Calm down, little boy

Parte II - Capítulo dois

"Uma vez eu vi um pássaro mentirosos
Ele me contou a mais bela das mentiras:
Que você ficaria."

Capítulo II – Irmãos, amor.

Os primeiros a cair foram os Lupins. Foi em uma tarde de quinta-feira, um mês após o Natal de 1977, quando o sol repousava no lago não mais congelado. Algumas pessoas vestidas de capuz preto invadiram o lugar e atacaram Hope Lupin.

Ela estava no lago, banhando os pés na água de verão e feliz pela recém carta de seu filho mais velho quando uma figura forte e grande a cercou e a abateu sobre as pedras que cercavam as água cristalinas.

Depois foram até Lyall, que antes via a esposa pela janela do escritório e sorria quando ela dava pulinhos pela água um pouco mais quente que normalmente. Algumas pessoas disseram que ele viu a esposa dar seus últimos suspiros enquanto também era morto.

Então, tudo que restou daquele lugar foi um lago vermelho, uma casa destruído e uma família despedaçada. Assim, como se fossem rebaixados a nada.

Remus recebeu a notícia no outro dia, antes dos meninos levantarem. Dumbledore chamou ele e Thomas no escritório e então contou tudo que aconteceu, eles se encararam por um tempo interminável antes se abraçarem e saírem da sala do diretor.

Eles foram até a torre de astronomia e se sentaram ali em silêncio, absorvendo tudo e desejando que aquilo fosse uma brincadeira. Eles não estavam chorando apesar de tudo, Remus as vezes não gostava que seu irmão não chorasse quando a dor era maior que tudo, mas ainda entendia aquilo.

Thomas era uma bomba prestes a explodir, assim como ele, então Remus sabia que tudo que seu irmão precisava para desarmar a bomba era se deixar sentir.

— Venha aqui...

Era quase hora do almoço quando Remus falou pela primeira vez, os olhos vazios de Thomas se viraram para ele e em poucos instantes ele já estava ali. Thomas apertando seu sueter com força, deixando marcas em seus dedos, Remus tocou nos cabelos escuros e o puxou para seu peito.

Tom se prendeu ali, afundando no abraço e finalmente deixando suas lágrimas vencerem a batalha. Ele chorou em seu peito e então Remus se permitiu também desabar.

Ele podia fazer isso, era seu irmão ali. Sua única família e uma das únicas pessoas que ja viu o seu pior lado.

•••

Quando acordou naquela manhã Sirius logo sentiu a falta de Remus no quarto, e o fato de que ele vinha acordando constantemente na cama dele e abraçado com ele não podia ser irrelevante.

Sirius se levantou quando James começou a rodopiar pelo quarto em sua forma animada, Peter também não estava no quarto, mas isso meio que se tornou normal agora, que segundo ele, uma mulher entrou em sua vida.

Foi quando estava saindo do banheiro que finalmente começou a pensar normalmente, James já havia saído para se encontrar com Regulus e o mapa não estava em lugar algum.

Remus normalmente estaria aqui para se arrumar, ele deveria está ali a menos que já estivesse lá embaixo comendo e tivesse se esquecido de o chamar.

Sirius foi até o roupão dele e encontrou o uniforme do mesmo jeito, intocado e perfeitamente arrumado. Era sexta, então ele só tinha um uniforme limpo, no qual era esse que estava no roupão e não em seu corpo.

Ele se assustou quando a porta se abriu e então a presença de Luke se fez presente, ele parecia animado demais. Malditos Potter e sua animação matinal.