Capítulo 23 - Antigas Promessas

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»notinhas no final do capítulo«

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🫧

O passeio no parque após o almoço foi um tanto melhor do que Jisung imaginou. Por conta da imunidade baixa, Minjae não podia ficar muito exposto a outras pessoas e ambientes, então Minho o levou sentado sobre seus ombros, longe o suficiente do chão e dos demais. Minjae não gostou muito da ideia no começo, mas quando desceram do elevador e Minho o fez segurar as orelhas de sua tiara, o bebê ficou tão animado quanto antes.

Minjae acenava para todos que via na rua, arrancando risos de Jisung. Nada parecido com ele em personalidade, mas quase uma miniatura em aparência.

— Seor Coelo, flor! — Minjae apontou, se remexendo sobre os ombros de Minho, que segurava bem as perninhas gordas.

O tempo estava nublado e mais frio do que o comum pela recém chegada do inverno, então Minjae havia vestido seu cachecol azul de coelhos. Para a surpresa de Jisung, Minho também tinha um, amarelo e com um pequeno coelho na ponta, curto e meio batido. Ele resolveu que usaria suas orelhas de conforto naquele dia, e também aquele cachecol fofo.

Jisung segurava o carrinho com o cilindro, ouvindo a conversa confusa entre os dois, aproveitando aquele sentimento confortável.

Antigamente, ele tinha dificuldades em imaginar a vida com Minho, mas agora, tudo parecia muito melhor do que em suas fantasias da madrugada.

— Você quer ficar um pouco na grama? — Minho perguntou, olhando para cima, e Minjae assentiu.

— Eu trouxe frutinhas, Minjae-ah, você quer alguma? — Jisung disse quando estavam indo até um pedaço mais afastado, e Minho tirou Minjae de seus ombros, se sentando com ele na grama aparada.

— Quéio! — Minjae bateu palminhas, engatinhando pela grama — Pinica.

— Pega o Powerbreathe também, Jisung. Vamos fazer exercícios de respiração. — Minho pediu, e Jisung assentiu, entregando para ele o objeto transparente.

Apesar de se sentir cansado, Minjae parecia ainda mais energético, brincando com a grama enquanto Minho tentava ajudá-lo a realizar as atividades. Jisung passou aquele tempo apenas observando, encostado em uma árvore, querendo pensar racionalmente sobre o que precisaria melhorar de agora em diante, além de, claro, seu emocional.

Talvez em uma falsa sensação familiar, Jisung não conseguia chegar em uma linha de raciocínio correta. Ele imagina um possível cenário ruim, como de costume, mas sempre que a risada de Minjae soava em seus ouvidos acompanhada da voz calma de Minho, aquele cenário se dissipava, e a sensação se apossava novamente de seu peito, o fazendo sorrir minimamente.

Jisung sabia que era errado. Era errado não pensar em nada além da felicidade que estava sentindo ao ver seu filho progredindo, sabendo que logo aquela não seria mais a realidade. Ele precisava se preparar como fez por todos aqueles anos, precisava pensar na pior hipótese para se manter longe de fantasias de final feliz, fugir de uma situação irrealista, entretanto, cada dia que passava aquilo ficava mais difícil.

Senhor Coelho • minsungOnde histórias criam vida. Descubra agora