Capítulo 15 - Cubra-me

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notinhas no final»

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🫧

O dia mal havia amanhecido quando Jisung pegou o primeiro ônibus para sua casa. Ele não havia pregado os olhos naquela noite, enquanto pensava sobre todas as possibilidades possíveis para um novo relacionamento, sendo extremamente novo, se for analisar. Ele pensou sobre Minho ser um homem em uma classe social totalmente diferente da sua, que está vivendo o primeiro amor agora, na idade adulta, e que tem muitas chances de se arrepender mais tarde quando ver de perto a verdadeira bagunça que Han Jisung era, além de, claro, ele ser um homem, aquilo dificultaria no país onde viviam.

Por outro lado, Jisung também recordou de todas as vezes que Minho foi bom para si, principalmente para Minjae. Ele era amoroso, carinhoso, prestativo e verdadeiro, ele não escondia seus sentimentos, fazia questão de demonstrá-los, de cuidar dos dois, e dedicou parte de sua carreira por Jisung e Minjae, e aquilo era o suficiente para que todo o resto não tivesse tanta importância.

Mas Jisung precisava ser consciente, não poderia mais viver de incertezas, não com Minjae.

E por aquele motivo, ele não conseguiu dormir a noite, enquanto olhava para o rosto desacordado e suave do médico que pareceu dormir como nunca tinha dormido antes. Jisung ainda podia sentir o calor do corpo dele, tão perto do seu que o deixou desconcertado.

Ele não conseguia pensar quando olhava para ele, e então, encarava o teto.

Muito provavelmente por ter mais de duas noites mal dormidas e uma tempestade em sua cabeça, Jisung sentia que desmaiaria no ônibus trêmulo e lotado. O tempo estava frio, mas ele suava, seu corpo parecia pegar fogo.

Ele tossia alto no ônibus, chamando atenção de boa parte das pessoas que estavam lá. Jisung só queria chegar em casa logo, tomar um banho e trabalhar, aquilo seria tão difícil?

— Oppa, você tá bem? — perguntou uma estudante quando Jisung mal se manteve em pé com o solavanco do ônibus.

— Uhum. — Jisung assentiu, tapando a boca para evitar tossir ainda mais alto e chamar mais atenção.

Céus, aquilo era vergonhoso.

— Onde você mora? Tá muito longe? — ela perguntou.

— Não... É na próxima parada. — Jisung respondeu após respirar pesadamente.

— Ah, melhor assim, se cuide, okay? — disse a garota — Não fique sozinho.

— Obrigado. — ele sorriu.

A próxima parada demorou mais do que o normal para chegar, e Jisung grunhiu quando teve que andar até sua casa. Ele tinha mentido sobre aquilo, mas ninguém era obrigado a ver alguém naquele estado aquela hora da manhã.

Senhor Coelho • minsungOnde histórias criam vida. Descubra agora