15 - Fim da estação

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Erro grave

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Erro grave.

Antes que pudesse se afastar, Roier sentiu algo puxando seu moletom para trás, em seguida levou uma rasteira do loiro e só não bateu a cabeça porque se apoiou em seus antebraços para evitar o impacto. Cellbit sentou em cima de sua barriga, o deixando entre suas pernas e assim garantindo que o peso fosse o suficiente para deixá-lo no chão.

— Ficou maluco?! — Perguntou ao de olhos azuis que o encarava indiferente — Eu poderia ter batido a cabeça.

— Você é capitão do time de futebol do colégio, o mínimo que se espera é que saiba cair sem se ferir.

— Só saia de cima de mim.

— Não até você me escutar.

— Eu já disse qu- — Cellbit tapou sua boca com uma das mãos.

Estavam na frente da casa do loiro, o laranja do céu já começava a se despedir para dar espaço ao azul noturno, as luzes dos postes já estavam acessas.
O coração de Roier parecia querer rasgar seu peito e pular para fora.

— Eu sou um covarde do caralho com tudo que diz respeito a você, fico nervoso, ansioso, receoso para falar ou fazer qualquer coisa porque não sei o que pode estragar tudo, mas mesmo assim eu estraguei e foi justamente por ter medo de falar algo. — Os olhos azuis que normalmente pareciam estar encarando a alma de Roier dessa vez estavam sendo uma janela para a própria alma do loiro — Eu me importo com você, sinto sua falta, tenho vontade de te ver o tempo todo e nessas últimas semanas não teve uma hora sequer que eu estivesse acordado e não pensasse em você.

Roier já tinha parado de tentar se soltar e agora simplesmente prestava atenção no que o outro dizia.

— Não queria te ver porque estava com medo do que aconteceria, medo de você me achar um filho da puta e não querer mais falar comigo, porque se isso acontecesse eu não saberia o que fazer. Então eu decidi me afastar e tudo bem admito que isso foi burro pra caralho, mas era mais fácil do que ter que lidar com sua rejeição. — As lágrimas começavam a se acumular à medida que Cellbit falava — E com o lance da briga eu achei que você abriria mão de mim, mas depois que você veio falar comigo pensei que talvez pudesse dar certo porque se você estava disposto a tentar eu também iria.

A mão que tapava a boca de roier começou a tremer, assim como Cellbit por inteiro, o que preocupou o mexicano.

— Eu gosto de você, mas não queria que você me deixasse, então decidi me afastar primeiro.

As lágrimas finalmente começaram a cair e Cellbit levou ambas as mãos ao rosto numa tentativa limpá-las. Roier estava com a boca livre enfim, mas ainda assim não dizia nada, não era como se tivesse algo para dizer também.

Desafeto - GuapoduoOnde histórias criam vida. Descubra agora