Capítulo 3 - Essa pode ser a mais linda história de amor

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Os dias passaram rápidos para Bianca. E ela agradeceu muito por aquilo, pois morria de ansiedade para festa da irmã de Rafaella.

Podemos dizer que a carioca estava mais animada do que Íris.

Bem e o sábado chegou. Agradecendo o motorista do aplicativo, Bianca saiu do carro vendo a irmã fazer o mesmo e assim que pisou os pés sobre a frente da casa de Rafaella, sentiu-se nervosa.

Era uma bela casa, com uma bela frente e um carro estacionado em frente à ela. Conseguia escutar de longe as vozes se misturando com a música que tocava e algumas gargalhadas. Esfregando as mãos umas sobre as outras, a carioca suspirou tentando acalmar os próprios ânimos.

Durante aquela semana que se passou, Bianca e Rafaella se aproximaram mais. Elas sentavam juntas na ida pra UFRJ e quando conseguiam também voltavam juntas pra casa. Trocaram mensagens praticamente todos os dias que se passaram.

Naquele período, ela descobriu que Rafaella havia nascido no dia 2 de Abril, em Campina Verde, Minas Gerais. É claro que Bianca já desconfiava daquilo pelo sotaque puxado. A família de Rafaella havia se mudado para o Rio pouco depois da mineira ter feito cinco anos e o motivo foi que queriam melhorar de vida. O que deu certo já que o pai da morena conseguiu um emprego em uma boa empresa e logo subiu de cargo e conquistou um bom salário.

Seu nome completo era Rafaella Freitas Ferreira de Castro. Aquilo rendeu boas piadas que Bianca fizera com a mineira, por exemplo, a que ela disse que seria necessário um grande fôlego para a mãe de Rafaella a repreender pelo nome completo.

Ariana com ascendente em câncer. Aquela parte arrancou longos suspiros de Bianca. Não se pergunte o porquê.

Rafaella era amante de cachorros, apaixonada por livros e leituras clássicas. Sabia falar francês. E era completamente fascinada por Sofia, a mais nova era sua melhor amiga.

— Bia? — Íris bufou. — Você pode voltar pra vida real?

— Desculpa. — A carioca pediu balançando a cabeça e tocando a campainha.

Logo, a porta foi aberta revelando uma mulher sorridente do outro lado, tinha em uma de suas mãos uma bandeja.

— Íris, minha linda, entre! — Ela sorriu agarrando a Andrade mais nova pelos seus braços e a puxando para um abraço apertado. — Sofia está doida atrás de você.

— Oi, dona Gê. Essa é a minha irmã, Bianca.

— Claro! Eu sei quem ela é. A única pessoa que a Rafaella cita a uma semana é você! — Rindo a mais velha também deu um abraço na carioca que sorriu nervosamente.

— Rafa fala de mim?

— Ô se fala. — Piscou. — Fiquem a vontade, meninas. Estão todos lá no quintal, podem ir!

— A senhora precisa de ajuda com alguma coisa? — Bianca perguntou vendo a irmã se afastar.

— Eu vou aceitar, viu, preciso levar as bandejas lá pra fora. Consegue pegar os refrigerantes?

— Claro. Licença. — A morena pediu abrindo o freezer para tirar de lá as garrafas.

— Obrigada pela ajuda, minha flor. — Sorriu. — Esse trem de festa é complicado, né? Dá um trabalho!

— Eu posso imaginar, Dona Gê.

As mulheres seguiram para a parte de fora da casa. Bianca pode observar os diversos adolescentes espalhados por ali e as pessoas mais velhas que julgou ser parte da família de Rafaella. Em falar na mineira, essa estava agachada sobre a irmã enquanto arrumava algum detalhe da roupa dela.

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