capitulo 11

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Draco Malfoy

   Draco não tinha notícias de Harry desde a fatídica noite casual deles,à 3 dias atrás. E desde então nada além de água passa pelos lábios do loiro.

  Malfoy estava mentindo quando disse a Harry que iria trabalhar naquela manhã,pois na verdade ele aparatou direto em sua casa, tomou um longo banho, onde se esfregou com a bucha até sua pele ficar vermelha e ardida, então repetiu o processo mais duas vezes. Dado por satisfeito, Draco estava trancado no quarto desde então.

   Astória continuava todas as manhãs batendo levemente em sua porta e dizendo que o café estava na mesa. Como fazia em todas as crises de Draco.

  Mas ele não sentia que podia ingerir qualquer coisa sólida. Era sempre assim, ele sempre arrumava um motivo. Sempre dando desculpas à si mesmo, " Aquelas pessoas estavam me julgando", " Eu sou uma pessoa horrível", " Não sou um bom pai", etc. Draco não acreditava de verdade nessas explicações esfarrapadas que sua consciência tentava fazê-lo acreditar. Não comer era só uma maneira de se auto punir por nunca estar satisfeito.

  O dinheiro não era suficiente,a beleza não lhe era suficiente,seu "casamento" não era suficiente,sua mãe não era suficiente, e Deus o perdoe, mas seu filho não era o suficiente. Nada disso o trazia felicidade alguma. Nada disso parecia um motivo pelo qual viver.

  E se Draco fosse sincero consigo mesmo uma vez na vida, ele saberia que se privar de alimentos era uma maneira de estar mais perto da morte. Sinceramente,o loiro se sentia culpado por ter tudo e ao mesmo tempo não querer nada do que tinha. Ele largaria tudo se significasse um momento de liberdade da angústia que sentia constantemente. Abriria mão da sua vida, da sua família,da sua carreira. Era isso, Draco queria morrer.

   E se sentia culpado por pensar nisso também, ora, ele tinha um filho, não podia abandonar Astória e Scorpius. Mas também... de que adianta estar vivo e ser um peso a Astória, e um pai ausente ?

  Como seria pra Astória chegar em casa e se deparar com o corpo de Draco pendurado pelo pescoço com uma corda, naquele gancho de cortina na sala de estar ?
Quantas vezes essa cena passou pela cabeça de Draco? Quantas vezes ele passou pela caixa na garagem que tinha um corda de longos 2 metros ? Quantas vezes ele parou pra pensar do porque comprou aquilo sem nenhuma intenção aparente?

  Mas tinha uma intenção, na verdade, ele pretendia cometer suicí..

  O alarme de flú para desconhecidos soou pela casa antes que Draco pudesse concluir seu pensamento.

  Ele se levantou depressa da cama, sua visão de escureceu por alguns instantes, mas ele não se importou, já estava acostumado.

  O loiro estava de pijama, cabelo desarrumado, cara amassada e barba por fazer. Mas mesmo assim seguiu em direção a lareira principal no andar de baixo. O monitor dizia que era solicitação emergencial do Ministério da Magia. Ele concedeu permissão.

  Draco tentou ajeitar o cabelo e o pijama (que consistia em uma camiseta velha da banda Nirvana e uma calça de moletom completamente desgastada). Não teve mais do que 5 segundos até que seus visitantes parecessem na sala de estar da mansão.

  Uma mulher de cabelos castanhos cacheados, ao lado de uma homem alto e ruivo.

  Draco não precisou olhar duas vezes pra saber quem era.

  - O que estão fazendo na minha casa, Weasleys ?

  A voz de Draco soou mais rouca e fragil do que ele pretendia. Mas o tom de surpresa era verdadeiro. O que os amiguinhos de Harry queriam com ele ?

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