notas informativas no final do capítulo«
🫧
Jisung não era exatamente o melhor exemplo a se seguir.
Na verdade, desde sua adolescência ele era um tanto quanto rebelde, e não era atoa que ele tenha se tornado pai tão precocemente. O Han Jisung de 17 anos era totalmente o oposto do de 23. Caras como Han Jisung de 23 anos viravam piada na boca de caras como seu antigo eu. Ele gostava de festas, odiava o colégio, curtia garotas, mas só aquelas que ele achava atraentes o suficiente para uma noite. Ele odiava quando sua avó pedia companhia para o jantar, e odiava ter que explicar para ela onde sempre ia tarde da noite.
Ele nem sempre foi assim, começou quando seu avô partiu, Jisung tinha 14 anos. Ele chorou, e chorou muito, como se aquilo nunca fosse curar, e ele tinha sua avó, mas o luto muda pessoas, e sua reação imediata foi de se entregar às luxúrias da adolescência, esquecendo totalmente que, dentro de casa, sua doce avó ainda o esperava, com leite morno na xícara, que sempre era jogado na caixa novamente.
Aquilo tudo mudou ao que Jisung se apaixonou por Kang Haerin, uma garota nova de sua turma do último ano que era totalmente seu tipo. Haerin tinha olhos grandes, cabelos castanhos e um sorriso lindo, e Jisung pensou milhares de vezes antes de chamá-la para sair, já que sua vida de farra estaria com os dias contados.
Mas ele não ligou, realmente não ligou, e foi quando percebeu que estava apaixonado de verdade.
Haerin era incrível, e quanto mais ficava com ela, mais Jisung se apaixonava, e então ele a pediu em namoro. Um curto e trágico namoro.
Jisung não era o melhor exemplo a se seguir, mas ele como um bom pai e hyung, não deixaria que ninguém mais passasse pelo desespero de ter um filho com tão pouca idade.
E era por isso que estava ali, parado em frente à moça do caixa da farmácia na esquina do trabalho, sendo julgado pelos olhos velhos por detrás dos óculos enquanto ela passava cinco pacotes de camisinha, lubrificante, uma pílula do dia seguinte e balas de menta.
Jisung suspirou sem graça, olhando para a vidraça onde Jeongin o espiava.
— 34 mil wons. — a velha disse, encarando Jisung com certo escárnio.
Jisung pagou rapidamente e saiu tão rápido quanto, sendo enquadrado por um Jeongin contente demais para o seu gosto.
— Hyung! Você me salvou! — ele disse, pegando a sacola das mãos do mais velho, beijando a caixa da pílula.
— Você é tão cabeça oca! Ninguém transa sem camisinha, pelo amor de Deus. — Jisung reclamou, passando a andar na frente do adolescente, que o seguiu — E por que você quer balas de menta?
— Bem, você transou. — Yang riu quando Jisung lhe deu um soquinho — Não é culpa minha, foi do nada. E as balas são pra teste.
— Doenças sexuais são bem piores que filhos. — Jisung retrucou.
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Senhor Coelho • minsung
Fiksi PenggemarHan Jisung era pai solteiro de um garotinho de 2 anos que nunca tinha saído do hospital. Por conta da saúde frágil do filho, do emprego instável e das desavenças emocionais, Jisung se via preso em uma sala sem portas ou janelas. Porém, em um sábado...