DAELLA FICARA muito tempo esperando o príncipe Aemond aparecer no seu próprio quarto, mas ele nunca apareceu, não naquela noite.
A garota voltara para o seu aposento e tomara um banho demorado. A garota saiu da banheira, seu corpo todo estava enxarcado. Pegou as frutas que havia colhido na caça da sua mãe. Pegou sua adaga e começou a cortar as frutas em pedaços.
A garota havia pesquisado sobre as frutas que usavam para produzir venenos. Lera vários em livros poeirentos escritos a mão na área proibida da biblioteca de Dragonstone. A garota imaginou que fora escrita por alguma feiticeira Targaryen. Leu sobre o cogumelo amanita, um fungo que explode em gotinhas de um líquido vermelho desconfortavelmente semelhante à dengue. Pequenas doses provocavam paralisia, enquanto doses grandes eram fatais. Tinha também a fruta docemorte, que provocava sono profundo. A baga-fantasma, que fazia seu sangue disparar pelas veias até seu coração estancar de vez. E a fruta da lua, claro.
Daella pegou um frasco de licor de pinha, roubado da cozinha, era denso e grosso como seiva. Jogou a fruta dentro para mantê-la fresca.
Suas mãos estavam tremendo.
O último pedaço ela colocou na língua. A sensação veio com tudo, apertou os dentes. Em meio ao torpor, pegou outras coisas. Uma folha de baga-fantasma e uma pétala da flor docemorte. Uma gotinha de sumo de um cogumelo amanita. Ela pegou um bocadinho de cada e engoliu.
O nome é matridatismo. O processo de consumir veneno para aumentar a imunidade. Contanto que ela não morra com aquilo, seria muito mais difícil matá-lá
Daella escutou sua mãe a chamar, mas ela não atendeu, estava ocupada demais vomitando, ocupada demais tremendo e suando.
(...)
Quando a princesa acordou ela estava caída no chão do seu quarteto. Quando levantou o olhar viu o rosto de Barata, ele estava cutucando sua barriga com a ponta da bota. Apenas o estado grogue fizera com que Daella não gritasse.
– Levante, Daella – disse ele – Alys disse que você precisa ver uma coisa.
Daella se apoiou na banheira que tinha no seu quarto. Ela estava exausta demais. Sua aparência está péssima e ela usava apenas sua roupa de dormir, mas não se importou.
– O que ela quer dessa vez? – Daella encarou o garoto, percebeu que seus olhos eram azuis – Ela já não me arruinou o bastante?
– Eu não sei... Ela disse que é importante – o garoto respondeu – A não ser que prefira se esconder da verdade.
Os dois caminharam pelas passagens secretas que naquele momento estavam mais vazias do que nunca, deviam estar no baile. Chegarem em uma parede que havia diversos furos, ao olhar para dentro Daella soube que era o quarto da sua mãe.
– E eu deveria declarar guerra por que minha filha estava dançando com um garoto? – Rhaenyra perguntou para Daemon, que andava de um lado para o outro.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝑇𝐻𝐸 𝐶𝑅𝑈𝐸𝐿 𝑃𝑅𝐼𝑁𝐶𝐸, 𝑎𝑒𝑚𝑜𝑛𝑑 𝑡𝑎𝑟𝑔𝑎𝑟𝑦𝑒𝑛.
Fanfic𝘿𝘼𝙀𝙇𝙇𝘼 𝙑𝙀𝙇𝘼𝙍𝙔𝙊𝙉 única filha de Rhaenyra Targaryen, era tão guerreira quanto os irmãos e se sentia tão à vontade com uma cota de malha quando um vestido de seda. Embora não tivesse herdado os cabelos prateados dos seus pais ela tinha os...