Capítulo 15

63 7 2
                                    

-Não precisa te exaltar. Ela está quase dormindo -Sugerindo com um tom cauteloso, Nestha coloca a mão na orelha livre de Aylin que não havia despertado totalmente com a presença do pai. 

-Não respondeu minha pergunta Nestha, o que você está fazendo aqui ? -Tom não alto, mas firme o suficiente para causar um arfar assustado da menina que se mantinha no colo da mulher que segurava firme 

Percebendo que ele não respeitaria seu pedido, a medica cruzou a porta da biblioteca para deixar a criança na cama.  -Nestha Archeron, eu estou falando com você -A seguiu com passos firmes.

-Dar para calar a merda da boca e esperar eu poupar ela de ouvir você gritando? -Pede firme encarando o ex que possuía o mesmo brilho de irritação que ela. -Pode respeitar ela? 

Os olhos avelãs encaram sua menina que estava resmungando no colo da mulher, mesmo com os a expressão sonolenta e olhos fechados a forma que ela a respiração ficou mais intensa. Mentalmente ele se xingou por ser responsável em "perturbar" o sono  da sua filha, se acalmando ele encarou Nestha que se mantinha na defensiva ainda o encarando enquanto afagava as costas da criança. 

-Tudo bem, eu tomarei banho é o tempo de você colocá-la na cama daí conversamos -Ele diz vendo-a suspirar aliviada. Mas volta a tensionar ao vê-lo se aproximar de seu corpo, devido a diferença de altura Nestha prende o ar quando o policial toca sua cintura e se inclina para beijar a filha que dormia -Minha menina, cheguei -Sussurra para menor que não se mexe com o ato o movimento que Aylin se restringe é o de sucção por está sem a chupeta. 

Ele segue para seu quarto deixando-as. Prontamente, Nestha deita com a criança na cama a acomodando no colchão de cobrindo-a devidamente. -Ness você já vai embora? -O tom era choroso. -Você não leu o livro todo... 

-Amanhã eu lerei o restante para você -Deita ao lado da menininha que se acomoda na curva do corpo da  adulta que começa a fazer carinho no  narizinho -Vou demorar um pouco ainda.. -Sussurra para a criança. 

-Gosto disso -Suspira satisfeita com o carinho da mesma que  sorrir encantada com a feição serena. 

No batente da porta Cassian bate duas vezes atraindo a atenção da mulher que tinha os olhos ardendo por admirar a filha. -Precisamos conversar Nestha...

Em outro cômodo,  o policial respirava fundo para  garantir sua sanidade mental e manter a calma, desconfortável com as possibilidades que aquela conversa poderia ter ela abraça o próprio corpo se encostando na parede. 

-Não acho  responsável da sua parte ter esse tipo de postura na frente dela -Nestha diz olhando para o  chão -Poderia se conter um pouco. 

-Não me diga o que fazer -Ele diz ríspido -Acha que pode ver minha filha sem minha autorização ou comunicar? -Diz com um brilho irritado nos olhos 

-Nossa filha, ou você esqueceu como se faz uma criança Cassian? -Irônica ela possui o mesmo brilho que o dele, as bochechas avermelhavam por conta da pele clara. -Eu não quero recorrer a justiça, eu quero ter o direito de ser a mãe dela!

-Direito perdido -Ele exclama alto

-Ela tem três anos! -Se aproxima dele  o encarando furiosa, ela estava determinada a corrigir o seu maior erro e isso significaria enfrentá-lo -Você trata como se tivesse dezoito  

-Se eu tivesse te abandonado com uma recém nascida  você entenderia -A voz dele vacila. -Não venha me pedir algo que não sei se compromete, é uma criança Nestha, eu tolerei você me machucar quando me entregou Aylin,  mas não toleraria você tirar o brilho de alegria dos olhos dela.

Dessa vez, não teria justificativas ou rodeios para algo sincero. Ela sabia que causou dor nele e por isso a necessidade de se manter na defensiva. -Olha.... desculpas, eu errei. Mas eu quero consertar ao menos o que posso -Se encolhe contra si tentando se proteger das cicatrizes que ela aguentou sozinha -Eu quero ter minha filha por perto e quero também ser responsável dela do jeito certo. 

Ele a olhou com dúvidas, mas  Cassian enxergou um brilho de súplica, ela não queria desabar ali mas ele via os lábios trêmulos e as mãos dela. Nestha nunca daria o gosto de chorar na frente do ex mas se encontrava desesperada por aquilo. -Por favor Cassian....eu sigo todas suas regras... -Colocando as mãos no rosto ela passou a soluçar. 

Apesar dele está quebrado, ela também estava. Ela fez as escolhas erradas, mas estava querendo mudar algo. Ele já foi fissurado nessa mulher, mesmo odiando o que ela fez a puxou para um abraço a fim de acalmar a médica. 

-Eu só espero que respeite os meus limites Nestha -Ele diz enquanto a mesma tentava cessar o choro. 

Destroços do adeusOnde histórias criam vida. Descubra agora