09 - Karma

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Era um final de tarde formidável, as ruas estavam um pouco vazias e úmidas pela chuva que caía há pouco

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Era um final de tarde formidável, as ruas estavam um pouco vazias e úmidas pela chuva que caía há pouco. Cellbit caminhava com ambas as mãos nos bolsos de seu short cinza, nos pés tênis brancos que possuíam algumas pequenas manchas de lama e usava também uma camisa preta sem estampa alguma, um visual casual para alguém que simplesmente queria correr um pouco.

Ao menos gostaria que fosse apenas esse seu plano.

Na distância, debruçada sobre o parapeito da orla da praia, Baghera o esperava.

O curto cabelo rosa balançava com o vento numa dança rebelde e inexplicavelmente perfeita, seu vestido curto e amarelo pastel davam um bom contraste aos olhos e os tênis brancos de cano alto também chamavam atenção pelos desenhos coloridos feitos à mão.

- Aconteceu algo? - A francesa perguntou assim que o outro se aproximou o suficiente - Você não costuma me chamar com tanto mistério e urgência.

- Realmente. - Debruçou-se também sob o parapeito - Mas as coisas não tem sido como de costume de qualquer forma.

- Sem enigmas, o que houve?

- Tomei uma decisão com relação ao ElQuackity. - Por sua visão periférica Cellbit pôde ver Baghera fechar a expressão, ela sabia o que viria, mas não queria ouvir - Seja lá o que esse idiota fizer, eu assumirei a culpa. Sozinho.

- Isso não faz o menor sentido. - O olhou incisiva - Desde o início nunca fez! Por que você tem que cuidar dele? Por que tem que limpar a barra dele quando esse idiota claramente não liga para o que pode acontecer com ele ou com as pessoas à sua volta?!

- Não é por ele.

- Então é por quem?!

- ... - Suspirou, fitando o mar - Isso não importa, só queria que soubesse que é melhor não andar tanto comigo agora, não quero que acabe sobrando para você.

- Você é um imbecil. - Cuspiu as palavras - Como eu poderia simplesmente parar de andar com meu melhor amigo, idiota?

- Bags, dependendo do que acontecer, eu serei tratado como um cuzão por metade da escola, você não tem que ficar na chuva comigo.

- Eu não ligo, se um dia aceitei tentar parar ele com você e isso não deu certo, o fracasso também é meu, não vou largar sua mão.

- Isso não é algo discutível.

- Realmente não, afinal independente do que você diga vou fazer o que eu quiser.

O loiro sorriu fraco, passando a mão pelo rosto e então se afastando do parapeito.

- Sabe que, dependendo do que esse idiota decidir fazer, podemos ser expulsos, certo?

- Oh, que medo. - Disse sarcástica - Nunca fomos alunos exemplares e ainda assim aqui estamos.

Desafeto - GuapoduoOnde histórias criam vida. Descubra agora