Capítulo X

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Esse foi um dos maiores capítulos que eu já escrevi, aproveitem!

Nesse capítulo tem uma música, então, sintam se a vontade para escutar na leitura, eu acho que faz uma grande diferença ✨

A música vai estar quase no final do capítulo.

** Sam**

Esperei alguns minutos antes de me mover, queria ter a certeza de que as duas mulheres já haviam seguido em frente. Após ouvir o que Ryat falou, a rainha não disse mais nada, o silêncio foi a resposta.

Caminhei novamente até as escadas, parando perto do quarto da Princesa. Olhei para a porta e, por um momento, não avistei os guardas, apenas conseguia observar a entrada do seu quarto. A imagem dela veio à minha mente: tão doce e tão jovem, cheia de sonhos. Não conhecia nada do mundo, não era justo que seu destino já estivesse selado. Quanto tempo será que ela ainda teria?

Nos meus anos como caçadora, sempre busquei e entreguei alguém, sem me importar com o que aconteceria depois. Se a pessoa fosse morrer ou ser açoitada, não me importava,era apenas o meu trabalho. Agora, sinto uma necessidade urgente de salvá-la, de mostrar a ela tudo de bom que o mundo tem a oferecer. Quero deixá-la feliz, quero que ela esqueça toda a dor que lhe fizeram passar e que possa desfrutar apenas da felicidade. Eu a ajudaria a provar que não estava louca,ela iria ao baile, eu me asseguraria disso. Vou ajudá-la a escolher um vestido e, se preciso, a arrumar o cabelo. E ficarei admirando-a dançar todas as horas que ela quiser, porque ela merece.

Vejo a porta se abrir, e a servente, com um sorriso no rosto, de repente adota uma postura séria ao me ver. Com uma reverência, ela se retira. Mon vem logo atrás dela, mas, diferentemente da servente, mantém o sorriso.

— Sam, o que faz aqui? — Vejo ela fechar a porta do quarto e se aproximar.

— Eu não tinha certeza de onde deveríamos nos encontrar, então resolvi vir ao seu encontro. — Respondo, esboçando um sorriso fraco. As palavras que Ryat disse mais cedo ainda ecoam em minha cabeça.

— Ah, isso foi inteligente da sua parte. Eu deveria ter avisado para nos encontrarmos na sala de música.

Retribuo com um sorriso tímido e, enquanto começamos a caminhar, me calo, imersa em pensamentos. Percebo Mon lançar olhares furtivos em minha direção, mas continuo em silêncio. A revelação sobre a maldição que paira sobre ela, e que ela desconhece, e que lhe custará a vida, me deixa intrigada.

— Está tão calada. O que aconteceu com a mulher falante dessa manhã? — Mon indaga ao cruzarmos para o outro lado do castelo.

— Ah, estou apenas pensando na minha família. Estou esperando uma resposta para uma carta que enviei. — É uma meia verdade. Embora realmente espere uma resposta de Jim, meus pensamentos estão dispersos.

— Você não fala muito sobre sua família. Na verdade, você é um mistério para mim. — Ela ri, esperando que eu revele mais sobre mim.

— Posso te contar minha história depois, quando tivermos mais tempo. Mas adianto que não tem nada de tão especial.

— Vou esperar e cobrar isso de você. — Ela fala, ainda rindo, e aponta para mim, o que me faz rir também.

Ao entrarmos na sala de música, noto seu tamanho considerável, com o piano ocupando apenas um pequeno espaço.

— Bem, vamos começar. Por enquanto, sem música. Preciso que você se concentre nos passos, ok? — Ela caminha até o centro da sala, e eu a sigo, parando à sua frente.

— Farei o meu melhor, mas não prometo nada. Não sou fã de usar saltos, mesmo que sejam pequenos. — Comento, olhando para os meus pés, que já doíam da caminhada mais cedo.

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