08

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—Acho que eu vou morrer de vergonha... —Louis escondia o rosto vermelho no peitoral do alfa que o carregava de volta para o quarto.

—Infelizmente não tem outro jeito de sair do salão. —Harry riu consigo mesmo, apertando firme o ômega em seus braços, sempre se certificando de ajeitar o robe pelo seu corpo e o blazer que o cobria como um cobertor —Além de que você quase não está mais exalando seus feromônios, simplesmente parecem ter se dissipado de vez.

Não tinha jeito, por mais que o aroma de Louis estivesse bem discreto, a cena não era de forma alguma. Um alfa com o botões da camiseta social fechados de forma incorreta, com o cinto da calça frouxo e os cabelos bagunçados, carregando um ômega vestido apenas em um robe com o rosto coberto por um blazer andando rapidamente pelos corredores do hotel. Era uma cena inédita para o Regent Beverly Wilshire, os olhares curiosos e descarados eram inevitáveis.

—Estou me sentindo tão bem dessa vez, nem mesmo estou com sono. —Louis murmurou, esfregando o nariz pelo peitoral do alfa enquanto finalmente passavam pela porta do quarto —Parece que recarreguei minhas energias.

—É o seu cio indo embora. —Harry o deixou na cama com delicadeza —Acredito que foi o último pico. A doutora disse que o seu cio é de apenas três dias.

Louis levantou uma sobrancelha, confuso.

—Só isso? —Harry assentiu, afirmando —Bem, eu não irei reclamar.

O alfa começou a dar uma organizada básica no quarto, e acabou encontrando a sacola da Chanel do terno que Louis havia comprado. Estranhou que havia apenas aquela sacola, nenhuma mais, decidiu perguntar:

—Quando eu disse para você fazer compras, esperava mais que apenas um terno, ômega. Houve algum problema com o dinheiro? Não foi suficiente?

O menor fez uma careta triste e enterrou o rosto no travesseiro.

—Não é isso, alfa... —Sua voz estava abafada pela fronha —Só que fazer compras não foi tão divertido como eu pensei que seria...

—Não foi divertido? Eu jurei que você iria adorar, Louis. —Harry se aproximou, fazendo um carinho no seu cabelo.

—Foram tão rudes comigo, alfa, você não faz ideia. —Levantou o olhar cheio de lágrimas para encontrar o preocupado de cacheado.

Harry entrou em alerta quando viu o mínimo sinal de desconforto do menor.

—Quem foi rude com você? —Sentiu seu sangue ferver.

—Os funcionários de uma loja da Rodeo... não quero voltar lá nunca mais. —Fechou os olhos, segurando ao máximo não derramar as lágrimas já prontas nos cantinhos.

O alfa acariciou o rosto pequeno do menor enquanto tentava controlar uma fúria que cresceu dentro do seu peito. Talvez ele não tenha sido o único responsável pelo choque de estresse do ômega.

—Depois do seu almoço, eu mesmo vou te levar para fazer compras. —Harry foi firme —Vou me certificar que vão cuidar de você e te tratar da melhor forma possível.

Louis sentiu um calafrio na espinha pela forma como os feromônios do alfa se intensificaram, não de forma que o sufocasse, mas sim para lhe mostrar presença e garantia de sua proteção. Harry queria deixar claro que ele era o alfa que estava ali pelo ômega e para protegê-lo.

O restante da manhã foi calmo e cheio de carinhos, Harry decidiu tirar um tempo do escritório para garantir o bem estar de Louis. Manteve-o o mais calmo e feliz possível, genuinamente se preocupando com ele.

O alfa pediu um almoço do cardápio do hotel e os dois comeram juntos na mesa da cobertura, aproveitando o período tranquilo sem picos de cio e choques de estresses. Após terminarem, Harry indagou:

pretty Ωmega • lsOnde histórias criam vida. Descubra agora