Casa das cartas. | 𝒕𝒂𝒆𝒌𝒐𝒐𝒌𝒎𝒊𝒏.

Capitulo 21 🃏 Atos de serviço.

"Apenas você pode decidir o que a destrói".
Acotar.

Esse cap contém gatilhos, por favor leiam com cuidado!!!

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Aquela culpa que me perseguia, a culpa era como dois olhos escuros no fim de sua longa e amarga vida, eles me perseguiam, sim, eles me fitavam com dor e eu compreendia, era azedo, sem brilho e me chamavam de tolo. Aquela era a aparência de minha culpa eu a odiava, sinto-a corroer meus dedos, transbordar em meus olhos e molhando meu coração que a muito não secava. Me pergunto quando terei paz, quando meu coração em fim sentiria o sol o iluminando.

Escutava como ondas as vozes daqueles quem eu amo, ecoando em meus ouvidos. Onde eles estavam, não os via, suas mãos quentes não me tocavam, essa foi a pior parte daquele pesadelo infernal. Acordei, ofegante e suado, mas não era isso que importava naquele momento, corri para o colo daqueles que estavam ali me esperando com feições preocupadas.

Seus braços quentes me afagaram, eu quis falar, soltar tudo, chorar em seus colos, mas eu havia travado, simplesmente congelei, eu era a porra de um covarde incapaz de deixar o passado no passado e finalmente conseguir viver sem amarras com as pessoas que me amam. Mas, naquele momento, como em diversos outros, resolvi não deixar aquele pensamento me afetar e me afundar entre os dois e sentir o calor de seus corpos.

— Desculpa por acordar vocês.— Eu disse recebendo beijos em meus cabelos e palavras de negação.

— Nunca se desculpe por algo parecido novamente, nós acordaríamos mil vezes por você. — Taehyung beijou minha nuca.

— Está melhor? Quer falar? — Senti o peso da preocupação de Jungkook e isso me fez sorrir agradecendo a sua preocupação.

— Estou bem, foi só um pesadelo muito ruim. Mas com vocês aqui eu supero isso. — Eu quis me bater, porque sei que enquanto eu não for verdadeiro com eles esses pesadelos só serão mais frequentes.

Jungkook me olhava na alma com aqueles orbes enormes, ele sabia, ambos sabiam que eu guardo algo para mim, mas não me pressionariam e aquilo me deixava em paz. Toquei minhas mãos gélidas em seu rosto e soprei seus olhos de forma íntima e brincalhona, o que cortou um pouco sua preocupação.

— Eu estou ótimo Jun. Aliás, que horas são? — Perguntei vendo pelas cortinas entreaberta que estava clareando lá fora.

— Agora são exatamente cinco e meia da manhã.— Taehyung disse olhando em seu celular.

— Levando em consideração que não conseguirei mais dormir, irei sair para resolver os detalhes do nosso plano.— Beijei os lábios carnudos de meus namorados de forma demorada, logo levantei me apressando a me arrumar. Esquecendo que estava nu, ouvi risos das duas crianças ainda deitadas na cama.

— Desse jeito iremos ficar mal acostumados, amor.— Taehyung murmurou.

— Eu gosto de deixar meus homens mal acostumados. Mas não se preocupem, vocês irão me recompensar da melhor forma, eu sei disso.— Falei levantando da cama em um pulo recebendo tapas em meu bumbum.

— Para de atiçar, se não hoje você não sai daqui com essas pernas e bunda linda em seu perfeito estado.— Jungkook por pouco não me alcança e me leva pro abate.

Enquanto eu me trancava no banheiro fugindo do predador, Taehyung, gargalhava e incentivava o marido. Esse traidor de uma figa.