1812- RomaO belo e vasto jardim estava repleto de flores de diversas cores, tão lindas e delicadas, que davam pena de arranca-las do caule. A brisa do vento que passeava sobre meus cabelos era fria e confortante, me fazia esquecer dos futuros problemas que me viriam se eu respondesse um não a minha família.
— Lenora? — A voz grave me fez virar na curiosidade em saber quem é. Mas meu semblante curioso logo se torna algo indiferente ao ver meu tio se direcionando a mim, pisando nas pequenas e novos brotos de flor. — O que faz sozinha? Não deveria estar se preparando para o jantar com a família?
— Não estou preocupada. Poderei vestir qualquer trapo que há em meus aposentos, que ainda assim você não cancelará esse casamento. — Dei as costas e permaneci caminhando em direção a um arbustos de rosas vermelhas.
— Não seja tão rude comigo sobrinha. — Sua fala piedosa transmita comoção. — Sabes que isto que fazemos é para o bem da família. Devemos manter nosso sangue puro para a geração seguinte.
— Isso é loucura. — Me virei com indignação — Sangue puro? Não me fale asneira, meu tio. — Minha fala o deixa enfurecido e se aproxima de mim irado e segura a minha mão com força, deixando marcas em meu pulso.
— Olhe essa boca, moleca. — Sua mão fazendo pressão em meu pulso me deixava assutada com a sua arrogância. - Espero que seja a última vez que escuto essas palavras saíndo de sua boca. Não demore para se arrumar, estarei esperando você na cozinha de sua casa. - Ele larga o meu pulso e se distancia para longe. Meu pulso avermelhado só demostrava mais e mais que eu estava em perigo na presença daquele brutamonte.
~ 2014
— Anthony, olha só que incrível! — O garoto moreno de casaco claro se aproximava de uma enorme tumba protegida por um portão de ferro. — Que tál dá uma olhada? Acho que vai ser incrível se isso aparecer no seu canal, não? — Os outros dois garoto que estavam longe se aproximaram e observavam o portão.
— É idiota, mas como vamos entrar? — Ele perguntava ao ver a tumba bem protegida.
— Pode deixar comigo. — O que tinha uma câmera em mãos, passava para o garoto ao lado e tirava a bolsa presa em suas costas. Ele retirava dela um enorme alicate de ferro e logo se aproxima do portão, quebrando o cadeado enferrujado e as correntes duras. Quando finalmente a tumba é aberta, eles comemoram e entram no local para avaliar.
Tinha muita poeira, flores mortas acima da sepultura e uma foto que parecia ser de uma mulher. — Lenora Frost...1784 á 1812. — O garoto com a câmera em mãos focava na lápide que contia a foto da falecida.
— Isso não é desrespeito com os mortos não? — O que estava parado ainda na estrada da tumba dizia amedrontado. Um dos garoto riu e lhe deu um leve empurrão.
— Deixe de ser franguinho, Peter. — Ele zombava — Estamos apenas olhando... — Um dos garotos então chamou a atenção dos dois que discutiam. Ao se aproximarem, observaram que ao redor da sepultura haviam algum tipo de escrita.
Anthony curioso, tirou o celular do bolso e começou a buscar em sites relacionados a escrituras antigas. E por fim encontrou algo semelhante que poderia ajudá-lo a desvendar o mistério.
Lumine plenilunio, sanguine rubeo, horum velamen scripturarum, sepulcrum reseravit absconditum.
"Com a luz da lua cheia, com o vermelho do seu sangue, o desvendar dessas escritas, abrira a tumba escondida."
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𝐌𝐲 𝐑𝐨𝐦𝐚𝐧 𝐄𝐦𝐩𝐢𝐫𝐞 | 𝗦𝗮𝗺 𝗪𝗶𝗻𝗰𝗵𝗲𝘀𝘁𝗲𝗿
FanfictionEm uma Roma no ano de 1812, a bela e destemida Lenora é confrontada com um destino cruel: um casamento forçado com seu próprio tio. Determinada a escapar dessa prisão dourada, ela faz um pacto com uma misteriosa bruxa, prometendo retornar após cinco...