CAPÍTULO XXI

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A mente de Jimin tentou fazer silêncio, deixando os seus ouvidos captarem qualquer sinal de som vindo do namorado.

Sabia que receberia gritos, voltariam ao que eram antes, odiando-se, insultando-se. Mas agora seria pior, claro que seria, estava apaixonado por aquele grifinório malditamente encantador.

Com sentimentos envolvidos... Oh, nem gostaria de pensar em como seria voltar ao que eram.

Mas sabia que seria inevitável. Seria o recorde de um namoro. Não fazia cinco minutos que selaram o relacionamento e já seria despachado aos berros.

Perdoem-me, fundadores - desculpou-se com as imagens no vitral - não queria que vissem este lado meu.

Um lado que vai ficar infinitamente frágil com o que iria acontecer - completou com pesar.

Em tão pouco tempo em silêncio, a sua mente conseguiu formar cinquenta mil diálogos possíveis que eram regados de rejeição.

Quando estava para se desculpar em voz alta, o sonserino foi segurado pelo rosto, colidindo os lábios com o beijo do moreno.

E não pode evitar o som que escapou da sua garganta, um pouco abafado pelo ósculo bruto e agitado, eufórico até. Parecia que o grifinório os queria quebrando uma das leis da física, querendo que seus corpos coexistam num único espaço.

A mão que estava nos seus braços desceu para a sua bunda, bem na poupa. Ofegou contra o beijo, que tomou o seu som como uma brecha para voltar com a dominância do selar.

Ergueu o pescoço, tocando o peito do moreno com o seu próprio, um pouco mais abaixo do seu queixo para conseguir juntar os seus troncos, deixá-lo na liderança e não interromper o toque nas suas coxas.

Não entendia o que estava a acontecer, na verdade, sequer se lembrava de onde estava.

Por mais inusitado, o loiro sentiu como se houvesse apenas eles ali, esqueceu tanto da presença do mundo que se assustou quando o som alto de seu livro no chão soou no corredor.

O beijo separou-se com surpresa, ambos a olhar na direção do som com surpresa. Quando voltaram o olhar para o outro, riram baixinho pelo susto idiota.

O grifinório apertou a sua lombar, puxando-o para cada vez mais perto, unindo os seus troncos enquanto descia os lábios pelo pescoço do loiro.

– Espera... – Sussurrou um pouco afetado pelas mãos bobas que desciam pelas suas pernas, subindo pela sua cintura e deixando os polegares perigosamente próximos ao seu peito. Os dentes a mordiscar a pele do seu pescoço eram responsáveis por arrepiar cada pelo do seu corpo – Babe... – Ofegou ao apertar os fios negros na nuca do maior, que puxou a sua cintura com mais força, criando um vão entre a sua pele e a barra das suas calças – Espera... – Soluçou ao final, sendo pego de surpresa com o toque frio na sua pele quente.

– Diz – fingindo não perceber o estado do menor, o moreno prosseguiu com os beijos.

O sonserino interrompeu-o ao empurrá-lo pelos ombros, tentando recuperar a respiração antes desregulada. Abriu os olhos quando o toque suave foi para a sua mão, observou o maior beijar os seus dedos com carinho, erguendo um sorriso para si.

– Está explicado o porquê de eu ter-te dado uma chance. Eu já sabia o gosto bom dessa boca maravilhosa – o grifinório aproximou-se, massageando o lábio inferior inchado pelos beijos anteriores.

– Para com isso! – O loiro olhou-o irritado, daquele jeito que ainda era recorrente, mesmo que os sentimentos por trás do olhar fossem outros.

– O quê que eu fiz?! – Tentou segurar o riso da indignação do menor.

Revelio | JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora