigo estava em cada movimento que ele fazia. A risada que escapou dos lábios de Orochimaru fez um arrepio percorrer minha espinha — ele sabia que tinha o controle da situação.

— Há muito tempo espero por esse momento, Itachi — disse ele, com um sorriso frio. A ameaça era clara, ele não estava ali para conversas.

Num piscar de olhos, Orochimaru estendeu o braço e lançou um ataque. Cobras negras saíram de suas mangas, serpenteando em nossa direção. Itachi ergueu o braço para se defender, mas eu já estava em movimento, sem pensar, só sentindo. Não podia deixar aquilo acontecer.

— Não! — gritei, me posicionando entre ele e o ataque. Foi então que aconteceu.

De repente, senti algo poderoso emergir de mim. O espírito de Sayuri, o lobo branco que habita dentro de mim, materializou-se em um clarão, saltando na minha frente e formando uma barreira brilhante entre nós e as cobras. As serpentes colidiram com a luz que emanava dela e se dissiparam no ar como fumaça, deixando Orochimaru levemente surpreso.

A Cerejeira NegraOnde histórias criam vida. Descubra agora