»notas no final do capítulo«
🫧
Na manhã seguinte, Jisung decidiu que sairia de fininho da casa de Minho. Pela primeira vez na vida não esperou pelo café da manhã, estava morto de vergonha pelo que havia dito na noite passada. Ele era idiota? Havia perdido a vergonha na cara ou perdido completamente a sanidade?
"Se você não manter a sua promessa de fazer com que eu me apaixone por você, eu te mato." Céus, ele realmente havia dito aquela atrocidade ao médico de Minjae, o qual via todos os dias! Passar o tempo com Minho fez com que Jisung tivesse menos papas na língua.
Só de lembrar daquela cena, Jisung enterrou o rosto no travesseiro e surtou silenciosamente. Mal havia acordado e já estava com o rosto pegando fogo.
Com o maior cuidado do mundo, ele se levantou, indo até o banheiro para lavar o rosto e trocar de roupa. Iria fugir enquanto Minho estivesse dormindo.
Eram 5:35 da manhã, ele havia dormido por exatas 2 horas, e então, acordou com o coração acelerado de nervosismo.
Só não sabia se era por Hyunjin ou por ter feito a maior burrada de sua vida.
O sol já havia nascido quando Jisung saiu do quarto na ponta dos pés, andando pelos corredores escuros enquanto tentava pensar no que faria até a hora que Hyunjin acordasse.
Ele só não contava com as luzes da cozinha ligadas e o cheiro de café fresco tomando conta do corredor próximo à saída.
— Mas que merda... — Jisung sussurrou para si mesmo, caminhando lentamente.
Ele torcia para que Minho não estivesse na sala. Teria que passar por lá para ir até a porta.
Aparentemente o mundo não estava a favor dele.
Jisung arregalou os olhos quando viu Minho de costas na sacada. Ele olhava para o sol nascendo pelas montanhas, e Jisung só via suas costas nuas.
Cruzes, ele sentiu o rosto queimar imediatamente.
Não queria encarar, ele realmente não queria, afinal, por que olharia?
Mas o desenho dos músculos definidos nas costas dele enquanto Minho segurava na barra grossa da sacada tiraria a atenção de qualquer um. O cabelo preto um pouco longo voava com graça pelo vento quente da manhã, iluminados pelo sol que nascia lento e tomava a sala com sua luz.
Jisung havia esquecido de respirar, e então, lembrou de sua fulga.
No primeiro passo que ele deu, para o seu desepero, Minho olhou para trás, sua audição sensível sendo crucial na fulga fracassada de Jisung.
— Han Jisung-ssi? Já acordou? — ele perguntou, se virando.
Jisung desviou os olhos, suas bochechas com certeza entregavam sua posição desconfortável.
— E-Eu... é- hm... não — ele tossiu nervoso — Droga... Eu não consegui dormir mais.
— Vou preparar o café da manhã então. — Minho sorriu, se aproximando.
— NÃO! — Jisung estendeu a mão, tentando a todo custo não olhar para Minho — Eu vou sair logo logo, não precisa, hyung.
— Você não pode sair sem comer... — disse Minho, convicto, se aproximando para ir até a cozinha um pouco atrás de Jisung — Vou fazer panquecas, você gosta?
— Gosto! — Jisung sorriu, olhando para ele, e seus olhos desceram automaticamente para o abdômen trabalhado, e Jisung se lembrou do motivo de querer fugir mais cedo.
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Senhor Coelho • minsung
FanfictionHan Jisung era pai solteiro de um garotinho de 2 anos que nunca tinha saído do hospital. Por conta da saúde frágil do filho, do emprego instável e das desavenças emocionais, Jisung se via preso em uma sala sem portas ou janelas. Porém, em um sábado...