Seis

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Alane Dias

Vanessa me olhava atentamente enquanto eu contava algumas coisas que aconteceram enquanto eu estava na casa de Fernanda, coisas sobre a Lala. Eu me sentia aquelas mães babonas, e até mesmo já estava pensando em pegar um balde para mim, porque eu sentia que a qualquer momento a cama ia encharcar.

- Lane, por que eu tenho a sensação que você está me escondendo algo? - Ela disse assim que eu terminei de falar.

- Ué, por que está dizendo isso? - Engoli seco.

-Porque desde aquele segundo dia que você estava lá eu senti que você estava me escondendo algo. Fernanda te fez algo, Alane? - Ela me encarava séria. Eu neguei imediatamente.

-Claro que não, Van. Ela não fez nada - Disse rapidamente.

- Você é péssima em mentir, Alane. O que Fernanda te fez?

- Nada.

- Não me faça tirar satisfações com ela.

-Tudo bem, tudo bem. - Suspirei, começando a contar o que havia acontecido na noite anterior a nossa conversa no telefone.

Vanessa ouvia atentamente, e vi seus punhos se fecharem quando eu contei a parte que Fernanda puxava meus cabelos, ela comprimiu seus lábios.

- Quem ela pensa que é para fazer isso com a minha garota? - Vanessa gritou, me assustando.

-Calma, Van. Isso foi só uma vez, ela nunca mais fez nada e está me tratando um pouco melhor agora. Ela já notou que eu não sou como os outros.

-Mesmo assim, Alane. Ninguém toca na minha pequena desse jeito.

-Calma, anjo. - Abracei-a e beijei sua bochecha.

-Eu gosto tanto de você, droga. - Ela sussurrou.

-Eu também, bebê.

-Não, Lane. Não é desse jeito - Ela se soltou do meu abraço e se levantou da cama- Eu gosto de você mesmo, não apenas como amiga. - Ela passou a mão pelos cabelos enquanto suspirava, mordeu os lábios, nervosa - Eu estou apaixonada por você, Dias.

Eu apenas estava sem reação. Nunca havia pensado em Vanessa como algo a mais, mas também nunca havia tentando. Mesmo sabendo das segundas intenções da parte dela no começo, eu pensei que isso tinha passado, como ela havia me afirmado.

- Vanessa. - Vendo-a se aproximar da janela.

-Não precisa dizer nada, Lane.

Me levantei, indo até onde ela estava e a abracei forte.

Amar Vanessa parecia ser algo bom, porém, ao mesmo tempo que parecia bom parecia perigoso também. Nós nunca sabemos como um namoro terminar, e eu sinceramente não sei se suportaria ficar sem Van pelo resto da vida.

Nos mantemos em silêncio e abraçadas por um longo tempo.

-Você tentaria? - Ela perguntou baixo.

- O que?

-Me amar.

- Van, nós sabemos das possibilidades de não dar certo. Eu não suportaria te perder.

-Mas você jamais me perderia, Lane. Você sabe que eu não suporto ficar longe de você.

- Dizer isso agora é fácil, Van. Mas, e depois? - Suas mãos tocaram meu rosto me fazendo olha-la.

-Eu não aguentaria passar o resto da minha vida longe de você. Lane. De verdade. Mesmo que não desse certo.

-Eu preciso pensar, tudo bem?

- Tudo bem - Ela deu um sorriso amarelo e deu um beijo demorado em minha testa. Suspirou e logo saiu do quarto, me deixando sozinha com uma dúvida cruel. Eu deveria tentar?

Deitei-me na cama com mil dúvidas em minha cabeça, eu queria tentar, mas será que valeria a pena?

Vários casais repetem um para o outro que não conseguem mais viver sem o seu amor, bebê e outros apelidos clichês. Porém, depois de alguma decepção com o companheiro toda a declaração que foi feita parece ser deletada da memória e então um começa a viver sem o outro, para sempre. E eu não queria isso acontecesse comigo e Van.

Por outro lado, era bom pensar em nós como um casal, era fofo e engraçado. Van era única pessoa que tinha o dom de me fazer sorrir só por estar do meu lado, quando eu estava muito mal só ela conseguia me animar, ela tinha o dom de fazer com que o meu humor fosse embora, coisa que mais ninguém conseguia.

Ela também tinha o poder de me irritar em pouco segundos, e faz com que isso passe mais rápido ainda. Van sempre foi tão atenciosa, nós não somos de brigar muito. Então eu cheguei à conclusão que: Isso poderia dar certo sim. Mas e se acabasse mal?

Suspirei, completamente cansada de tanta indecisão. Eu me arriscaria sim, pelo menos uma vez na vida isso teria que acontecer. Eu não posso viver com medos pelo resto da vida, não era justo e nem certo.

Virei-me de bruços e fechei os olhos, eu precisava dormir, um pouco que fosse. Talvez assim eu acharia alguma resposta, descansar a cabeça um pouco me faria bem.

Por que está tão timida, Alane? — Vanessa estava sentada atrás de mim e beijava meu pescoço me causando arrepios pelo corpo inteiro.

Suas mãos desceram por meu corpo que já estava nu e tocaram minha intimidade, me fazendo morder meus lábios. Seus dedos começaram a fazer movimentos circulares estimulando meu clitoris, me fazendo soltar um gemido baixo.

Fechei meus olhos sentindo seus movimentos ficarem mais rápidos.

Assustei-me quando senti uma lingua tocar minha intimidade, abri os olhos assustada vendo Fernanda começando a fazer um oral em mim. A mesma me olhava e eu só conseguia ver desejo em seus olhos. Por Deus, Fernanda era maravilhosa no que fazia.

Vanessa me beijou enquanto levava as mãos até meus seios, abafando meus gemidos que começaram a sair altos demais assim que Fernanda me penetrou com dois dedos sem parar com o oral.

Coloquei as mãos em seus cabelos indicando que eu precisava demais. Aquilo estava maravilhoso.

- Porra - Sussurrei, sentindo meu ápice chegar.

- Você é tão gostosa, Alane. - Fernanda disse me fazendo morder os lábios de Vanessa.

Acordei assustada e com a respiração acelerada. Sentei-me na cama e passei as mãos por meu rosto. Merda, eu estava muito excitada.

Mas por que Fernanda estava no sonho?

Levantei-me da cama e fui até o quarto de Van, encontrando-o vazio, suspirei e fui para a sala, encontrando Vanessa sentada no sofá assistindo um filme que eu não fazia a menor ideia do nome. E também não estava a fim de saber.

Caminhei até ela em passos lentos, a mais velha nem havia notado minha presença ali de tão concentrada que estava em seu filme.

Peguei o controle que estava ao seu lado e desliguei a tv. Ela me olhou indignada e ao mesmo tempo sem entender.

Sentei em seu colo, colocando minhas pernas uma de cada lado de seu corpo. Dani ainda me olhava sem entender,

-Eu quero você, Vanessa.. — Sussurei e beijei-a em seguida.

Nós sabíamos como aquele beijo iria terminar.

A new Chance for Love - Ferlane Onde histórias criam vida. Descubra agora