Capítulo Extra

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Os dias se passaram e a cidade do Rio continuava em caos, mas naquele momento, tudo estava bem. Lucas e eu havíamos decidido nos mudar. Com parte do dinheiro dele preso pelo governo e a situação complicada, tivemos que contar com a ajuda de Fernando e Gabriela. Juntos, conseguimos comprar uma ilha — a Ilha da Sororoca. Embora Lucas estivesse legalmente restrito ao estado do Rio de Janeiro, a ilha proporcionava um refúgio isolado e, ao mesmo tempo, a oportunidade de um novo começo.

A Ilha da Sororoca era um pequeno paraíso escondido no litoral, longe do tumulto da cidade. Sua beleza natural era de tirar o fôlego: praias de areia branca, águas cristalinas e uma vegetação exuberante que parecia ter saído de um sonho. Havíamos passado semanas planejando e organizando a mudança, e finalmente chegou o momento de começar essa nova fase.

Lucas estava ao meu lado enquanto o barco se aproximava da ilha. O sol estava começando a se pôr, pintando o céu com tons de laranja e rosa, e o ambiente ao nosso redor parecia refletir a esperança e o alívio que estávamos sentindo. Ele olhou para mim, um sorriso cansado, mas genuíno, nos lábios.

— Finalmente, estamos aqui — disse ele, sua voz cheia de um misto de exaustão e satisfação.

A primeira noite na ilha foi tranquila. Montamos o acampamento inicial em uma pequena casa que já havia sido reformada para nos receber. O cheiro do mar e o som das ondas quebrando na costa eram a melodia perfeita para nossos ouvidos cansados. A casa, embora simples, era acolhedora. Tínhamos planejado cada detalhe para garantir que fosse um lar confortável, mesmo com o mínimo de mobília.

Depois de arrumar as coisas e preparar um jantar simples, nos sentamos na varanda, observando o céu estrelado. A noite era clara e a temperatura estava agradável, criando um ambiente perfeito para relaxar.

— Eu ainda não consigo acreditar que estamos aqui — falei, olhando para Lucas. — Isso é surreal.

Lucas estendeu a mão para mim, pegando a minha com um gesto de ternura. — Eu também. Mas é o que precisávamos. Um lugar para começar de novo, sem a pressão de tudo o que deixamos para trás.

O calor das suas mãos e o conforto da sua presença eram um alívio após o caos que vivemos. Sentados ali, lado a lado, era como se o mundo tivesse diminuído para apenas nós dois e aquele pedaço de paraíso.

Quando a noite avançou, fomos para a cama. Naquela noite, enquanto os sons suaves do mar preenchiam o ambiente e a lua brilhava no céu, nós nos entregamos a um momento de íntima. Eu podia transar por toda aquela casa, era isso que eu queria. As sensações se intensificaram a cada movimento, e eu podia sentir o clímax se aproximando. Lucas aumentou o ritmo, e o prazer era quase insuportável, um crescendo de sensações que nos envolvia completamente. Nossos corpos se moviam juntos com uma urgência desesperada, e o prazer atingiu seu auge com uma explosão que nos deixou sem fôlego.

— Eu te amo, Marcus — ele murmurou, seus lábios roçando meu ouvido.

— Eu também te amo, Lucas — respondi, envolvendo meus braços em torno dele.

A noite se desenrolou lentamente, com carícias suaves e beijos apaixonados. Cada toque e cada beijo me fazia se sentir mais vivo.

Na manhã seguinte, o sol levantou-se sobre a Ilha da Sororoca, iluminando meu novo quarto. Lucas não estava mais na cama; as portas francesas de madeira estavam abertas e o vento frio trazia consigo o cheiro salgado do mar. Levantei-me da cama, ainda meio sonolento, e caminhei até as portas.

Lá fora, a cena que se desenrolava diante dos meus olhos era simplesmente perfeita. Lucas estava concentrado em uma série de poses de yoga, voltado para a baía do Rio, enquanto Tito, nosso adorável Golden Retriever, corria alegremente pela grama atrás de uma borboleta. O brilho do sol refletia na água, criando um espetáculo de cores que dançavam ao ritmo da brisa.

Eu respirei fundo, sentindo a brisa fresca e o calor do sol na pele. Aquela cena era o meu paraíso, um refúgio perfeito do caos que deixamos para trás. O simples prazer de ver Lucas em paz e Tito se divertindo ao máximo era tudo o que eu poderia desejar. O ambiente era calmo e sereno, um reflexo da tranquilidade que finalmente encontráramos juntos.

Eu me aproximei, fazendo o mínimo de barulho para não interromper a prática de Lucas. Quando ele finalmente terminou e se levantou, o sorriso no rosto dele era o reflexo da felicidade que sentíamos em nossa nova vida. Ele me viu e sorriu ainda mais, estendendo a mão para mim.

— Bom dia, amor,— ele disse, com uma expressão que transmitia paz e satisfação. — Venha se juntar a nós.

Lucas me abraçou pela cintura, seu toque era reconfortante e familiar. Enquanto estávamos ali, desfrutando da tranquilidade matinal, um homem de preto apareceu na entrada do jardim. Ele tinha uma arma na cintura e um fone de ouvido com um microfonezinho. Seu olhar estava fixo em um helicóptero que se aproximava, e ele parecia completamente à vontade em meio à situação.

— Sr. Ribeiro, — o homem disse com uma voz firme, — Fernando está chegando com os pacotes.

Lucas olhou para o helicóptero que pairava no céu, sua expressão se tornando uma mistura de expectativa e concentração. Ele me deu um rápido beijo na testa e se afastou um pouco, sua postura mudando para refletir a seriedade do momento.

— Hora de começar os trabalhos,—  Lucas declarou com um tom decidido, seu olhar agora focado no helicóptero que estava prestes a aterrissar.

Eu assisti enquanto ele se dirigia para o local onde Fernando e sua equipe estavam prestes a desembarcar. A manhã que começou com tanta serenidade estava prestes a se transformar em algo muito mais ativo e importante. Eu sabia que, embora estivéssemos em um lugar paradisíaco, a nossa nova vida estava apenas começando e trazia consigo uma série de novos desafios e responsabilidades.

Enquanto o helicóptero tocava suavemente o solo e os pacotes eram descarregados, a atmosfera mudou de calma para uma energia vibrante e focada. Eu me aproximei de Lucas, observando com interesse e um toque de ansiedade. O que quer que estivesse por vir, eu estava pronto para enfrentar ao lado dele.

Lucas, com sua atitude sempre destemida, me olhou e sorriu, sua confiança era contagiante. Juntos, nós iríamos enfrentar o que quer que o futuro nos reservasse, abraçando cada desafio com a mesma determinação que havia nos levado até ali.


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O Dono do Morro (romance gay) - REVISANDOOnde histórias criam vida. Descubra agora