qRoier tem uma vida escolar quase perfeita, notas altas, capitão do time de futebol americano, muitos amigos e uma ótima reputação. Porém as coisas começam a dar errado quando o mexicano se interessa pelo mais problemático e ao mesmo tempo querido d...
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Os corredores do colégio estavam quase vazios, as poucas pessoas que passavam por ali tinham um ritmo apressado, uma euforia e empolgação à muito alimentadas. O som abafado das risadas, brincadeiras e conversas eram ouvidos por grande parte do edifício.
Era o dia do grande jogo.
As arquibancadas estavam lotadas, repletas de estudantes de ambos os colégios e algumas pessoas que entraram de penetra. As líderes de torcida se alongavam preparando-se para suas apresentações, os alunos do jornal da escola entrevistavam os treinadores e alguns torcedores.
Dentro da escola, precisamente no vestiário masculino, os jogadores terminavam de vestir seu uniforme e pôr seus equipamentos de segurança, também trocavam comentários ácidos a respeito do time rival.
— Confiem em mim, esses caras são pouca coisa. — Foolish dizia seguro enquanto colocava suas ombreiras.
— Pouca coisa, mas o suficiente para quase quebrar seu braço. — Mariana lembrou.
O moreno olhou indignado para o outro, mas se absteve de começar uma discussão para o bem do time. Roier, que apenas observava, balançou a cabeça negativamente, não conseguia entender como seus amigos ainda tinham gás para ao menos cogitar uma discussão num momento como aquele sendo que ele próprio sentia-se prestes a explodir.
Não bastando seu nervosismo com o jogo, também estava inquieto sobre Cellbit que havia sumido de sua vida desde a noite do jantar, imaginou que o loiro mandaria ao menos uma mensagem ao chegar em casa, mas se enganou severamente.
— Rapazes, hora de entrar. — O treinador anunciou entrando no vestiário — Mostrem para o que treinaram todo esse tempo.
Todos os garotos se olharam, compartilhando o pensamento de “você mais gritou conosco do que nos treinou”, entretanto nenhum teve a coragem necessária para verbalizar aquilo.
Roier respirou fundo, afastando todos os seus pensamentos sobre qualquer coisa que não fosse o campo, naquele momento era apenas isso que deveria importar para si.
— Capitão? — Missa chamou, levantando-se do banco e sendo imitado por todos os outros jogadores que ainda estavam sentados.
O mexicano riu baixo, Missa nunca o chamava assim, estava claramente fazendo isso apenas para incentivá-lo e aquilo de certo modo funcionou.
— Vamos.
O treinador saiu na frente, quase que marchando, seu peito estufado e cabeça erguida como alguém que se mostra orgulhoso e confiante. Atrás dele os jogadores tentavam manter a seriedade e não rir da hipocrisia do homem.
Quando apareceram na entrada do campo, as arquibancadas vibraram, algumas pessoas ergueram placas que letra por letra formavam “White Bears”, haviam estudantes com os rostos pintados de azul claro e branco, havia até mesmo um mascote um pouco estranho correndo por ali.
