Capetão...

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05/03/1994 - Domingo.

22h45m

- Aiko.

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- Ah garoto, se fecha vai! - Falo revirando os olhos - Eu me importo, eu e meu namorado.

- Calma Aiko, to zoando só! - Ele ri - É uma pena mesmo....

Apenas suspiro e continuo andando, percebo o garoto me seguir.

- Tem casa não? Ta me seguindo por quê? - Pergunto para o mesmo.

- To te seguindo não, é o caminho que é o mesmo. - Gabriel ri - Por que? Quer que eu te siga? Meio perigoso andar a noite sozinha mesmo.

- Não precisa, eu faço isso. - Alberto aparece atrás de nós - Mas obrigado pela preocupação.

O rapaz coloca o braço pelo meu ombro e me da um selinho.

- Ta fazendo o que aqui? - Sussurro confusa.

- Não achei certo deixar você ir sozinha, como sempre eu tava certo. - Ele sorri.

Fomos andando até minha casa, Alberto só me solta quando chegamos na calçada.

- Ta entregue meu amor! - Ele sorri - Te vejo amanhã?

- Claro, obrigada viu. - Sorrio.

- Que nada, da um beijo na sua mãe por mim. - O garoto se aproxima colocando a mão em minha nuca e me puxando para um beijo - Esse aqui é o seu, te amo viu.

Sorrio sem graça, fazia tempo que não sentia essas borboletas.

- Também te amo, cuidado para voltar.

Entro em casa, converso um pouco com minha mãe e vou para o banho.

11/03/1994 - Sexta-feira.

- Por favor mãe, deixaaa. - Peço ajoelhada.

- Já falei que não Aiko Novak, ta louca? - A mulher insiste.

Minha mãe não estava deixando eu ir na viagem junto dos garotos, que seria nessa madrugada.

Saio do quarto da mulher e vou até o meu, pego o telefone e ligo para Júlio.

- Que foi? - O garoto atende.

- Oi pra você também. - Digo - Júlio você que é o mais velho, vem socorrer eu....

- Meu Deus, o que tu fez? - O menino pergunta.

- Minha mãe não quer deixar eu viajar com vocês... me ajuda aqui. - Falo com voz de choro.

A ligação fica quieta por um tempo, chamo o garoto algumas vezes mas é inutil.

- Oi? - Uma voz feminina atende, era mãe de Júlio.

- Oi tia, cade o Júlio? - Pergunto confusa.

- Saiu correndo, é a Aiko? - A mesma pergunta.

- Sou eu sim tia! - Falo sorrindo.

- Aah bem, que saudade de você, vem em casa pra comer bolinho de chuva ta? - A senhora pede.

- Vou sim, obrigada viu, beijoos.

- Beijos bem! - A mesma fala e desliga.

- Por que ele saiu correndo agora que preciso dele? A mano.... - Me jogo na cama.

Acabo adormecendo sem querer, acordo com algumas vozes vindas da sala.

Me levanto e vou até o local, lá vejo os meninos e Cláudia ajoelhados nos pés de minha mãe.

- Vai tia por favor!! - Dinho implora grudando no pé da senhora.

- Você não vai se arrepender tia Hana, custa nada vai! - Samuel gruda no outro pé.

- Eu vou cuidar bem dela sogra, por favor! - Bento implora.

- Dona, eu sou o mais responsável e sensato aqui, pode ter certeza que nada vai acontecer com ela! - Sérgio afirma.

- Te damos a nossa palavra e vida, a Aiko vai ficar bem!!! - Júlio exclama.

- Ta ta, mas se algo acontecer, eu mato vocês e ela. - A mais velha afirma sendo vencida pelo cansaço.

- Aeeeeeeee, te amo dona Hana! - Dinho se levanta e abraça minha mãe.

- Ta ta, sei bem... - A mesma diz rindo.

- Corre Aiko e arruma suas coisa, nois' vai pro Riooooo. - Samuel corre em direção a mim.

02h01m

Já tinha arrumado tudo, Bento estava em casa esperando a van junto de mim.

- Usem camisinha entendeu? - Minha mãe diz séria.

- Mãe! Pelo amor de Deus né. - Falo envergonhada.

- Ta achando que nunca tive sua idade garota? Esse negócio de tira antes resolve nada! - Ela afirma.

Bento ri enquanto tampo a cara com vergonha.

- Pode deixar sogrinha, to levando sim! - O menino afirma.

- Cala boca idiota. - Dou um tapa no garoto.

A van buzina na frente de casa, o japa sai com nossas malas enquanto me despeço da senhora.

- Obrigada viu mãe, fique bem! - Dou um abraço na senhora - Amo você.

- Também te amo querida, se cuida ta? Toma muito cuidado lá. - Ela diz me dando um beijo na testa.

Saio de casa e vejo a van lotada.

- Pra que culto a gente vai irmões'? - Pergunto rindo.

- Entra ai irmã Aparecida e a gente te leva pra Universal! - Samuel ri.

Entro me sentando no meio de Bento e Samuel.

- Me separando do meu namoradooo. - Dinho fingi choro.

- Vai chupar uma rola vai Alecsander. - Rio mostrando a linguá para o garoto.

- Vai você! - O menino retruca.

- Chega. - Val diz sonolenta.

Olho pra frente e vejo Ana, ela parecia irritada.

- Quem diria que veio mesmo, não botava fé não... - A loira sorri.

- Dês de quando capeta tem fé? - Pergunto debochando da menina.

- Me diz você, a própria diaba! - Ela retruca.

- Ah, então ta capetão. - Digo me aconchegando no ombro de Bento - Faz cafuné amor? - Sussurro pro garoto.

- Claro minha pitchula! - Ele sorri, enquanto fazia cafuné em mim e passava a mão pela minha coxa.

Acordo meio sonolenta, tínhamos parado para abastecer.

- Cento e quarenta e sete elefantes incomodam muita gente! - Samuel cantava junto de Heitor e Dinho - Cento e quarenta e oito incomodam, incomodam, incomodam (145x) muito mais.

- Alguém cala a boca deles, eu não aguento mais! - Ana afirma.

- Ué, aproveita que a gente parou e desce! - Samuel da de ombros.

- Prefere que a gente te empurre em movimento? - Dinho oferece.

- Eu ajudo! - Eu e Val falamos juntas.

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Oioii, tudo bem??

Dois eps em um dia, que milagre família kakka.

Obrigada a todos que estão comentando, votando e acompanhando a fic, amo cada um de vocês <3

Espero que estejam gostando e se cuidando, beijão da belli <3



Destinados - Bento HinotoOnde histórias criam vida. Descubra agora