Destinados - Bento Hinoto

Para!...

13/05/1995 - Sábado.
12h02m
- Alberto.
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Finalmente chegamos em Los Angeles, parecia ser mentira, não dava pra acreditar.

Estávamos esperando no aeroporto, a van que iria nos buscar estava atrasada.

- E o poema Alecsander? - Aiko pergunta rindo. Eles estavam fazendo piadas dês que acordaram.

- Agora um poema... - Dinho diz com voz de criança - Sou pequenininho, doce como mel... Sou muito bonito e tenho um lindo chapéu! - Ele sorri ajeitando seu grande chapéu colorido.

- É meu! - Sérgio grita pegando o chapéu de Dinho e correndo pelo aeroporto.

- Sosseguem! - Grito frustrado.

- Eu tô sossegada amor! - Aiko diz em tom de criança, enquanto balançava os braços.

- Você é uma belezinha meu neném. - Falo passando a mal na cabeça da garota.

- E eu? Eu sou uma belezinha né Japinha! - Alecsander pergunta me abraçado pela cintura.

- Você é lindo criança! - Digo o abraçando de volta.

- Burro é aquele que confia no homem, tá me trocando já! - Samuel diz revirando os olhos.

- Você tem eu! - Júlio abraça o mais novo.

- Aí Juju!! - Samuel afinal a voz o abraçando.

- E eu fico como? Saudades da minha mulher essas horas.... - Sérgio lamenta.

- Vocês são uma figura mesmo! - Rick ri.

- Eles são uns idiotas, da atenção não. - Júlio afirma rindo.

Um tempo passou e finalmente estávamos na van, estávamos brincando de rimar e fazer Beats bestas.

- Alugamo' um carro, pegamo' sua irmã.... Pegamo' esse carro que tem nome de van. - Dinho rimava rindo - Vou te falar, te aconselho, quando vier aqui pegue esse carro vermelho! Ele é muito bonitinho, engraçadinho, é tipo um carro americaninho.

Rimos do garoto.

- Vou falar agora pra' vocês, aqui está do meu lado um japonês! - Dinho me abraça - O japonês está aqui e sem pipi!

O olho levantando as sobrancelhas.

- Verdade Aiko? - Samuel pergunta rindo.

- Não! - A menina ri vermelha.

- Veio pra' ca', num trouxe ele pra qui. Viemo' então de avião, voamo' alto, meu Deus e lá de cima da pra' ve'. - O mesmo rima coisas que nem ele sabia o que era - Se você visse ou me ouvisse, o que eu estava falando, você enten... - O menino se interrompe - Você ia saber, eu tô entrando pelo cano, que eu não sei o que eu dizer! Pode ser!

- Dinho mongo, sabe nem rima, mas relaxa que a Aiko vai te salvar! - Aiko entra na rima - Vou dizendo, sem saber, o Dinho tem cara de mane, igual o seu Zé!

- Pior que o Alecsander! - Sérgio ria.

- Ei meu mano Sérgio, se liga na minha rima, que improvisa! - Aiko faz posse de MC, fazendo todos caírem na risada - Arrasei!

Depois de mais conversas, rimas e brincadeiras, finalmente estávamos no hotel, pegamos nossas chaves e fomos para o andar de cima.

Noto que Aiko e Alecsander estavam mais afastados e cochichando muito, cara de quem iria aprontar.

- O que esses dois vão aprontar? - Pergunto ao Samuel.

O menino me olha e vai até eles, vejo que Samu fica rindo de canto e cochicha junto.

- Alguma merda vão fazer... - Júlio afirma também os observando.

- Aiko... - A chamo - O que voc...

Sou interrompido, ao ver Aiko, Samuel e Alecsander baterem em 3 portas e saírem correndo.

Corro até meu quarto que era no final do corredor, na verdade, todos nós corremos.

- Filhos da puta! - Sérgio grita rindo e correndo.

- Corre caraio' - Samuel grita rindo mais ainda.

Entramos todos no quarto de Rick e fechamos a porta, todos estávamos passando mal de tanto rir.

- Eu mato vocês! - Digo estrangulando Dinho - Desgramado.

- Foi ideia da Aiko! - Ele fala com dificuldade.

- Sua safada! - Largo o menino e vou atrás da menina.

- Sai carniça! - Ela grita correndo pelo quarto.

- Eu mato você! - Afirma finalmente a pegando.

- Para! - Ela manda enquanto fazia cosquinha na mesma.