Minha Marrenta-Demi Bennet

Dia inesquecível

~ Júlia ~
Vejo minha vida sem rumo, uma vida vazia sem ela. por quê? Eu já melhorei nisso, estou indo na terapia para tratar meu ciúmes obsessivo. Me arrependo todos os dias por ter saído daquele hospital e ido embora sem nem ter conversado, não estou conseguindo viver minha vida sem ela, estou empurrando como dá, vejo ela pelo instagram e a mulher parece feliz sem mim, sorridente e saindo com os garotos, sinto tanta falta da gente saindo em grupo se divertindo
E brincando, era tão bom. Mas acabou, acabou tudo isso, não falo mais nem com o Dominik, o que eu era mais próximo. Me vejo deitada na cama pensando nela, queria que ela estivesse aqui, me amando, me abraçando, me ouvindo...
Eu estou morta por dentro, não sou mais feliz, escondo minha tristeza num sorriso falso, falo que estou bem mas não estou. Bianca até me mandou mensagem perguntando se eu precisava desabafar, eu digo que está tudo bem. Mentindo novamente. Aquela mulher me fazia feliz, mesmo com as brigas e os desentedimentos eu era feliz ao lado de Demi, ela era a minha pessoa favorita no mundo, eu adorava chegar do trabalho e contar como foi meu dia para ela, nunca vou me esquecer o jeito que ela me olhava quando eu falava com ela. A mulher me admirava, os olhos dela não mentiam e os meus também, eu sentia meus olhos brilharem quando eu falava com ela, eu sentia felicidade e amor. Nós estávamos felizes, preparando nosso casamento e até vendo nossos trajes, mas tudo isso mudou por causa que eu sou um pouco mimada. Acho que quando vim morar na Austrália e sair daquela porra de brasil, eu me dei o luxo de ter mais coisas do que eu tinha no meu país. Ela tem razão de me achar assim, eu fui mimada e imatura, cara, eu já tenho vinte e cinco anos. Júlia, acorde, você não é mais uma adolescente com ciúmes da namorada, você já deveria ter aprendido!

~ No outro dia ~
Acordo com Bella na minha cama dormindo de um jeito tão fofo, me levanto e vejo no relógio que são sete horas. Vou ao banheiro, faço minha higiene pessoal e coloco uma roupa, preparo uma omelete e um café com leite, termino e vou para o trabalho. Chegando lá, organizo algumas papeladas dos pacientes e vamos ao trabalho! Vou atender uma mulher de 66 anos, casada, a mulher relata que está pensando em se separar do marido. Ela está infeliz, percebo pelo seu jeito de falar, a mulher parece nervosa. Consigo notar pela sua linguagem corporal, ela rói as unhas, pernas ansiosas e coça seu pescoço frenquentemente.

Elena: Não estou gostando do meu relacionamento, ele está vazio.

Júlia: Ok, Elena. Vou te perguntar algo, por quê está vazio?

Elena: Não tem mais aquele amor, romance, fogo. Eu também sou muito ciumenta com ele, surto por tudo e acaba que ficamos frios um com o outro, eu amo ele mas, acredito que isso pode ser a melhor opção agora, separação.

Minha vida estava ali na minha frente, a mulher cometeu o mesmo que erro que eu, ou melhor, eu cometi o mesmo que ela. A mulher parecia eu no futuro, infeliz no relacionamento se eu não mudasse. Obrigado vida, você está me ensinando a ser uma pessoa melhor, mas eu me pergunto, será que devo voltar com Demi? Acho difícil ela me querer depois de tudo. Eu a amo TANTO, queria poder falar com ela, queria que ela estivesse na minha vida novamente...

Júlia: Você ama ele? - questiono

Elena: Amo, mas nosso relacionamento está muito dificil! - exclamou

Júlia: Está difícil por causa das suas atitudes, acredito que você possa melhorar em relação a isso. Não acha? - pergunta retórica

Elena: Não tenho mais esperanças, Doutora Júlia. tento me desculpar mais nada funciona, ele está distante de mim. - a mulher soava triste

Júlia: Já tentou conversar com ele? Só vocês, a sós?

Elena: Ele sempre está olhando tv ou me evitando, nem deve mais sentir desejo ou atração por mim. Acho que ele cansou de mim. - fala com um olhar cansado