Capítulo 13

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Havia duas noites que eu estava dormindo em meu carro, de fato o medo de dirigir me impedia de dirigir mais do que tenho me arriscado. Saio do trabalho e entro novamente no veículo prata, afivelo o cinto sentindo minha cabeça doer, precisava de algumas doses antes de dormir. Beberiquei um pouco do liquido amarelado na garrafa de vidro tirando o carro da rota do hospital. 

Ignorei todas as vezes que meu celular vibrou ou tocou. Nunca fui muito fã dos  bares, homens desnecessários sempre dando em cima ou buscando algo  que era de interesse mútuo aos homens escrotos onde tudo se resumia em ter uma boceta  no fim da noite. 

Devido aos amontoados de pensamentos, desisto de resistir. Iluminação não muito distribuída, música de quinta categoria, para uma terça-feira o bar estava até movimentado, visando o fato de que a maioria dos frustrados estariam aqui por algum motivo meio merda.   

Sento próximo ao balcão, para não ter dificuldades em pedi as bebidas e esperar mais do que dez minutos. Pela cara de julgamento do Barman, ele não estava muito contente ao presenciar eu virar a tequila que queima minha garganta. Ignoro as vibrações do celular em meu bolso, deveria deixar essa merda no trabalho. 

''Az"  deveria ser a nona vez que ele me ligava, se atender corro risco de ouvir um sermão dele ou não. 

Suspiro, era melhor ouvir ele  do que Feyre ou Rhysand.  Deslizo o dedo contra o aparelho que por sinal dedurava bateria fraca, atendo a chamada sinalizando para o Barman trazer duas doses. 

"Aonde você está?" -Azriel com o tom firme, porém preocupado me faz arrepiar. Impaciente com meu silêncio, ele pergunta. "Nestha! aonde você está?" 

-Olha Azriel, não precisa se preocupar. Eu estou viva. É eu estou -Não sei se minha voz estava arrastada, mas pouco me importa se estava. Escuto uma discussão incoerente aos meus ouvidos, encerro a chamada voltando a atenção ao meu copo.

A vantagem do álcool era anestesiar a mente, algo que só conseguiria ter se algum desses idiotas que me olham pudesse me satisfazer na cama.  A ideia era essa anestesiar e esquecer, e estava dando certo, um rapaz senta ao meu lado solicitando bebida para dois.

 -Sozinha? -Acerta com um toque de perversão, reviro os olhos homens eram péssimos com flertes. Mas apesar de tudo ele era bonito, pele escura brilhante e cabelos estupidamente hidratados. -Você fala? 

-Sim... -Respondo amarga  virando o líquido de vez. -E sim estou sozinha. 

-Não deveria beber  um  Antoine Royale Grenadian dessa forma -As orbes em um tom âmbar  me encara  revelando luxúria. -Afinal, Helion, meu rapaz traga água com limão por favor. -Solicita ao Barman que deve implorar para que eu saia de seu balcão. 

-Presumo que venha aqui sempre -Pisco algumas vezes para manter minha lucidez, talvez eu deveria não me esforçar tanto para ter postura. 

 -Apenas nas noites amargas. -Comenta, passando seu blazer sobre meus ombros. -Acredito que você esteja tendo uma dessas. 

Poderia terminar de um bom jeito? Sem sombras de dúvidas, mas devido ao teor alcóolico que consumir, senti a necessidade de lutar contra inconsciência. Mais uma vez ouço um par de vozes sendo a de Azriel reconhecida. 

-Porra Nestha... -Sinto-o me arrastando do bar com facilidade. Do restante do que eu poderia entender, passou despercebido do meu entendimento. Adormeço próxima dele. 


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Acordo sentindo aquecida por mantas e uma toalha sobre a testa, pela fresta da cortina  já era manhã. Azriel me achou e trouxe para seu apartamento, não queria que ele me achasse.. muito menos me tratasse com penar. 

Destroços do adeusOnde histórias criam vida. Descubra agora