Capítulo 11 - Advinha o Quanto Eu Te Amo

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»notas no final do capítulo«

🫧

— O... que?

O corpo de Jisung estava imóvel, congelado. Aquilo era sério? Minho realmente foi descarado naquele nível?!

Ele riu nervoso, esperando Minho sorrir e dizer que era uma brincadeira, ou que era mais um de seus flertes descarados. Às vezes, aquele homem parecia louco o suficiente para pedi-lo em casamento.

— Eu... Me sinto sozinho sem você em casa. — Minho disse envergonhado, apertando as mãos e mordendo os lábios, claramente nervoso em sua confissão.

Jisung piscou algumas vezes, rindo baixinho, incrédulo.

— Hyung, só estive lá duas vezes. — ele falou, notando como Minho parecia sério com a proposta.

Por ser criado por avós, Jisung era mais tradicional? Ele pensou. As pessoas agora chamavam quem gostavam para morar juntos, sem mais, nem menos?

— Eu sei, mas eu nunca fui tão feliz, como quando você está comigo... — Minho falou num sussurro.

Minjae pareceu estranhar o comportamento do médico, engatinhando até ele para lhe dar um abraço caloroso.

Jisung engoliu em seco. Ele não sabia o que falar.

— Hyung... Eu também gosto de ficar com você, mas... você não acha que isso é apressar demais as coisas? — disse Jisung, com um sorriso curto e sem graça no rosto.

Ele se via em uma prova moral quando estava com Minho. Todas as vezes em que ele expunha seus sentimentos de forma exagerada, Jisung precisava relembrar que, apesar de tudo, Minho tinha dificuldade em reconhecê-los e controlá-los, mais ainda em escondê-los.

Minho estava sentindo aquilo tudo intensamente pela primeira vez, segundo ele mesmo, e se atirar de supetão em suas emoções parecia conveniente para ele, que não sabia lidar bem com as coisas que sentia em seu peito. E Jisung, como dono de seu coração, estava adepto à ideia de que precisava impor limites naquilo tudo, até porque ele não o retribuía. 

E machucar Lee Minho era a última coisa que ele queria fazer em vida.

O médico o encarou nos olhos, o preto no castanho, piscando lentamente, como se absorvesse a informação. Ele abraçava Minjae também, suas mãos já não mexiam mais, e descansavam nas costas infantis.

— Acho que sim. — Minho respondeu, assentindo lentamente.

— Obrigado por entender, hyung. — Jisung falou num tom acolhedor, se levantando ao notar a sonolência de Minjae nos braços do médico — Vamos dormir, meu amor?

— Uhum... Histólia. — Minjae disse, esfregando o rostinho no jaleco de Minho, que também se levantou, o pegando no colo.

— Uh, o papai gosta de histórias. Vamos ver, temos livros novos por aqui. — Jisung olhou para a prateleira próxima ao bercinho, passando os olhos pelos livros, que em sua maioria, tinham coelhos estampados na capa. Jisung sorriu. Aquilo provavelmente era obra de um certo médico

— Pega esse. — Minho disse, alcançando um dos livros e o entregando para Jisung.

Na capa, continham dois coelhos, um grande e um pequeno, no título, as palavras "Adivinha o Quanto Eu Te Amo" se destacavam em azul e vermelho. Jisung olhou para Minho, e o médico sorriu pequeno, sentando com Minjae no sofá branco.

Jisung se sentou na poltrona, regulando a luz do abajur para que ficasse mais confortável, e então, pigarreou, abrindo o livro.

— ... "Era hora de ir para a cama, e o coelhinho se agarrou firme nas longas orelhas do coelho pai"... — Jisung começou.

Senhor Coelho • minsungOnde histórias criam vida. Descubra agora