𝐌𝐲 𝐑𝐨𝐦𝐚𝐧 𝐄𝐦𝐩𝐢𝐫𝐞 | 𝗦𝗮𝗺 𝗪𝗶𝗻𝗰𝗵𝗲𝘀𝘁𝗲𝗿

Capítulo 13

~ Sam Winchester ~

Estávamos devolta ao impala após a caçada, Judy seguia logo atrás com Claire no banco do carona.

- Sinceramente, preciso de um banho quando chegarmos. - Dean dizia enquanto dirigia, com um suspiro de cansaço misturado com alívio. Eu podia ver que ele estava satisfeito com o fim da caçada, mas o cansaço estava claramente vencendo.

Eu rolei os ombros para aliviar a tensão e olhei para o casaco ensopado que estava sobre meu colo.
- Digo o mesmo, o sangue dos vampiros foi todo no meu casaco. - Respondi, fazendo uma careta. Não era só o cheiro que incomodava, mas a lembrança da luta brutal também estava gravada ali.

Dean bufou e lançou-me um olhar divertido pelo espelho retrovisor, um sorriso malicioso curvando seus lábios.
- Ah, qual é, maninho. Deixa de frescura, são só algumas gotas de sangue.

Balancei a cabeça, meio exasperado, meio rindo. Não importava quantas vezes enfrentássemos criaturas sobrenaturais, ainda era estranho para ele achar que "algumas gotas" de sangue de vampiro eram nada.
- Mas ainda assim, preciso de um banho, Dean. - Respondi, decidido a não ceder.

Ele riu novamente e voltou a olhar para a estrada, seus dedos tamborilando o volante do Impala com um ritmo despreocupado. Eu sabia o que viria em seguida.
- Claro, claro... tem que ficar cheiroso para a Lady Encrenca.

Revirei os olhos. Era a centésima vez que ele fazia aquela piada, e, honestamente, isso já tinha passado da linha do irritante para o território da teimosia crônica de Dean. Cruzei os braços e virei o rosto, tentando ignorá-lo.
- Você não cansa, não é? - Retruquei, sabendo que estava apenas dando mais lenha para ele queimar.

Dean não deixou passar a oportunidade, é claro. Ele lançou um olhar de canto de olho, uma sobrancelha erguida com um sorriso que era metade provocação e metade genuíno interesse em me provocar.
- Dentre todos os seus romances, esse é o que mais me surpreende, Sammy.

Suspirei, tentando ignorar a sensação de calor subindo pelo meu rosto. Claro, ele não pararia com as provocações tão cedo. Mas, enquanto eu olhava pela janela para o céu escurecendo, eu não podia deixar de pensar na última vez que estive com ela e no quanto isso significava, mesmo que eu nunca admitisse para Dean.

O caminho foi ficando mais curto, e, em poucos minutos, o Impala já estava estacionado ao lado da caminhonete de Judy. Eu saí do carro, esticando as pernas e sentindo os músculos tensos se soltarem levemente. Dean fez o mesmo, soltando um assobio baixo enquanto fechava a porta com um baque.

Judy desceu da caminhonete com a mesma energia calma de sempre, enquantoseus cabelos curtos balançavam com a brisa leve. Ela caminhou até nós com um sorriso cansado, mas acolhedor.
- Estão com fome, meninos? - Perguntou, os olhos passando por cada um de nós enquanto subíamos os degraus da varanda.

Dean deu uma risadinha, já prevendo a resposta.
- Bastante. O suficiente para comer um boi. - Ele disse, esfregando as mãos como se estivesse prestes a se sentar para um banquete.

Judy revirou os olhos com bom humor, acostumada com as declarações exageradas de Dean.
- O boi vou ficar devendo. - Ela respondeu com uma piscadela. - Mas tem as sobras do almoço. Posso requentar e assim jantamos. - Acrescentou, com um sorriso amigável, antes de brincar com uma alternativa. - Ou pedimos uma pizza.