Capítulo 16

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Carolina Ribeiro

Acordei com o barulho da porta a bater.

-Bonecaaa!!!- ouvi o Edu a gritar e a dirigir se para o meu quarto.

-Hmmmm- disse resmungando.

-Toca a levantar que tens consulta no médico daqui a uma hora.- ele avisou me.

Eu admito, ia me esquecendo. Ainda bem que o meu melhor amigo me impede de ser esquecida.

Vesti me e fui tomar o pequeno almoço.

O Edu veio comigo à consulta

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O Edu veio comigo à consulta. Alguns meses se tinham passado desde a notícia, e eu cada vez me sentia melhor. Não tinha voltado a falar com o viktor. Sentia saudades dele, mas não o ia obrigar a fazer parte do futuro desta criança.

-Estás pronta?- perguntou me ao entrarmos no carro.

-Acho que sim!- eu disse e ele deu me a mão.

Quando lá chegámos aguardámos na sala de espera até sermos chamados. Os meus olhos arregalaram quando vi algo que não esperava. O Viktor dentro da sala das ecografias.

O Edu olhou para ele com um olhar mortífero mas eu fiz lhe logo sinal para ele se acalmar. Não fiz nenhum escândalo. Isso só aconteceria depois na consulta...

-Ora vamos lá ver... Vai sentir um pouco de frio pois este gel é fresquinho, mas nada demais.-eu assenti e o meu melhor amigo deu me a mão. Ao seu lado estava o gyo muito atento aos movimentos da médica.- está de 15 semanas e... é uma menina!!!!!- os meus olhos brilharam e eu deixei escapar uma lágrima. Ao meu lado o Edu abraçava me e eu não aguentei. Puxei o Viktor para mim e dei lhe um beijo.

Como eu tinha saudades dele.

-Parece que vamos ter uma mini Concha, que pesadelo...- disse o gyo a gozar comigo. Eu limitei me a abraça lo.

O Edu recebeu uma chamada e começou a ficar preocupado.

-Conchinha, a filipa ligou me a dizer que precisa de mim rapidamente...-disse o meu melhor amigo.

-Vai Edu!!!!- eu disse.

-E como é que vais para casa?- ele perguntou preocupado.

-Eu levo-a!- disse o viktor ao meu lado e o Edu fez um olhar de desaprovação.

-Edu, tudo bem, eu vou com ele. Vai ter com a Filipa ok?- ele assentiu, veio até mim e deu me um abraço e um beijo na testa.

Rapidamente saiu do hospital e fiquei sozinha com o Viktor. Dirigimo nos para o carro e reinava o silêncio. Estávamos mais ou menos a meio caminho quando o vejo a encostar o carro. Beija me.

-Conchinha, desculpa. Eu não pensei naquele dia, quer dizer, eu só pensei em mim... dói me ver-te assim comigo... eu quero fazer parte da vida desta criança e vou ser o melhor pai do mundo,se tu me deixares! Por favor, perdoa me...- deixei escapar uma lágrima e beijei-o.

-Eu amo te...- suspirei entre lágrimas.

-E eu a ti minha princesa...- beijou me apaixonadamente.

Chegámos a casa e no dia seguinte o Viktor mudou se para lá outra vez.

Os meses foram passando e a minha barriga estava cada vez maior.

-GYO!- eu gritei.

-Diz amor.

-SENTE ISTO!- a bebe tinha dado um pontapé.

Ele deixou cair uma lágrima e abraçou me. Todos os dias ele dava festas na minha barriga e acariciava a nossa filha.

Passaram se então os 9 meses, e estávamos na academia. Eu estava a ver o seu treino quando de repente sinto uma dor imensa e as minhas calças molhadas. Comecei a gritar para ver se ele me ouvia. Quando ouviu, veio até mim.

-As águas rebentaram...- eu disse.

-Vamos já para o hospital!!!- disse o Edu, enquanto que o Viktor me levava ao colo.

Chegámos lá e eu tive a criança num parto normal. Correu tudo bem, e eu já tinha a minha filha nos braços. Ao meu lado o Viktor tinha a sua mão colada à minha e ao mesmo tempo dava beijos suaves na cabeça da nossa bebé.

Já estávamos no quarto de hospital, quando de repente eu digo:

-Vamos chamar-lhe Margarida!- quando ouviu este nome ele emocionou-se. Era o nome da sua mãe, que tinha morrido.

-Margarida Ribeiro Amorim Gyokeres!- ele disse sorrindo.

-Amo te!- eu disse.

-E tu nem imaginas o quanto eu te amo a ti.- ele disse e beijou me.

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Passaram se dois anos, e estávamos a ver o jogo sporting-braga, o último do campeonato e que nos sagraria campeões. Eu estava com a Magui nas bancadas e ambas usávamos camisolas do nosso número 9.

Aos 27 minutos o nosso gyo marcou um golo e veio até nos, apontou nos e fez um M seguido de um C e um coração. De seguida ajoelhou-se, levantou a t-shirt, e lá estava escrito algo...

-Casas comigo?- disse me mostrando o anel.

-Claro que sim!!- corri para os seus braços com a nossa filha ao colo e beijei o.

Todos no estádio aplaudiam.

O jogo acabou e fomos campeões nacionais.

Esperámos que as portas para o relvado se abrissem às famílias e de seguida a Magui foi a correr até ao pai.

-Paiiiii!!- a menina corria de braços abertos.

-Magui!!! Minha princesa.- o mesmo pegou lhe ao colo e saiu me uma lágrima.

Fui até ele e dei lhe um abraço, o abraço mais longo da minha vida.

Ele beijou me e ali ficámos uns minutos, antes do autocarro seguir para o marquês.

A noite foi em festa!!!!

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Passaram se meses e casámos-nos. Os padrinhos foram o Edu e o pote e as madrinhas a Filipa e a minha mãe.

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Fomos de lua de mel, e quando voltámos, ficámos a saber que estávamos à espera de outro filho. Os olhos do Viktor brilhavam e os meus encheram se de lágrimas de felicidade.

-Magui, vais ter um irmaozinho ou uma irmanzinha princesa.- disse o Viktor.

A mesma abraçou nos e deixámos-nos ficar assim. Eles eram a minha casa e era ali que começava a nossa história!

Fim!!!

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De um pesadelo a um sonho- Viktor GyökeresOnde histórias criam vida. Descubra agora