Capítulo 7

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Cassian Illyrian 

-Cassian... está fazendo muitas horas extras -A delegada  me encara com seriedade -É preciso zelar pela sua saúde. 

 Retiro as armas apreendidas e coloco sobre a mesa da minha superior. Ela sabia das minhas necessidades de fazer as horas extras. -Entendo Senhora, mas não se preocupe, reconheço meus limites e posso me dedicar nos períodos noturnos. -Tento manter firmeza no que digo e ela assente. 

Precisava garantir que minha filha estivesse um estudo de qualidade e todas as suas necessidades garantidas para nenhuma escolha minha pudesse impactar negativamente em sua qualidade de vida. 

-Descanse Cassian -Esperanza deseja enquanto pego minhas coisas para me retirar. 

-Descanse Delegada -Ela reconhece que assim como eu, a Doutora tinha uma ambição no trabalho. Subo na moto para poder ir para Casa do Lago. 

Quando eu fu abandonado com uma criança pequena, eu tive que me manter em turnos aleatórios e atividades administrativas. Esperanza serviu como suporte, apesar das posturas atiradas dela. Durante os primeiros meses de vida de Aylin não trabalhar era algo impossível. Então a maior solução foi ficar atrás de um balcão  em horários da madrugada, onde a delegacia era mais parada, por sorte Aylin nunca foi um bebê ruim de ficar a madrugada, então usava a sala da delegada que permitia deixá-la no carrinho embrulhada nas mantas.

Encaro o retrovisor da moto e vejo  o carro de Rhysand, provavelmente ele havia saído ficado na empresa até tarde. O piscar dos faróis chamaram minha atenção, entramos pela garagem, desligo a moto e tiro o capacete. 

-Cassian, antes que entre -A voz tênue chamou minha atenção -Me tira uma dúvida, por qual motivo você encobriu Nestha? - Com as mãos no bolso veio em minha direção

Juntei a sobrancelhas em dúvidas e antes de eu pensar em verbalizar algo -Não tente me enganar, se é incapaz de falar sobre isso, apenas não minta.   

-Rhysand, você não permitiria que Feyre fosse odiada -Respondo-o encarando os olhos brilhantes do meu meio irmão. -Acredito que não. -Mantenho minha postura. 

-São situações diferentes -Ele sopra e eu me mantenho em silêncio não o permitindo de ter uma resposta. 

-Papiiiii - Agarro o corpo pequeno que abraça meu pescoço ela deveria está dormindo. -Tia Mor ficou esse tempão comigo -Encaro o sofá e vejo Morrigan entregue ao sono.

-Certo, vamos chamar a tia para ela dormir  -Cutuco Mor que me olha e se aconchega ainda mais ao sofá.  -Obrigada... 

Sigo em direção ao quarto  enquanto Aylin deita em meu ombro  e coça os olhos. Minha vantagem é sempre tomar banho pós trabalho, sento na cama  e toco as costas pequenas fazendo-a se entregar ao sono.

A respiração dela se acalmava o narizinho arrebitado era uma das heranças que diferem dos meus traços deito-a  no centro da cama e agilizo trocar de roupa deito ao lado da minha filha enrolando o corpo menor

Faltava uma semana semana para o natal precisava investigar o que Aylin gostaria de ganhar dessa vez. Ano passado ela quis um velotrol da policia e por maior resistência que tive, dei de presente e fiquei louco atrás de Aylin no parque. Ela estava crescendo. Com certo orgulho brinco com seus cabelos vejo a testa franzir antes dela resmungar.

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A manhã estava chuvosa, Cassian levanta com dor de cabeça, mas segue com a criança no colo devido aos trovões e aos raios Aylin ficou chorosa. Ele levantou mais cedo do que presumia para acalmar a filha, se arrumou sozinho se retorcendo para não tirar a filha do colo. 

Nestha por sua vez sentada na cadeira tomando café estranhou ao vê-los tão cedo. Se manteve calada ao ver o ex namorado  descendo com a figura pequena com os olhos cheios e bochechas coradas. 

-Bom dia. -O tom frio soou da boca de Cassian que seguiu para pegar uma xícara de café. 

Nestha o olhou de relance e depois encarou a criança que soluçava com a testa apoiada no ombro do maior. -Bom dia. - Ela responde não se restringindo em ter diálogo. -O que ela tem? -Tomou coragem para mencionar Aylin. 

-Ela tem pavor de trovão -Ele explica tapando os ouvidos da criança quando ecoa mais um som alto do lado de fora. -Tá tudo bem Aylin... -Ele sussurra para a criança que chora no colo dele engasgando o choro e fungando mais alto. 

-São apenas trovões -Nestha franze o cenho mas se arrepende ao ver o olhar repreensivo dele.

Cassian solta um suspiro pesado e se esforça para acalmar Aylin, embora sua expressão ainda demonstre preocupação. -Ela geralmente não fica assim, mas parece que hoje está especialmente sensível, explica ele, enquanto massageia suavemente as costas da criança.

Nestha observa a cena, ela ver que Cassian estava vestido para ir trabalhar. -Se quiser, posso tentar acalmar Aylin. Talvez , enquanto você toma café - oferece, mantendo-se em uma posição discreta.

Ele estava com pressa, com certo receio entregou Aylin a Ex que carrega a menina  com certo receio, coloca as mãos nas orelhas da criança que se encolhe. Para Nestha não tinha muita explicação alguém ter tanto medo do som, mas ela se preocupou ao ver a criança tremer. Cassian se restringiu apenas tomar uma xícara de café preto. 

-Filhote... -Cassian chama Aylin que volta a ficar chorosa -Papai preciso trabalhar.

-Não pai... -A  voz infantil passou a ficar sôfrega tentando se soltar do colo de Nestha que não a soltou -Tá chovendo, não.... não 

Vendo que a menina poderia ter algum comportamento impulsivo, agir por impulso e não só se machucar mas machucar Nestha . -Coloque-a no chão, por favor. -Conforme pediu, a mulher deixa a menina no chão que corre para agarrar sua perna e tentar escalar. -Aylin.... 

-Mas tá chovendo... Não...-Por conta do choro alto Cassian suspira e se abaixa para mexer nos fios escuros da menina -Não.... pai por favor...

 

Dentro daquela situação Nestha se sentiu aflita por ver o desespero da menina e a permanência de Cassian em ir ao trabalho, claro que ele estaria indo por não ter uma solução. Ela conseguia ver os olhos cansados e sem brilho. Por impulso Nestha tira as chaves do carro -Cassian,vá com o carro. Está chovendo muito -Aylin respira aliviada quando ouvi carro. -Apenas preciso pegar minha bolsa. 


-Certo. -Cassian beija a testa de Aylin saindo com Nestha. Andando pela varanda próximo a área coberta da garagem ele entrega as chaves para a Ex -Só peguei as chaves para ela se acalmar. Não pense que aceitarei de bom grado as coisas que você tentará me mostrar Archeron. 

-Cassian! -Ela respirou fundo ao vê-lo colocar o capacete e sentiu uma queimação em seu rosto. Um misto de raiva e frustação. Os  azuis acinzentados acompanharam a moto sair no meio da chuva. 

Destroços do adeusOnde histórias criam vida. Descubra agora