𝐏𝐫𝐨́𝐥𝐨𝐠𝐨

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  Minho estava chorando. O garoto soluçava, os sons abafados pelo pescoço ou o ombro da irmã. Os dois tinham lágrimas correndo pelo rosto, e estavam se abraçando ardorosamente.

Minho não sabia quanto tempo fazia desde a última vez que eles tinham se visto, se visto mesmo. A última vez que havia tocado em sua irmãzinha, foi na noite em que mataram seus pais e os levaram para o cruel.

— Eu os odeio — disse Minho alto em meio a fungadas. Ele soltou a irmã e limpou o rosto. — Eu odeio todos eles! Como podem fazer isso? Como eles podem nos roubar de nossas casas e nos manter separados assim? Isso não está certo! — Ele berrou a última palavra, Newt e Thomas  olharam assustados para a porta, se alguém soubesse que eles estavam ali poderiam ter problemas.

— Não, não, não — disse Kate em um tom tranquilizador. Ela segurou o rosto do irmão entre as mãos, olhando-o direto nos olhos. —Não diga isso. Você está vendo tudo errado. Nossa situação é melhor do que a de 99 por cento das crianças lá fora. Eles nos salvaram, irmãozão. Qual a probabilidade de estarmos vivos se eles tivessem nos deixado lá fora? — Ela puxou Minho de volta em um abraço.

— Mas por que eles nos mantêm separados? — perguntou ele, e a tristeza em sua voz partiu o coração de Thomas. — Por que todos os testes, jogos e crueldade? Eu os odeio. Não me importa o que você diga.

— Um dia tudo isso vai acabar – sussurrou a menina mais nova. — Eu ainda não sei em qual labirinto irei entrar, eles me deixarem sozinha o tempo todo. Mas irei rezar para que eu possa ir pra o Grupo A, aí vamos voltar a ficar juntos. Ei, você é meu irmão mais velho. Era você quem devia estar me confortando.

— Eu amo você, Kate,— respondeu ele, apertando-a com força. – Eu amo muito você.
– Ele se inclinou para trás e olhou para ela.
Ela sorriu, e Minho sacudiu a cabeça, puxando-a de volta em um abraço forte.

— Eu te amo, e vamos sair dessa! Vou encontrar você no labirinto — Kate fungou, ela olhou para Thomas e Newt — Cuidem dele por mim, apesar dos músculos, ele não tem muito cérebro.

Minho não ligou para a ofensa da irmã, a puxou para outro abraço. Ele iria para o labirinto, iria esquecê-la para sempre. Sua mente nunca mais iria lembrar-se dela. Mas eu sei coração sua irmãzinha sempre estaria ali.

𝐄𝐱𝐩𝐞𝐫𝐢𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐋𝐞𝐭𝐚𝐥 𖥠 𝐌𝐀𝐙𝐄 𝐑𝐔𝐍𝐍𝐄𝐑Onde histórias criam vida. Descubra agora