Acordei e fui para a escola.
Já estamos em agosto e estou quase a fazer os exames finais.
Como sempre, mal as aulas acabaram dirigi me ao corredor das artes para ir para a sala de música.
Entrei no corredor e ouvi uma melodia familiar. Triste e melancólica mas maravilhosa. A melodia do Jace.
Parei para ter a certeza de que não estava a imaginar nada e que era bem real.
Andei cuidadosamente até à sala de música. Tive medo que, ao mais pequeno barulho que eu fizesse, a melodia desaparecesse e mergulhasse de novo no silêncio.
Abri a porta e lá estava ele ao piano. Será que tenho capacidade para ver fantasmas?
Levantou a cabeça e fixou o olhar em mim. Deixou o piano e começou a aproximar se de mim. Eu estava imóvel e incapaz de me mexer.
Ficou à minha frente sem nunca desviar o olhar do meu. Senti as lágrimas nos meus olhos. Eu sentia o calor do seu corpo no meu, a sua respiração na minha cara.
Uma lágrima escorreu me pela face.
-Tu estás aqui. És real. Por favor diz me que não estou a dormir.
A mão dele acariciou me a face. Fechei os olhos ao seu toque. Ele é real.
-Estou aqui. Graças a ti.
Abracei o com força com medo que, se o largasse, ele desaparecesse. Abraçou me também.
-Julguei que estavas morto.
Ainda não acredito que ele está mesmo aqui.
-E estive. Mas tu salvaste me. O teu sangue trouxe me de volta e estou te grato por isso. És mais poderosa do que imaginas.
Beijei o como se nunca mais o fosse ver. Beijei o de uma maneira que ele nunca irá esquecer.
-Não me voltes a deixar. - sussurrei.
-Se depender de mim, nunca mais voltará a acontecer.Ficámos na sala um bocado, a matar saudades, e quando digo matar saudades é aos beijos, e depois ele foi deixar me a casa.
-Vêmo nos amanhã?
-Claro.
Beijou me e eu entrei em casa. O meu pai tava à minha espera.
-Tem cuidado. O teu último namorado era um psicopáta.
-O Jace não é. Ele é que me ajudou a fugir e acabar com o Daniel.Contei aos meus pais e à minha avó o que aconteceu.
Omiti a parte em que ele morreu mas o meu sangue com poderes estranhos concebidos pela energia da lua, resumindo sangue dos Filhos da Lua, o ressuscitou.Jantámos no acampamento com a marilha mais os meus tios e o Chuck para celebrar o meu regresso já que ainda não tínhamos tido oportunidade de o fazer.
Tive de contar a história vezes sem conta porque havia sempre alguém que não tinha ouvido. Problema das famílias numerosas. Mas eu adoro os.
Chegámos a casa já era tarde por isso só tive tempo de vestir o pijama e mal aterrei na cama adormeci.Estou sentada num sítio muito desconfortável e vendada.
Ouço um sussurro e assusto me.
"-O passado voltará."
Depois vi imagens de uma mansão.
A cara de um vampiro morto.
Uma mulher de costas com o cabelo preto e liso que lhe chega ao rabo.Acordo confusa. Estranho.
Ainda era de madrugada por isso dormi mais um pouco.De manhã a minha mãe tinha me preparado um grande pequeno almoço. Panquecas, fruta, sumo de laranja, café,...
-Uau mãe! Não era preciso.
Tocaram à campainha.
-Eu vou lá!
Apressei me até à porta.
-Olá Jace!
-Olá!
-Entra!
Ele entrou e a minha mãe abraçou o de repente. Provavelmente por me ter ajudado a sair do solar dos Wars.
-Come à vontade. Vou sair, faz companhia à Lindsey.
Jace riu se.
-As mães adoram me.
-Ah ah ah, que piada.
Puxou me para si, manteve as mãos nas minhas coxas e beijou me.
Fomos interrompidos pelo "tossir" do meu pai.
Senti a minha cara a aquecer e o Jace também estava corado.
Quando saiu de casa começámos a rir.Fomos dar um passeio, almoçámos numa pizzaria e fomos à praia. Vesti o meu melhor biquíni. Sutiã bordô e cuecas pretas.
Jace não paráva de olhar para mim.
-Que foi?
Sorriu.
-Nunca te vi com tão pouca roupa.
Corei.
-Sabes... - começou - eu não tinha a imortalidade vampírica mas o teu sangue deu ma.
-E isso é bom ou mau?
-Penso que é bom. Assim não te livras de mim durante muito tempo.
Sorri e sentei me ao colo dele.
-Tive saudades tuas.
-Eu também.
-Podíamos ir a tua casa. Nunca lá fui.
-Tu não ías querer.
-Por favor.Entrámos no carro e fomos até à floresta.
Chegámos a uma gruta.
-Tu vives numa gruta?
-Mais ou menos.
Entrámos e havia uma porta.
Fiquei de boca aberta. Atrás dessa porta estava o interior de uma casa enorme. Tudo moderno com mobília escura. A cozinha era junto com a sala.
-Desta é que eu não tava à espera.
-És a primeira pessoa que trago aqui.
Sorri.
-Bem, tu foste o meu primeiro beijo. Deves me isto.
-Fui?
-Sim.
-Fui o primeiro em mais alguma coisa? - disse aproximando se e afastando uma madeixa de cabelo dos meus olhos.
Engoli em seco.
-Ainda não.
Puxei o pelo pescoço e beijei o apaixonadamente. Agarrou me na cintura elavando me para o seu colo. Coloquei as minhas pernas à volta da sua cintura para manter o equilíbrio.
Senti o seu sorriso contra a minha boca enquanto me levava para o quarto. Sentou se na cama ainda comigo ao colo e a beijar me. Mordeu levemente o meu lábio inferior.
Hesitei, mas depois despi lhe a t shirt.
Apanhei o de surpresa.
-Tu e o...
-Não.
-Então quer dizer...
-Sim. Mais uma primeira vez contigo.
Despiu me a camisola.
Deitou me na cama ficando em cima de mim apoiado com uma mão por cada lado do meu corpo.
Deixou um rasto de beijos que começava na minha boca e acabava no meu umbigo e depois voltava para a boca. Suspirei e senti o a sorrir contra a minha barriga. Chegando à boca parou para olhar para mim. Aqueles olhos. Lindos e únicos.
-Tens a certeza?
-Sim. Estou preparada.
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Os Filhos da Lua
WerewolfLindsey, filha de pais ambos licantropos, não tem a marca que definiria se pertence aos lobisomens. Esperaram até aos seus 16 anos para ver se havia inicios de transformação, o que não aconteceu mas demonstrou ser mais poderosa do que aparenta.... ×...