Cap 9

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Lauren Jauregui M.

Meu dia estava se arrastando de uma maneira insuportável. Camila não vinha trabalhar fazia  dois dias, com sua agenda um pouco mais calma após um desfile, Camila havia deixado informativo para cancelar tudo e qualquer coisa dela durante 4 dias, que qualquer coisa ligaria para emergências e de contrário, poderia fazer o mesmo.

Eu ficava olhando para sua letra bonita através do papel que tinha sido deixado em cima da minha mesa com o informativo. Parecia que eu conseguia sentir a lembrança de seu cheiro sem muita dificuldade pela sua sala ou até mesmo na sua letra pela folha.

-Está olhando pra essa folha o dia todo.-Dinah falou chamando minha atenção, me fazendo soltar a folha ao mesmo tempo e logo a encarar e perceber que eu havia me esquecido que tem câmeras por cima de mim o tempo inteiro.

-Está tudo calmo.-Justifiquei minha falta do que fazer. Ela sorriu se sentando em um banquinho ao meu lado, me olhando durante alguns segundos.

-Como você pode estar sentindo coisas por alguém que você não conhece ?-Dinah perguntou me olhando aos olhos, suspirei.

-Dinah, eu não..-Ia falar, mais ela sorriu, com a cara de alguém que não acreditava em nada que eu iria falar.-Ok. Eu não sei.. Dinah não fale sobre isso com Camila, também não entendo, não me sinto confortável.

-Certo.. eu sinto muito que sinta algo, Lauren.-Ela falou suspirando, assenti.

-E como todos dizem, Camila não é fácil, ainda mais nesse lado da vida.-Falei já assentindo enquanto ela apenas concordava com minhas palavras.

-Enfim. Você pode me ajudar em algo.. -Ela falou um pouco retraída, me fazendo franzir o cenho.-Queria o contato de sua amiga.. Normani.

-Prefiro não questionar as razões pela qual você quer o número de Normani. Então..-Falei já pegando um pequeno pedaço de folha e escrevendo, entregando na mão de Dinah que sorriu em agradecimento, provavelmente mais pela questão de eu não ter perguntado nada sobre.-Só devo te avisar que Normani também não é fácil...

Falei alto vendo Dinah me levantar o dedo do meio enquanto já se aproximava do elevador, sumindo de minha vista.

Olhei uma última vez o papel escrito com as letras de Camila e suspirei amassando o papel, o jogando no lixo.

Eu também não conseguia compreender como poderia estar gostando de uma mulher que não conheço, uma mulher que nunca havia dado nada pra mim além de sexo que era extremamente, delicioso. Camila tinha um brilho diferente, a pose dela me atraía, sua elegância me chamava atenção, seu olhar me deixava louca. E seu beijo.. o seu beijo havia conseguido me fazer acreditar que a conexão existia de fato, que a química é real, e entre nós é impecável.

Eu havia agido com bastante sentimento na última vez que havíamos transados, fiquei me perguntando se foi aquilo a fazer ela se bloquear de mim. Se o meu sentimento fazia feito ela se apavorar demais.

Camila parecia sempre ter tudo sobre controle, e eu percebia o seu esforço em me ter em suas mãos, mesmo com nosso contrato encerrado por escolha dela.

E eu estava possessa de ciúmes, daquela mulher a qual ela parecia estar super animada em até mesmo sorrir junto, em deixar a exposição de sair com ela do prédio como se fosse íntima. Me incomoda os olhares sobre Camila, de alguém que claramente a queria.

Antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, vi meu celular tocar e eu vi que o número de trabalho de Camila me ligava, me fazendo franzir o cenho durante alguns segundos, mais logo atendi.

-Srta Jauregui. Recebi um e-mail que documentos tinham que ser enviados assinados até hoje. Sabe me informar se já está tudo ok para você encaminhar ?-Ouvi a voz de Camila ao outro lado, me fazendo engolir em seco.

-Não seria pra encaminhar apenas segunda feira ? A senhora ainda não assinou.-Falei pensativa sabendo do que ela se referia.

-Não, é para hoje. Recebi lembrete. Esses documentos precisavam estar assinados, por que não me lembrou?-Ela perguntou praticamente em surto de estresse.

-Pensei que era para segunda feira. Nas minha anotações diz ser para segunda feira.-Falei um pouco nervosa. Ela odiava erros e de fato precisava ser encaminhado assinado na data.

-Não é problema meu seus erros. Traga até mim pra que eu assine e você encaminhe ainda hoje.-Ela falou, pisquei algumas vezes.

-Aonde a senhora está ?-Perguntei suspirando.

-A 1 hora e meia da cidade. Mandarei as coordenadas.-Camila falou, me fazendo franzir o cenho.

-Como eu irei senhora ? Não tenho carro.-Falei sem entender.

-Se vire Jauregui. Boa tarde.-Ela falou encerrando a ligação e não deixando que eu falasse mais nada.

Apertei meu celular em meus dedos, dando o nervoso de chateação por aquela mulher ser tão difícil de lidar. Mais logo respirando fundo e ligando para Normani que não demorou a atender.

-Mani, sei tá trabalhando, mas.. pode me emprestar seu carro? É uma emergência.-Falei bufando.

-Claro laur, irei deixar a chave na recepção com aquela menina de sempre. Pega com ela e o carro no estacionamento. Voltarei com uma pessoa pra casa de qualquer forma... amanhã você me entrega.-Ela falou dando uma risada, me fazendo revirar os olhos e preferir não perguntar.

-Obrigada Mani.-Falei logo me despedindo e encerrando a ligação para acelerar tudo que eu precisava.

Imprimi e separei tudo que Camila precisava assinar, me preparando para sair e logo o fiz, gastando longos minutos pra chegar ao prédio que Normani estava trabalhando e conseguindo pegar a chave de seu carro e o carro para acompanhar a localização enviada por Camila que dava em cerca de 01:47 minutos de distância.

Fiquei durante todo o caminho pensativa, e demorou mais do que parecia que iria. Eu odiava dirigir por tanto tempo e ver o tempo já para escurecer, me fez perceber que eu teria que voltar já pela noite.

Quando estacionei aonde Camila me mandou a localização, fiquei analisando a grande casa de fazenda, com um verde lindo ao redor, eu via cavalos, montanhas para trás e um por do sol lindo. O lugar era encantador sem dúvidas.

E meu sorriso acabou surgindo ao rosto quando vi Camila em cima de um cavalo que andava calmamente e ela parecia completamente relaxa com a situação, olhando para o longe enquanto o por do sol batia contra sua pele.

Encantadora.

A chefe. Where stories live. Discover now