"Sim, caras da minha idade não são iguais. Eu sou jovem e tudo bem. Acho que preciso de alguém mais...Velho."
— Older, Isabel LaRosa.
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18 de maio de 1995.
A dor já não se fazia mais presente, meu pulso esquerdo ainda sangrava e pingava em meu vestido, más com toda aquela gaze pressionada em cima, foi parando aos poucos. Minha cabeça se inclinou um pouco e minhas sobrancelhas se franziram, me mantendo ocupada observando Nathaniel estancar o sangramento.
Minha cabeça doía, foi tudo tão rápido e eu só me perguntava aonde Pansy estava, e porquê ela estava demorando tanto.
— Como isso aconteceu?— O silêncio foi quebrado pelo mais velho que se virava de costas para mim, indo em direção à maleta de primeiro socorros.
— Vidro. Acho que aquela travessa de vidro nãoaguentou o fogo, ela explodiu bem em cima de mim.— Minha voz acabou saindo um pouco falhada no começo, mas acabei limpando a garganta e prossegui. O moreno voltou sua atenção para mim e passou algum remédio em um pedaço de algodão, retirando toda aquela gaze ensanguentada com cuidado e passando bem em cima de meu corte.
Fechei os olhos com força e tombei a cabeça para trás, se antes eu não sentia dor, agora sim eu estava sentindo.
— Só mais um pouco.— Sussurrou com sua voz suave, parecia até uma melodia, música para meus ouvidos. Nathaniel era o mais velho dos irmãos Parkinson, reservado, calado e extremamente inteligente, e também o mais sensato.
Os olhos dele se levantaram antes de retirar o algodão e pegar alguns materiais necessários para fazer um curativo.
— O senhor Parkinson vai colocar o Pedro em Durmstrang. — Falou. — Você finalmente terá um pouco mais de paz.— De primeira a notícia me pegou de surpresa, não esperava que Érico realmente fosse capaz de mandar seu filho para tão longe apenas por que ele não era manipulável.
Este era o problema de Érico Parkinson, ele queria manipular cada um de seus filhos para serem as suas marionetes, e o único que caia nessa era Ryder, o mais novo. Pansy e Nathaniel apenas fingiam, eram mais espertos, mas Pedro se recusava à seguir uma ordem sequer dada por seu pai.
Pansy, Pedro e Ryder ainda o chamavam de pai, mas por algum motivo, Nathaniel não conseguia proferir essas palavras. E eu até gostaria de saber o porquê.
— Pelo menos isso.— Olhava para o rapaz curiosa, tentando adivinhar o que ele estava pensando, já que ler sua mente seria errado.
A tentação era tão grande, insuportável, e além do mais, eu poderia simplesmente dar a desculpa de que eu ainda não aprendi a controlar caso ele suspeite.
