Capítulo 60

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Hello!

Desculpem a demora, eu meio que não tenho uma desculpa pra todo esse tempo sem postar 😅 fiquei com uma preguiça gigante de escrever, então fiz o que eu faço de melhor... Procrastinar

Não sei se todos ainda estão por aqui, mas.. vou tentar me empenhar em terminar essa fic. Agora virou caso de orgulho 🤞

Para os que ainda estão aqui dando força, boa leitura 😉



As Caçadoras montaram acampamento em questão de minutos, sete tendas grandes, todas de seda prateada, formando uma lua crescente em um dos lados da fogueira. Uma das garotas soprou um apito de prata, e uma dúzia de lobos brancos surgiu do bosque, circulando o acampamento, como cães de guarda. As Caçadoras andavam entre eles e lhes davam guloseimas, completamente à vontade, mas resolvi que ficaria perto das tendas.

Falcões nos observavam das árvores, os olhos cintilando à luz da fogueira, eu tinha a sensação que eles também estavam a serviço, de sentinela. Até mesmo o tempo parecia se curvar à vontade da deusa. O ar ainda estava frio, mas o vento cessara e a neve parara de cair, de modo que era quase agradável ficar sentado junto ao fogo. Quase... exceto pela dor em meu ombro e a culpa pesando em minhas costas.

Eu não conseguia acreditar que Sabina havia desaparecido, e por mais zangada que estivesse com Sofya, no fundo, ela tinha razão. Era culpa minha.

Observei Sofya andando pela neve na extremidade do acampamento, caminhando entre os lobos sem medo. Ela parou e olhou para Westover Hall, que agora estava em completa escuridão, erguendo-se na encosta além do bosque. Me perguntei em que ela estaria pensando. Todos esses anos, transformada em uma árvore por nosso tio, tudo no intuito de evitar sua morte, não seria mais fácil ele tê-la salvado ele mesmo? Ou nosso pai? Ainda não conseguia compreender.

Finalmente, uma das Caçadoras trouxe minha mochila. Noah e Nour voltaram do passeio, e Urrea me ajudou a tratar de meu braço machucado.

- Está verde! - exclamou Nour, encantada, olhando para meu braço.

Torci o nariz.

- Aguente firme.- Noah falou, entregando-me um bolinho.- Aqui, coma um pouco de ambrosia enquanto eu limpo isso.- estremeci enquanto ele cuidava do ferimento, mas o pedaço de ambrosia ajudou. Um sorriso pequeno curvou meus lábios ao sentir o gosto conhecido de doce de morango.

Com isso e a sálvia mágica usada por Noah, em poucos minutos meu ombro estava muito melhor. Nour Ardakani vasculhava a própria bolsa, a qual as Caçadoras haviam aparentemente arrumado para ela, embora eu não soubesse como elas tinham entrado em Westover Hall sem serem vistas.

Nour colocou um grupo de estatuetas na neve, pequenas réplicas de deuses gregos e heróis, reconheci Zeus com o raio, Ares com a lança, Apolo com a carruagem do sol.

- Boa coleção.- falei e Nour sorriu.

- Tenho quase todos eles, e mais as cartas holográficas! Bem, exceto alguns muito raros.

- Você joga esse jogo há muito tempo?

- Comecei este ano, antes de...- ela franziu as sobrancelhas.

- Do quê? - perguntei.

- Eu.. esqueci, que estranho.- ela pareceu inquieta, mas isso não demorou muito.- Ei, posso ver aquela espada que estava com você?

Eu lhe mostrei a contracorrente, e expliquei como ela se transformava de caneta em espada simplesmente ao ser destampada.

- Legal! E algum dia acaba a tinta?

A filha de Poseidon | SiyoonOnde histórias criam vida. Descubra agora