𝑷𝒊𝒍𝒐𝒕𝒐

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    Bom, após os eventos que ocorreram para o fim da cidade que era conhecida como Topcity antigamente, seus habitantes tiveram de fugir por um portal estragado que os espalhou pelo multiverso. E isso foi bom, exceto pelo fato de que alguns acabaram morrendo antes disso e outros ficaram na cidade, sendo uma dessas pessoas Jazzghost, que fora obrigado a passar os últimos dias de sua vida em meio ao estrago que ele mesmo fez.

    Mas nem tudo estava perdido, pois ao dar seu último suspiro e fechar os olhos, ele se sentiu no colo de alguém enquanto ouvia embaçadamente "Parabéns, é um menino" e abria os olhos novamente, com certa dificuldade, e via uma mulher o segurando, e outra aparentemente cansada dizendo que seu nome seria Juliano.

26/02/1704
??? - ???
11:00
Local: Casa do Jazz

    7 anos depois, ele já havia se acostumado com sua nova vida, com sua mãe Juliana e seu pai Marcos, sua irmã Camila ( que outrora fora a esposa de seu aliado, que feliz ou infelizmente, não se lembrava de nada), e seu primo que parecia claramente seu antigo aliado ( com a diferença que em Topcity Jazz tinha certeza de que era um homem, ali não sabia se parecia muito não, mas preferia não comentar) porém como ele pelo visto perdeu a memória dessa vida ali mesmo, jazz não queria que a primeira coisa da qual ele se lembrasse era que foi um assassino, logo a situação ficou por isso mesmo, então o chamava de Lima Ghost não identificado (ou Lg, nos próprios pensamentos).

    A vida estava correndo normalmente, e Jazz estava brincando de carrinhos em seu quintal, que apesar de não ser o quintal mais bonito que já viu, era bastante fresco e aconchegante, e lá ele estava esperando sua amiga Cherry, que também não se lembrava do que aconteceu, para falar a verdade que era o único que se lembrava, e sentia que era melhor assim.

    Jazz logo saiu de seus pensamentos ao ver a limousine prateada e uma figura de cabelos vermelhos saindo do carro, ele já ia correndo para abraçar sua amiga, até que percebeu, aquela não era Cherry, e sim a pessoa mais horrível da face de Aldra, era seu irmão infernal, chato e mal-humorado, Apuh. O garoto de cabelos castanhos parou na hora, com nojo -Poxa, poderia ser qualquer um, mas esse cara não.- sussurrou para si mesmo - Qual é? Inferno!- continuou, mas parou assim que percebeu que seu pesadelo estava chegando mais perto, e se aproximava mais, até que passou direto olhando para Jazz com ódio, e o mais novo prontamente retribuiu da mesma maneira, e só via o demônio entrando em sua casa, enquanto debochava do ruivo, até que se virou de volta e viu Cherry, que saiu do carro serelepe e o abraçando velozmente enquanto era recebida de jeito caloroso e carinhoso, enquanto Jazz a elogiava grandemente e declarava a alegria em vê-la brincando com os cabelos da menina, mas a festa acabou quando Camila, que ele comumente chamava de Nogal, chegou e simplesmente sequestrou Cherry para dentro de casa, dizendo como estava com saudades, contando tudo a ela e inclusive que ela tinha um primo e que ele estava morando com eles naquele momento, enquanto o menino devastado pelo supetão da experiência só observava sua amiga sendo levada para longe dele pela sua irmã estranha de maneira brutal, com uma certa depressão no olhar e carinha de tacho, mas logo esqueceu disso quando sua mãe o chamou para entrar, pois o almoço estava pronto e estava na mesa.

    Ele entrou tão calmamente quanto um furacão de categoria 5 destruindo tudo o que havia em sua frente, e se sentou na cadeira mais próxima que tinha dele, encarando todos os que já tinham chegado anteriormente com certa vergonha, enquanto Juliana servia a todos e uma outra mulher chegava a cumprimentando, com um bebê no colo que Jazz chutou ter uns 2 anos sendo paparicado pela mesma.

26/02/1704
??? - ???
12:09
Local: casa do Jazz (novamente)

   Depois da avoada e do almoço, todas as crianças entraram em um quarto que parecia aqueles de acampamento, com 2 beliches e cheio de gente (quer dizer, 5 crianças, mas vamos fingir que era muito), logo cada um tratou de escolher a própria cama, e como só haviam 4 camas, alguém ficou sem, e essa pessoa foi Lg, quase morto atropelado por uma corrida de gente pesada em cima dele, que infelizmente não era muito lembrado pelo resto, logo ninguém percebeu de primeira que ele se ferrou legal e teria que dormir com alguém, ou no chão, já que Lilith dormiria no sofá, até que Jazz salvou a pátria do primo, que ao sentir pena da depressão que estava sendo espalhada naquele quarto, se dispôs a dividir a cama com ele, e se ajeitou para dormirem juntos por 2 ou 3 dias.

    Mas Jazz logo se arrependeu quando lembrou que Lg espirrava e tossia a noite inteira, o que incomodava não só ele, mas todos os presentes ali, quer dizer, quase todos, pois Apuh aparentemente nem estava se importando, era o que todos achavam, até que o ruivo acordou com ódio e com uma cara que parecia que mais um espirro, iria mandar o de olhos rosa pro espaço. Mas respirou fundo e pegou no bolso da  camisa um remédio que forçando a vista era um daqueles xaropes de gripe que tinha o pior gosto que existia, e o garoto se aproximava do outro com prazer de ver uma expressão terrível com o gostinho do remédio, para acordá-lo.
-Ei! Levanta! Vem tomar a merda do seu remédio pra parar de incomodar todo mundo!- Disse ele de forma "calma" e "carinhosa" que fez o outro acordar aterrorizado, e o terror piorou ao ver a bendição do remédio que estava nas mãos de Apuh, e a primeira reação que teve foi tentar fugir pela brecha, até que sentiu o gosto de uma tampa na boca e em seguida o remédio, que quase fez Lg ter um refluxo, mas passado o susto ele abaixou a cabeça e agradeceu gaguejando com o sabor de jiló ali, e o ruivo simplesmente o olhou com certo desdém e retribuiu o agradecimento, com certo peso na voz, parecia que não curtia muito o menino.

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