Capítulo 3

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— Que porra é essa? Quem te deu essa arma? — A voz do homem era grave e carregada de autoridade, e eu senti um calafrio percorrer minha espinha ao encarar a intensidade do seu olhar penetrante.

Engoli em seco, o som ecoando em minha garganta enquanto o homem se aproximava de mim. A adrenalina pulsava em minhas veias, e seu olhar penetrante parecia atravessar minha alma, sondando cada pensamento que eu tentava ocultar.

O homem tinha uma presença imponente, com uma estatura alta e ombros largos que pareciam absorver a luz ao seu redor. Sua musculatura era definida, mas não exagerada, com um equilíbrio que sugeria força e agilidade. As tatuagens que cobriam seus braços e parte do peito eram uma coleção de animais, objetos e palavras que davam a ele uma aura de mistério e profundidade, como se cada marca carregasse um significado oculto.

Sem uma palavra, ele se aproximou de mim, e eu me vi paralisado, incapaz de desviar o olhar. Cada movimento do estranho era calculado e preciso, como se ele fosse um predador examinando sua presa. A tensão na sala era palpável, uma carga elétrica que fazia o ar parecer denso e difícil de respirar.

Com um movimento rápido e fluido, o homem deslizou seus dedos até a arma, que agora estava apontada para baixo. Prendi a respiração, o coração martelando em meu peito com uma intensidade que parecia ensurdecedora.

Em um instante, ele me desarmou, retirando o carregador e a alça da arma com uma destreza impressionante. Observei, perplexo, enquanto ele manuseava a arma com uma familiaridade que indicava uma proficiência notável, como se tivesse feito aquilo milhares de vezes.

— Quem é você? — perguntei, minha voz saindo como um sussurro rouco, uma tentativa de esconder o tremor de medo e curiosidade. Estava determinado a descobrir a verdade por trás da presença do homem em minha casa, mesmo que isso significasse confrontar meus próprios medos e incertezas.

O estranho permaneceu em silêncio por um momento, seus olhos fixos nos meus com uma intensidade inabalável. Finalmente, sua voz ecoou no ar tenso da cozinha, carregada de um tom de desafio.

— Você tem razão em desconfiar de mim, Marcus. Mas não somos tão diferentes quanto você pensa... No entanto, se eu tiver que te dizer quem sou, vou ter que te matar. — Ele abocanhou um pedaço da comida que havia pego, como se o gesto fosse uma provocação adicional.

Um sorriso desafiador se espalhou pelo meu rosto, e eu não recuei. Estava determinado a enfrentar o perigo de frente, sem me deixar abalar pela intimidação.

— Você me mataria? — perguntei, deixando minha voz transbordar de desafio e coragem. — Tente a sorte.

O olhar do estranho era penetrante, mas eu mantive firme, decidido a não ceder. A atmosfera entre nós estava carregada de tensão, um duelo de vontades e intenções não ditas.

— Não estamos aqui para lutar, Marcus — disse o estranho, sua voz suavizando ligeiramente, mas ainda carregada de uma ameaça velada. Eu sabia que havia algo mais por trás de suas palavras, algo que não estava sendo revelado.

— Irei trabalhar — respondi, mantendo o olhar firme sobre ele. — Posso ver que já está melhor. Espero que, quando eu voltar, você já tenha ido embora.

Com isso, comecei a me afastar, sentindo o peso da situação ainda pairar no ar. O desconhecido ainda estava ali, e a sensação de que algo estava prestes a acontecer não me abandonava.

Com um último olhar para o homem, comecei a me afastar, o som dos meus passos ecoando pelo corredor. A sensação de alívio misturada com apreensão era quase palpável. O homem ainda estava ali, uma presença perturbadora que me fazia questionar o que realmente estava acontecendo.

A cada passo que dava em direção à saída, a tensão na cozinha parecia aumentar, como se a própria casa estivesse prendendo a respiração junto comigo. O homem observava, seus olhos fixos em mim com uma intensidade que quase podia ser sentida fisicamente. Era como se ele estivesse calculando cada movimento meu, cada pensamento que passava pela minha mente.


///Nota do Autor///

Oi, estou acompanhando vocês com os likes e alguns comentários, mas estou sentindo falta do engajamento de vocês com a história e com os fatos que vieram acontecendo... deixe nos comentários com está achando da história e o que vocês acham quem está por vir...

Um beijo e até a próxima.

O Dono do Morro (romance gay) - REVISANDOOnde histórias criam vida. Descubra agora