Capítulo 8

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O fato da chuva não cessar deixava Aylin inquieta, por longos minutos o colo de Feyre tinha sido reconfortante para a criança que odiava os trovões. Nestha por sua vez, não conseguia se manter concentrada nesse temporal. 

Gwyn havia comentado sobre um acidente envolvendo três carros e uma moto fez com que o hospital ficasse mais turbulento, a equipe estava reduzida e  o resgate estava  com dificuldade de prestar apoio ao acidente já que os carros capotaram e as vitimas estariam nas ferragens. 


-Me diz Gwyneth, como anda o suporte -A voz de Nestha estava carregada de preocupação. -Não é possível que vocês passaram anos na academia de socorristas e resgate para demorar tanto. 

Feyre pôde perceber o nervosismo de sua irmã, mas preferiu manter sua atenção na criança que tapava os ouvidos assustada. Próximo do campo de visão, assistiu sua irmã bloquear o aparelho e se sentar no sofá. 

-Rhysand me mandou mensagem, Azriel está com ele. -Feyre diz como quem não quisesse nada -Acredito que esteja assim por conta do acidente, Az está na empresa. 

-Hm, entendi  -Demostrou certo alívio, mas sem sombra de dúvidas ela não estava pensando em Azriel. -Ela ainda chora? -Uma estratégia para mudar de assunto. -São só trovões, criança -Disse olhando para a menina que se encolhe no colo de Feyre que a repreendeu com o olhar. 

-Nestha! Ela tem três anos apenas -Responde a caçula encarando a mais velha de com expressão séria. 

-Ela não tem medo...-Aylin observa a interação mas olha para o chão -Tia... quero meu pai.

-Eu sei....mas ele tá no trabalho princesa -Feyre diz para a criança que suspira. -Nestha, por favor. Pode esquentar o almoço? - Feyre indica o olhar para Aylin que estava em seu colo  

Devido a uma luta interna a Archeron primogênita resolve esquentar, no colo a criança era distraída com carinhos para sua atenção não focar nos sons altos que ecoavam do céu devido a chuva intensa. "Papai quando vim ele vai te dar uma medalhinha da coragem" -Feyre sussurra para a menor que sorrir revelando  uma pequena timidez, passando as mãos nos cabelos negros era perceptível a proporção de características herdadas por Cassian, mas algumas peculiaridades da garotinha era de dominância total a outro alguém e aquilo gerava um aperto em Feyre.
-Dinda.. -Os olhos azuis encontram os de Feyre que sorrir boba. -Por quê me olha assim? 

-Por você ser tão preciosa - Feyre beija o pescoço da criança que gargalha om o contato -Tão pequenininha, tão adorável, me pergunto tanto como seu pai teve a participação de trazer um negocinho que transborda aconchego.  

-Ele parece um cachorro atentado -Nestha comenta ao ver a cena que ocorria na sala -Já esquentei o almoço, vou almoçar já -Pega seu prato se servindo, enquanto Feyre vai em direção a cozinha com Aylin no colo. -Não acha errado acostumar ela no colo, não? -Encara a irmã que dar de ombros ignorando o comentário. 

Aylin se permitia comer com sua madrinha por lhe causar entretenimento, Feyre hora outra comentava de algum detalhe da criança o que aumentava a autoestima infantil. O narizinho empinado retorciam com as cócegas, os olhos azuis acinzentados brilhosos por conta dos elogios.

-Feyre, não vai estimular o apetite dessa criança fazendo essas distrações -Comenta finalizando sua refeição -Olhe! ela já tomou o suco, é lógico que não vai almoçar. 

-Para de chatice tia Nestha... Nem meu pai faz isso -A sinceridade da criança incomoda Nestha 

                                                                                                             [....]

Destroços do adeusOnde histórias criam vida. Descubra agora