Capítulo 9

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        Narrador:

Acordado primeiro que todos Joana pegou sua lança e foi atrás de animais para poder caçar. Rodado a aquela imensa ilha percebeu que não havia vida terrestre, além dela e de seus amigos.  Andando um pouco mais avistou um pequeno córrego que de longe se via os peixes nadando.

— Demais!- fala dando um baixo grito de vitória.

Sem nenhum balde ou algo que pudesse carregar os peixes que havia pego, Joana amarrou os peixes nos cipós e levou até os seus amigos. Chegando lá percebeu que todos ainda estavam dormindo e como forma de agradá-los, fez o café da manhã. Como não tinham muitas opções, o cardápio era as frutas que Pedro havia pegado e os peixes. Tudo parecia estar indo bem, até
chegar no oitavo dia.

4° ao 7° dia:

Todos com a esperança ainda grande, estavam destinados a sair daquela ilha. Para terminar mais rápido e com o resultado bom, se juntaram para escrever a sigla SOS no chão de forma que ficassem bem visível para que os aviões pudessem ver. A ideia que prevaleceu foi fazer pelo menos as letras com 2 metros de comprimento, como não tinham como medir usaram Pedro e Flávio como base. Chegando no sexto dia estava tudo pronto e no sétimo para finalizar foram colocando pedras para dar uma visão mais ampla de quem ia ver de cima. Naquele momento vendo o trabalho já feito as esperanças só aumentavam, mas eles não pararam por aí, Pedro e Flávio como eram os mais fortes e tinham uma experiência, ficaram responsáveis por fazer uma barraca, que até então eles não tinham.

     Flávio:
                  
Eu e Pedro nos distanciamos das meninas para procurar os materiais necessários para montar a barraca. Nós dois não tínhamos uma inspiração, só uma imagem que nasceu nas nossas cabeças quando decidimos dar vida a essa ideia. Basicamente fomos atrás de bambus e cipós, essa seria a nossa base, enquanto as madeiras usaríamos se fosse necessárias. Já dentro da mata nos separamos para assim ficar mais fácil encontrar o que iríamos utilizar, Pedro foi para o lado esquerdo, que andando um pouquinho e dobrando a direita ficava o córrego, enquanto eu fui na direção contrária, na direita no caso. Como eram bastante coisas, dividimos igualmente os materiais para assim não ficar nada pesado para ambos. Adentrando mais na mata olho à minha volta, tudo era tão verde, tão vivo, era realmente muito bonito, as árvores estavam recheadas de frutos, as flores bem vivas e com cheiro muito agradável. Diferente de ontem a noite e hoje pela manhã o céu estava bem azul e o calor estava muito grande, fazendo assim no meio do caminho eu ser obrigado a tirar a minha camiseta preta e colocá-la em volta do meu pescoço. Já caminhando tempo o suficiente para ser comparado a um ou alguns quarteirões, me sento em um tronco e me abano com as mãos.

Pedro:


Depois que Flávio decidiu o que cada um iria fazer, segui o meu caminho rapidamente. Achei alguns bambus, como tinha dois cipós em volta do meu pescoço arrumei-os, ficando assim mais fácil de carregar, foi um pouco complicado na verdade. Como não tinha muita experiência em andar na mata e para o meu azar nem conhecia essa, fui seguindo as marcações que fiz com as folhas das árvores que espalhei pelo chão para assim conseguir voltar para a parte principal. Ao decorrer que eu caminhava , notei algo diferente, o caminho não parecia ser o mesmo, mesmo que a mata inteira só tenha árvores. Notei isso no momento em que andei dez passos contados e não achei uma pedra que tinha deixado pendurada em um cajueiro, fiquei um tempo analisando tal situação e ao mesmo tempo procurando a bendita pedra em um cajueiro que ali não tinha. Continuei seguindo as folhas, que até então eu havia colocado e pensando que só tinha contado errado, antecipado na contagem, ou que demorei para iniciá-la. Terminado o caminho de folhas e chegando  supostamente no lugar onde eu e o Flávio nos separamos fiquei lá por bastante tempo, mesmo sabendo que algo de errado estava acontecendo. Esse não é o lugar onde nos separamos, mas mesmo assim fiquei esperando. Olhava para todos os cantos na esperança dele aparecer a qualquer momento, mas para o meu azar já estava escurecendo e para o meu infortúnio maior ele não aparecia. Cansado de esperar me levando do tronco que estava utilizando para descansar. Já em pé escuto um barulho vindo dos arbustos.

Perdidos na ilha Onde histórias criam vida. Descubra agora