Han Jisung é pai solteiro de um garotinho de 2 anos que nunca tinha saído do hospital. Por conta da saúde frágil do filho, do emprego instável e das desavenças emocionais, Jisung se via preso em uma sala sem portas ou janelas. Porém, em um sábado à...
Esse capítulo apresentará uma cena de crise do personagem, pode não ser incômodo para alguns tanto quanto pode ser, pois será representado com realidade e vivência das minhas próprias crises, sem filtro algum. As notinhas informativas estarão no final do capítulo, boa leitura!
🫧
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Lee Minho era esquisito.
E ele sabia daquilo melhor do que ninguém.
Não era legal ser esquisito, até porque ninguém queria ser amigo de uma criança que não ria quando algo engraçado acontecia, ou que não chorava quando caia do balanço, ou que dizia que não amava os pais porque não sentia nada ao falar deles.
A mãe de Minho até chorou uma vez porque ele disse fria e curtamente que não gostava dela, mas não era por mal, a questão é que Minho não gostava de ninguém. E ele mal via seus pais, por que gostaria?
Sua mãe e pai trabalhavam em um hospital prestigiado de Seul, então, Minho vivia sozinho boa parte do tempo, acompanhado de sua babá que parecia não existir em casa. Na escolinha, ele aprendeu a ler antes de todo mundo, com 2 anos, e aprendeu a escrever com ambas as mãos um tempo depois. Minho não tinha amigos porque sua série preferida na tv era Emergency Room, porque ele realmente odiava desenhos, a não ser baby looney tunes e Pernalonga.
Em pouco tempo, Minho sabia dizer todos os termos médicos que havia visto em sua série preferida. Ele falava pouco, apenas respostas curtas mais especificamente, mas se lhe perguntassem sobre a origem de um edema pulmonar e como tratá-lo, ele poderia ficar horas e horas falando sobre aquilo.
Seu pai se orgulhava disso, ele era um gênio afinal, mas sua glândula suprarrenal produzia um alto nível de cortisol quando Minho não conseguia parar de balançar o corpo para frente e para trás, ou quando ele chorava desesperadamente para cortar ou secar o cabelo, até mesmo quando ele gritava e se machucava por não poder usar seu amado cachecol amarelo, mesmo que estivesse muito calor.
Seu pai era muito bom em tratar hiperemia, mas ele não conseguia medir sua força se Minho o irritasse de alguma forma.
Quando Minho completou 5 anos de idade, já falava inglês e japonês fluentemente, e seu hobby era fazer suturas em seus bichos de pelúcia, todos coelhos, os ursos ele jogava fora. Desde muito novo, ele sempre teve preferência naqueles bichinhos peludos e orelhudos, seu apelido na escolinha era Leebit, porque uma vez ele levou um coelho escondido pra aula, depois de tê-lo achado perdido no parque. Minho demorou um tempo pra perceber que aquele apelido na verdade era por conta de seus dentes, e apesar do fato de que aquilo fora feito para humilhá-lo, ele não se sentiu triste.
Gostava de coelhos, então qual era o sentido de usar aquilo como ofensa?
Ele não entendia, apesar de entender tudo sobre fórmulas antibióticas.