Capítulo 12

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~ Lenora Frost ~

Fazia algumas horas que os meninos tinham saído. Enquanto isso, para deixar a mente ocupada, decidi que lavar aquelas louças sujas seria a melhor opção.

Enquanto eu me esticava para pegar a esponja ao lado da pia, com a outra mão eu me segurava na borda para ter equilíbrio.

- O que está fazendo? - Disse a morena de olhos claros se aproximando.

- Alex, estou certa? - Me virei sorrindo para ela, largando a esponja sobre a pia. - Bem, eu pensei que pudesse fazer algo para ajudar. Quer dizer, como a Judy e os meninos estão ocupados com a caça, eu pensei que fosse de bom tom ajudá-las em alguma coisa.

- Ah, não Lenora. Não precisa se preocupar com isso. - Ela se aproximou de mim. - Você é visita, não deveria fazer isso.

- Eu não me encomodo.

- Então, se você acha...pode ser então, não vou te contrariar. - Ela já estava de saída antes de vir até a mim e logo voltou a caminhar em direção a porta. - Eu estou indo para o hospital, qualquer emergência, tem os números aí na geladeira.

Enquanto Alex saía, senti uma leve pontada de nervosismo. Eu não estava acostumada a ficar sozinha, especialmente com tanto acontecendo. A casa estava silenciosa, exceto pelo som suave da água corrente enquanto eu lavava a louça. Meus pensamentos divagavam, preocupada com os meninos. Esperava que estivessem bem.

De repente, um ruído vindo do andar de cima me fez parar. Olhei em direção às escadas, o coração acelerando. Respirando fundo, decidi investigar. Cada degrau que subia rangia levemente sob meus pés, ecoando pela casa vazia.

Ao chegar no corredor, tudo parecia normal, mas a sensação de estar sendo observada não me deixava. Caminhei lentamente até o quarto de Alex, de onde parecia ter vindo o barulho. A porta estava entreaberta. Empurrei-a com cuidado, espiando para dentro.

Nada. O quarto estava vazio, apenas o reflexo da luz do corredor dançando nas paredes. Soltei um suspiro aliviado, convencendo-me de que estava apenas imaginando coisas.

Quando me virei para sair, um vulto passou rapidamente pelo corredor. Meu corpo congelou por um segundo antes de eu me obrigar a correr atrás dele. Alcancei o final do corredor, onde uma janela estava aberta, a cortina balançando com a brisa. Não havia mais ninguém ali.

Fechei a janela e desci as escadas, tentando acalmar meus nervos. Voltei para a cozinha, mas a sensação de inquietação não me abandonava. Algo estava errado, e eu sabia que não era apenas minha imaginação.

Um leve suspirar logo me fez virar de costas e vê que sentado no sofá estava um homem de terno e pernas cruzadas a me olhar.

- Bem querida Lenora, eu não queria fazer todo esse suspense. Mas eu gosto de uma entrada triunfal. - O moço dizia ainda sentado.

Meu corpo congelou ao vê-lo ali sentado, a porta estava trancada e eu estava sozinha...aquilo deveria ser uma das coisas que o Samuel caçava.

Em minhas costas havia uma enorme colher de madeira e firmemente a segurei em mãos e me aproximei na defensiva do ser.

- Quem é você? E como entrou aqui?

- Calma senhorita, onde estão seus modos? - Ele ajustou o blazer que vestia e se levantou - Prazer, sou Crowley. - Esticou uma das mãos, enquanto a outra permanecia no bolso.

- Eu não quero saber quem seja e sim como entrou! - Segurei mais firme ainda em sua direção. O homem riu e com um estalar de dedos a colher sumiu das minhas mãos.

𝐌𝐲 𝐑𝐨𝐦𝐚𝐧 𝐄𝐦𝐩𝐢𝐫𝐞 | 𝗦𝗮𝗺 𝗪𝗶𝗻𝗰𝗵𝗲𝘀𝘁𝗲𝗿 Onde histórias criam vida. Descubra agora