☼ | Devaneios e (quase) beijos.

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REPUBLICANDO PORQUE A PORRA DO WATTPAD NOTIFICOU ERRADO.

Dia seguinte.

A palma da mão de Verônica foi passando pela
bochecha de Anita, deslizando pelos fios loiros até a orelha. Verônica se aproximou com os olhos fechados e é óbvio que, a esse ponto, os olhos da loira estavam arregalados e surpresos, enquanto a pergunta "Meu Deus, ela vai me beijar?" se oscilava em sua mente.

Verônica puxou o corpo de Anita contra o corpo dela pela cintura, de olhos fechados, e então, se beijaram lentamente enquanto Verônica a segurava em seu colo. Os beijos foram ficando cada vez mais intensos e quentes, até que Anita deitou-se de costas na areia macia, com o corpo de Verônica pesando sobre o seu, enquanto a mesma devorava o pescoço da loira com beijos e chupões que pareciam sugar a alma de Anita por completo.

Espera, gatinha... – Verônica sussurrou contra os lábios da loira, com um hálito quente, em um tom de voz rouco e sério. — vamos para um lugar mais reservado. — sorriu maliciosamente.

E tudo ficou esfumaçado, a lua desapareceu e as estrelas também, o mar virou nuvem, e a areia dissolveu.

E então, Anita acordou.

A loira abriu os olhos rapidamente, se levantando da cama num susto. Esfregou os olhos, se afundando de volta no travesseiro, frustrada. Frustrada por que? Por acordar tão cedo em uma manhã de sábado ou por ter sido apenas um sonho?

O coração de Anita só faltava sair pela boca, e o seu corpo, mesmo estando com o ar condicionado ligado, estava completamente suado.

— Que merda... — A loira passou a palma de sua mão em sua testa, sentindo o quão úmida estava.

De supetão, veio a sua mente que é hoje.
É hoje que ela iria ver Verônica tocar, ou melhor, é hoje que ela iria secar Verônica novamente.

Anita olhou rapidamente para o relógio e franziu a testa ao perceber que ainda era cedo. Acordar cedo em pleno sábado? Que perseguição.

Espreguiçando-se na cama, esticando cada parte de seu corpo, Anita pegou o celular que guardava em baixo do travesseiro, e se deparou com uma mensagem de Clarita, dizendo que ela pegou o carro para ir até a casa de Nelson e só iria voltar no dia seguinte.

— Ai, Clarita. Você me paga, sua fodida. — Anita rangeu os dentes.

Plena nove da matina, e Anita já estava estressada por uma simples falta de atenção da parte de Clarita.
Tão inteligente para relacionamentos, mas tão burra para outras coisas...

O desafio não estava tanto em ir até o bar, já que era perto e havia movimento na rua devido ao horário marcado para se encontrar. O verdadeiro desafio era na volta para casa, a segurança ao retornar era a principal preocupação.

E por um instante, Anita se esqueceu do sonho maluco que teve, mas logo lembrou.

Que sonho foi esse? — Anita se perguntou mentalmente, colocando a mão na cabeça e respirando fundo ao se lembrar da cena em seu sonho.

A posição, o cheiro, a respiração, as palavras...
Tudo muito nítido e claro!

No momento em que acordou, Anita não sabia ao certo se estava frustrada por acordar tão cedo, ou por tudo aquilo, aquele beijo, aquele olhar, aquele toque... aquele sonho ser apenas um sonho.

E, ao longo do dia, os resquícios daquele sonho ecoaram na mente de Anita, deixando-a incapaz de encontrar qualquer forma de distração que a libertasse desse devaneio peculiar, Anita viu-se sem saída de como enfrentar o inevitável encontro com Verônica, sem ter ideia de como disfarçar as lembranças do sonho que tivera.

Sol loiro ✶ VeronitaOnde histórias criam vida. Descubra agora