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Já na cobertura do hotel, Louis adormecido teve seu terno da Chanel trocado por uma roupa leve de Harry, que logo o aconchegou na cama e o deixou descansar. O alfa sentou-se ao seu lado na cama e observou o sono tranquilo do menor

Após todas as descobertas no hospital, Harry começou a olhar Louis de forma mais curiosa. O que era para ser apenas uma noite com um garoto de programa que havia contratado, acabou se tornando uma necessidade irracional de quase implorar para o ômega ficar. Apenas a possibilidade de perder o cheiro doce de baunilha do menor para sempre, foi o suficiente para deixá-lo desesperado.

À medida que o tempo e situações se multiplicavam, Harry percebia-se cada vez mais fascinado pela presença de Louis. Cada conversa, gesto e olhar dele o deixavam mais curioso para desvendar os mistérios por trás daquele ômega intrigante. Ele se encontrava constantemente imaginando sobre sua vida, seus gostos e experiências passadas, imaginava o quanto o menor havia sofrido e seu coração se apertava por aquilo. A curiosidade que antes era apenas uma centelha agora se transformava em um fogo ardente, impulsionando Harry a buscar cada vez mais oportunidades para conhecer Louis mais profundamente.

O alfa anotou mentalmente levar o menor para conversar com a doutora Camila, era importante o ômega saber mais sobre si mesmo e, principalmente, aprender as novas informações sobre seu gênero dominante.

Ele ainda se sentia culpado por ter provado aquele choque de estresse no menor, como poderia imaginar que sobrecarregar um ômega durante seu cio poderia levá-lo ao hospital? Louis era o primeiro que ele conseguia enxergar como ser humano.

Esse seu desvio de caráter já foi pauta central para várias discussões em seus antigos relacionamentos com ômegas e até mesmo com alguns betas. Harry era um homem muito ocupado, não tinha tempo para perder com besteiras e emoções num namoro, sempre quis algo prático e com garantia que teria uma transa no final do dia, mas os outros genêros não pensavam assim. No entanto, a atração instantânea que sentiu quando viu Louis pela primeira vez, foi de longe a mais especial e genuína, ainda mais quando teve o primeiro contato com seu verdadeiro aroma, Harry sentiu que tinha nascido para morrer ao lado daquele ômega.

"Seu ômega interior te escolheu para chamar de alfa", aquela frase martelava na sua mente como o inferno. E, para piorar, Harry nunca havia ouvido algo como aquilo, não fazia ideia que os dominantes podiam fazer coisas assim. Decidiu pesquisar na internet.

Correu para procurar seu celular na bagunça que estava em seu quarto e logo voltou para se acomodar perto de Louis adormecido. Após alguns minutos de pesquisa, encontrou um artigo científico feito por um pesquisador de Harvard que discutia sobre a ligação fisiológica e incontrolável entre os gêneros dominantes. Depois de ler cada parágrafo com paciência, o alfa descobriu que essa atração acontecia por justamente serem raros, quando um organismo dominante encontrava com outro, instantaneamente eles se atraíram na intenção de procriar e aumentar os indivíduos puros dessa classificação.

Harry assentiu consigo mesmo, era simples fisiologia afinal. Talvez fosse até por aquele motivo que nunca conseguiu se entregar realmente a nenhuma outra pessoa, talvez seu alfa dominante estivesse esperando por Louis para cuidá-lo e amá-lo da forma como a natureza mandava. No final, apenas a natureza e suas ordens silenciosas importavam.

Mesmo com as respostas claras bem na frente de seus olhos, tudo ainda era muito confuso para o alfa. Não sabia se estava cansado, estressado ou desnorteado, mas sabia que sua cabeça latejava.

Amanheceu num piscar de olhos para Harry que passou metade da noite no hospital e a outra metade na sua cobertura pesquisando mais sobre ômegas dominantes, além de responder as dezenas de mensagens que Liam e Niall haviam lhe mandado, preocupando-se com o estado de Louis.

pretty Ωmega • lsOnde histórias criam vida. Descubra agora