Capítulo sem título 41

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SAMANTHA

Eu imaginava que a casa de Edgard fosse algo digno dos filmes de Hollywood, mas, não, é até bem simples, um apartamento bonito, não muito grande com a decoração bem clean.

– Gostou? – Ele pergunta se aproximando.

– É bonito. – Me sinto intimidada. Ele não deixa espaço para que eu pense e me beija, apesar do emaranhado de confusão em que se encontra meus sentimentos, não posso negar o quanto ele meche comigo. Conforme me beija sinto-o me guiar pelo apartamento, nossas roupas vão ficando pelo caminho, um desejo forte arde em meu peito, estou completamente entregue, e não me permito pensar em como isso é possível, tendo em vista meus sentimentos por Noah.

– Acorda dorminhoca, você tem uma chefe bem brava, vai acabar se atrasando e levando uma bronca. – Ouço sua voz de sono em meu ouvido.

– Bom dia. – Falo meio sem graça.

– Vamos eu te levo em casa, e te espero para te deixar no trabalho.

Consigo chegar no meu trabalho a tempo, e entro de cabeça no serviço, nem vejo as horas passarem, só me dou conta quando vejo um certo homem, encostado na porta da minha sala de braços cruzados, não me passa desapercebido que há dois pontos vermelhos quase roxo em seu rosto, um no canto da boca e outro na bochecha próximo ao olho esquerdo.

– O que aconteceu? – Pergunto indo em sua direção.

– Nada demais, uma confusão, mas já está tudo resolvido, ele diz e sorri fazendo suas covinhas aparecerem.

– Porquê sempre tenho essa impressão de que me esconde algo? – Pergunto olhando em seus olhos, como se eles pudessem me dizer a verdade.

– Todos têm segredos Sam, uns mais, outros menos, mas no fim todos temos nossos fantasmas escondidos.

– Espero que não seja nenhuma mulher que vai aparecer do nada e confundir tudo. – Me sento novamente em minha cadeira.

– Comigo você não corre esse risco, eu sei bem o que quero e quando quero, e não costumo deixar que comandem minha vida. – Ele diz se aproximando.

– Não sei se posso confiar em alguém que admite que me esconde algo, e se for algo que vai me machucar? – Pergunto sentindo um aperto estranho no peito.

– Sam. – Ele se senta na mesa do meu lado. – Eu não quero te contar agora, é algo que talvez um dia eu conte, e depende... se você levar isso que está acontecendo conosco da forma correta, não vai se machucar. – Ele parece triste.

– Como assim forma correta? – Pergunto mais confusa do que estava antes.

– Sam, basta não ver como um relacionamento, nós somos dois adultos que transam, e gostamos de passar um tempo juntos...

– Você quer um relacionamento aberto? Tipo eu pego outros e você também? – Pergunto chocada.

– Não Sam. – Ele ri como se tivesse ouvido uma piada.

– Não estou entendendo, me explica isso melhor! – Digo indignada por ele estar levando tudo na brincadeira.

– Vamos Sam, nós precisamos conversar.

Eu o sigo, não sei o que me espera nessa história, mas uma coisa tenho certeza que não dá mais para ver o que está acontecendo conosco, apenas como sexo.


Senhor WilliamOnde histórias criam vida. Descubra agora