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Emilly Spellman

Cada dia naquele inferno era ainda mais torturante, Henry parou suas ligações e suas mensagens... talvez ele tivesse desistido. Bom, pensando por um lado era até bom, assim ele não se prendia a mim... ou sei lá. Mas confesso que senti meu coração partido com essa situação, ele é uma boa pessoa e se ele se envolvesse ainda mais nessa sujeirada, ele poderia queimar muito sua imagem.

Bati o quinto copo de vodka no balcão do bar. Cinco copos, e isso era o suficiente para eu ter coragem de começar a noite. Entrei no personagem caminhando por entre os corpos dançantes por ali, passando minhas mão nos braços de alguns homens, dando alguns sorrisos sugestivos... que horror. Cada vez eu me sentia menos eu, sentia que aquele ali era mesmo o meu destino, que não havia outra saída para o meu futuro. Tinha perdido todos ao meu redor, e apenas aquilo, aquela vida me restava.

— Emilly, tenho um cliente especial pra você. — escutei a voz de Peter em meu ouvido, segurando meu braço firmemente e eu tremi. Ele não havia me prendido na salinha de sempre, o que significava que Henry realmentr não estava aqui.

Ele havia desistido.

Peter me mostrou um homem forte, com os braços cruzados. Ele me olhou e mordeu os lábios. Nojento. Revirei os olhos e homem me levou até ele.

— Ele é bem durão, espero que pegue pesado com você. — soltou uma risada e eu tremi dos pés a cabeça. — A devolva inteira. — alertou o cara. — Essa aqui ainda tem muito o que trabalhar. — Os dois riram e o tal cliente pegou em meu braço, me puxando para fora da bote.

Ele me puxava com força e sem cuidado algum. Soltei um gemido e temi pelo o que estava por vir. Eu já não havia sofrido o suficiente?
Não conseguia proferir uma palavra sequer, meu corpo tremia por medo do que aquele homem poderia fazer comigo, eu sequer sabia seu nome.

Ele me levou até o carro, e abriu a porta para mim cordialmente. Entrei ali. Ele começou a dirigir instantes depois, e o mesmo se mantinha com uma expressão leve, tranquila.
Olhei pela janela do carr e apertei
minhas mãos em minhas pernas. Eu estava extremamente nervosa. Ele não falava comigo e muito menos tocava em mim, o que eu agradeci. Mas eu sabia que seria questão de tempo até ele me tocar. Ele havia sido bem bruto comigo dentro da boate, e Peter estava adorando isso. Ele só faltou rir da minha cara, ele havia escolhido a dedo um cara que pudesse me ferrar. Eu tinha certeza.

Suspirei e logo o carro estacionou em um hotel. Eu desci do carro e logo o homem fez o mesmo. Andei apressadamente atrás dele, que havia me deixado para trás. Entrou no hotel e encostou-se no balcão do recepcionista. O hotel era puro luxo. Enquanto ele fazia o check-in, me permiti olhar os adornos de todo o hall do prédio. Tudo era perfeitamente organizado. O piso brilhante, a parede perfeitamente clara em um tom de creme, lustres de cristais, sofás de couro preto e móveis de madeira escura. Suspirei e senti-o puxar o meu braço até o elevador. Ele me soltou assim que chegamos lá e ficamos em mais um silêncio. Ouvia o barulho mínimo do elevador a cada andar que subia. Paramos no último andar e eu arqueei a sobrancelha. Ele estava me levando para a cobertura.

Estranhei esse ato. Eu não era uma garota de
programa de luxo, que cobrava uma fortuna. Essas eu sabia que viviam em meio ao luxo. Saíam com os mais ricos do mundo. Mas eu não era assim. Afastei meus pensamentos assim que ele me pegou mais uma vez pelos braços e me empurrou para dentro do quarto. Se ele não fosse falar, eu iria.

— Não me machuque, por favor.  — supliquei com a voz assustada, sentia minhas pernas tremerem.

— Ninguém vai te machucar, Emi. — ouvi uma voz conhecida vir atrás de minhas costas, fazendo meu coração palpitar bem mais rápido, e ao virar-me identifiquei o dono da mesma, escutei a porta fechar atrás de mim e era o homem saindo do quarto.

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⏰ Última atualização: Apr 27 ⏰

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desirée - henry cavillOnde histórias criam vida. Descubra agora