ROBERT PATTINSON | TODA SUA

24. Conselho de Mãe

POV ROBERT PATTINSON

- Robert? Filho o que faz aqui?- minha mãe parecia assustada ao me ver a sua porta tão cedo.- Aconteceu alguma coisa com a Suki?

Fiz que não enquanto ela me abraçava e me levava para dentro de casa.

- Não... está tudo bem com a Suki, dentro do possível.- Falei sentando ao seu lado no sofá.- Papai não está?

- Ele foi resolver alguma coisa na casa da Lizzy, ajudar seu cunhado, sei lá.- ela gesticulou com as mãos. - Vamos, me diga, porque está aqui com essa cara de perdido?

Me recostei no sofá, fazia tempo que eu não vinha na casa dos meus pais, sempre que surgia a oportunidade Suki arrumava uma desculpa para nao comparecer.

Eu sentia falta de estar ali.

- Mãe,  eu vou ser pai.- Falei num suspiro.

Ela arregalou os olhos, colocando as mãos na boca.

- Deus seja louvado!- exclamou emocionada.- O tanto que eu orei para Suki ficar grávida, quem sabe um filho...

- Não, mãe.- Eu a interrompi, um aperto no peito porque sabia que se eu não falasse tudo de uma vez ia me arrepender. - Não é a Suki... Eu me envolvi com uma colega de trabalho e...

- Robert!- ela quase gritou, me olhando com decepção.- Como você pode trair a sua esposa?

Apertei meus olhos, por mais que tudo fosse muito errado eu não conseguia me sentir culpado.

- Mãe, eu não vou me desculpar por isso.- Falei passando a mão em meu cabelo.- Foi um encontro de almas, eu tentei evitar, tentei lutar contra mas não deu certo! É algo muito mais forte do que eu. Quando tudo aconteceu com a Suki nós nos afastamos mas a Ana já estava grávida.

Minha mãe franziu o cenho.

- Ana?- perguntou.- Aquela garota que fez o filme que você desistiu? Robert,  meu filho! Você se envolveu de novo com a sua coestrela?

É, realmente a história tinha se repetido, mas dessa vez eu ia fazer dar certo.

- É ela, mãe.- foi impossível não sorrir ao falar dela.

- Vagabunda, destruidora de lares!

- Mãe!

- Que mãe o que?- ela se levantou, andando de um lado para o outro.- Você se envolveu com uma atrizinha de quinta que agora está te aplicando o golpe mais antigo do mundo!

- Não teve golpe nenhum, mãe.

- Como não? Olha, Robert, pelo amor de Deus. Você não tem mais idade pra tá fazendo esse tipo de palhaçada, essa sem vergonhisse! Sua esposa em casa e você traindo ela com uma negrinha oportunista.

Levantei.

- Não, mãe. Você não me disse isso!- aquilo era inadmissível!- A essa altura da vida você se mostrando ser uma racista? Eu não posso acreditar.

Ela arfou, a mão direita tocando o peito.

- Eu não sou racista.- disse fazendo uma careta.- Eu sou apenas a favor da família tradicional, meu filho. Essa garota se aproveitou de você! Que vergonha!

Rolei meus olhos.

- Ela não se aproveitou, mãe.- Eu disse indo até a porta.- E eu a amo. Mas não se preocupe, você não vai mais ter notícias minhas então não será que se preocupar com a vergonha.

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Eu não esperava que minha mãe reagisse daquela forma, esperava uma certa resistência mas não que ela fosse me falar aquelas coisas horríveis.

Acabei chegando em casa esperando duplamente o pior de Suki, mas eu estava decidido. Eu não tinha muito tempo, Matheo podia nascer a qualquer momento dali a duas semanas, não dava pra esperar.

Suki estava sentada no sofá e não me recebeu com uma cara muito agradável.

- Oi.- coloquei minha mala no chão da sala.

- Oi.- ela estreitou seus olhos castanhos para mim.

Olhem que observação engraçada  seus olhos eram do mesmo tom que os olhos de Ana, mas não despertavam em mim o que os de Ana despertavam.

- Como você está?- perguntei, " comendo pelas beiradas".

Ela  cruzou as pernas.

- Bem.- disse estalando a língua.- Então... Eu acompanhei a premiare do filme, a Ana apareceu grávida ne? Que escândalo!

Claro que ela tinha visto a premiare.

- Suki nós...- Me sentei no outro lado do sofá.

- Ela te contou quem é o pai?- ela me interrompeu com a pergunta.- Eu vi nas notícias da New People que você acompanhou ela até o hotel.

Foi minha vez de estreitar os olhos.

Suki não era tão inocente assim, ela estava jogando comigo.

E eu estava certo.

- Esse tempo todo você estava me traindo com ela.- Não foi uma pergunta.

- Eu respeitei você...

- Quando?

- Quando você perdeu o nosso filho.- rebati,  mas eu sabia que mesmo amando Ana demais eu ainda estava errado.

Suki soltou uma risada esganiçada que me arrepiou.

Fiquei em alerta.

Aquela risada era um alerta para uma possível crise.

- Nossa.... Que altruísta da sua parte... Pena que ela já estava grávida de você,seu otário.

- Suki....

- NÃO!- ela gritou ficando de pé.- Você é um traidor e todo o mundo vai saber o quão sem vergonha você é,  Robert!- Ela pegou um vaso ao lado do sofá e arremessou contra a parede ao lado da lareira.

Me encolhi.

Eu já sabia que ela poderia entrar em crise, mas torcia para que não acontecesse.

Porra,acreditem quando eu digo que nao quero o mal dela.

Mas eu nao podia perder tempo.

Eu não a amava.

E isso tinha tempo, apenas estava com ela por egoísmo.

Ana tinha decidido seu lugar em minha vida desde o início.  O correto seria eu ser homem o suficiente e terminar meu casamento. Arriscar ficar com Ana, mesmo que ela não quisesse assumir nada entre nós.

Mas não.

Fui egoísta e estúpido.

Preferi arriscar dois pássaros na mão...

Suki passou a hiperventilar a minha frente,andando de um lado para outro,falando palavras desconexas, até que parou e me encarou.

- Você não está com cara de arrependido.- Observou com uma calma e frieza que me arrepiavam, já era tarde para sua mente, a crise já tinha lhe dominado. Tentei falar mas ela avançou sobre mim, sentando de pernas abertas em meu colo.- Diga pra mim, amor.... Diga que se arrepende...

Engoli em seco.

- Suki, eu...

- NÃO!- Ela gritou na minha cara.- NÃONÃONÃONÃONÃO.

Segurei seus ombros para impedir que se machucasse e deixei que gritasse contra mim, nada que eu falasse poderia justificar.

- VAI EMBORA.- Ela grunhiu por fim.- SOME DA MINHA VIDA! SEU MONSTRO! ENQUANTO EU ESTAVA PERDENSO SEU FILHO VOCÊ ESTAVA COM OUTRA. VAI EMBORAAAAA!

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