Quatorze

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Alane Dias

Abri os olhos devagar e percebi que Fernanda me olhou, mas ao mesmo tempo ela parecia não estar ali. Estava perdido em seus pensamentos.

Suspirei e senti-me, assustando-a. Encarei seus olhos castanhos e lembrei da noite anterior. Céus, o que estava acontecendo?

- Bom Dia. - Ela disse e eu sorri.

—Bom dia, Fernanda. - Continuei olhando-a.

- Você está se lembrando da noite anterior? — Ela sabia ler pensamentos?

-Tálvez.

-Que bom. Porque eu também estava.

-Ótimo.

-Deveriamos terminar o que começamos. - Ela sugeriu e eu sabia que isso era apenas seu jogo de provocação.

- Deveríamos. Aqui, na sala, na cozinha, sem banheiro e até mesmo na piscina. - Mordi os lábios.

- Ótimo.- Ela se Aproximou de mim, encarando meus lábios - Que tal começarmos agora?

Seus lábios estavam a centímetros do meu, fitei seus lábios e subi meu olhar para seus olhos. Sorri e soltei um riso em seguida.

-Não, querida. - Empurrei-a e me levantei- Quem sabe depois, ou quando eu quiser. — Pisquei para ela que me olhou seriamente, parecia irritada. Sai do quarto saltitante em direção ao meu.

Bande iria aprender que não se pode ter tudo na hora que quiser. Ela tem que deixar de ser ser mimada.

Fernanda havia saído e eu estava brincando com Laura. Ela me contou algumas histórias e falou suas bonecas e sua casinha de exemplo. Ela tinha uma imaginação e tanto.

Eu estava tão concentrada que não havia percebido que havia mais alguém ali.

- Maria! — Laura disse animada assim que a viu - Sente-se aqui com a gente! Preciso contar uma história.

-Claro, pequena. - Ela convidou e se enviou ao meu lado.

- Vou pegar uma xícara de chá e biscoitos para você! Espere aí. - Ela subiu até seu quarto me fazendo rir. Ela é tão amorosa.

– Laura é um anjo. — Ela disse enquanto fitava seus brinquedos.

- Com certeza. Essa menina só vai dar orgulho para Fernanda.

— Já dá. É que ela não demonstra, mas vive babando por ela em segredo - Sorriu - Mas me diga, que história é essa que eu vi na revista de namoro?

-Não estamos namorando de verdade. Ela disse que precisava de uma namorada de mentira e que não queria arranjar alguém que não ligasse pra Melanie, e como ninguém sabe que sou babá dela e moro aqui, ela surgiu em mim.

- Por isso foi com ela na estreia ontem?

- Sim.

– Mas esse namoro não é tão falso assim né?

-Como assim?

– Vocês se beijam, não é?

- Claro. Na frente das câmeras, faz parte do "teatro".

-Não, Alane. Sem isso de câmeras. Alguma coisa acontece entre vocês, não é?

- Maria! - Laura anunciou que estava voltando. Fazendo o assunto para lá.

Maria sussurrou um "isso não acabou aqui" e voltou sua atenção para Laura, que entregou seu chá e biscoitos e se enviou novamente no chão para recomeçar a história que havia acabado de me contar.

A new Chance for Love - Ferlane Onde histórias criam vida. Descubra agora