A chefe.

Cap 20

Lauren Jauregui M.

Aguardei por Camila em minha mesa muito além de meu horário. Mais eu via através do vidro que ela não estava fazendo por mal, seu celular tocava com frequência e ela não parava de escrever algo ou de assinar documentos.

Quando chegou as 20h, eu vi o céu relampejar denunciando a chuva que cairia, Camila pareceu se assustar com aquilo e eu acabei sorrindo sozinha ao ver seu corpo vibrar com aquilo.

Parecia que ela tinha se esquecido de minha presença, a mulher esticava as costas e eu vi ela até mesmo soltar os saltos de seus pés para mais conforto, levando as mãos até o cabelo para o puxar em um coque mal feito.

Camila é uma mulher sexy e charmosa, sem muito esforço, e eu conseguia me sentir alucinada apenas pelos movimentos tão simples que ela fazia consigo mesma.

Quando ela fechou aparentemente a última pasta que estava por cima de sua mesa, parecendo terminar tudo, eu vi a chuva cair de uma só vez pelo lado de fora. Mais me assustei quando vi a energia faltar e ficar apenas a iluminação a fora dando luz a sala da mulher e aonde eu estava sozinha, já que naquele prédio só restava apenas eu, Camila e os seguranças no piso 1 como de costume.

Me levantei vendo a mulher ligar o flash do celular para iluminar melhor aonde ela estava.

-Sabe se tem velas ? Posso acender pra senhora.-Falei vendo Camila me encarar, negando devagar. -Eu estava te esperando.

-Eu sei, eu senti você me olhando durante todo esse tempo.-Ela falou, assenti pois pensei que ela tinha esquecido de minha presença com sua distração.-Acho que a chuva acabou com seus planos.

-Não se preocupe, eu tenho amanhã para te levar para jantar.-Falei com um sorriso tendo seu olhar sobre o meu, mais ela se manteve em silêncio como resposta. Vi Camila caminhar até um pequeno armário na lateral da sala, com o flash do celular ela conseguiu encontrar um pacote de velas ali, me aproximei para pegar de sua mão.-Deixe comigo, você está cansada.

Camila não argumentou, peguei a caixa de vela de suas mãos e com alguns pires para proteção, eu coloquei em alguns lugares, acendendo as velas para conseguir ver melhor o ambiente ao nosso redor. Em outros momentos, eu até mesmo falaria que estava parecendo uma bela surpresa romantica, acabei sorrindo.

-O transformador só voltará com a energia de trinta minutos a uma hora. Infelizmente as vezes demora bem mais que isso, devido a estar com problemas.-Ela falou, assenti vendo a chuva forte que caia.-Teremos que esperar essa chuva melhorar.

-Karla. Não estou nem um pingo incomodada de estar aqui com você.-Falei deixando claro para a mulher que assentiu, parecia tão cansada que não tinha nem forças para me retrucar da maneira elegante a qual ela sempre conseguia.

Vi a mulher se sentar no sofá espaçoso de canto de sua sala, fui até o frigobar perto de sua mesa e fiz um chá para a mulher, do jeito que ela gostava, com os itens que ficava em cima e lateral da pequena geladeira.

Quando levei a xícara com o ar fumaçando de quente até a mulher, vi ela me olhar como uma forma de agradecimento e pegar com calma de minha mão.

-Me permite uma massagem?-Perguntei vendo ela tomar um pouco do líquido e levar seus olhos aos meus em uma análise, mais logo vi ela negar, me autorizando a tocar em si.

Me ajoelhei sobre seus pés, vendo que Camila usava uma meia calça transparente por baixo de sua saia.

Ela me encarava de maneira analítica, como se tivesse acompanhando cada movimento meu. E eu como não queria deixar de a fazer sentir algo, eu passei minhas mãos por suas coxas, por cima daquela meia calça, até chegar a barra dela por baixo de sua saia, sentindo a lateral de sua calcinha enquanto puxava sua meia calça para baixo.

Senti meu corpo quente pela sensação de sentir tanto de si em mim, por sentir meu corpo como imã para minhas mãos. A mulher chegou a levantar um pouco a bunda para me ajudar a puxar a meia calça para baixo, me fazendo desejar ver mais de si.

Ela estava em silêncio, tomava seu chá com calma conforme eu passava as mãos por suas pernas, panturrilha e tornozelo, até os pés.

Eu passava minhas mãos por cada músculo seu, apertando com leveza para lhe dar sensações boas, escutando apenas o barulho da chuva a fora, enquanto enxergava seu rosto através da clareza das velas.

Que mulher linda.

Meus joelhos não reclamavam de dor, e não seria loucura se eu falasse que estava morrendo de vontade de passar minha boca por cada lugar que minha mão ia. Ela estava cansada, e eu saberia a fazer relaxar.

Vi Camila terminar com sua xícara e colocar ela na mesinha ao lado, e ao contrário do que pensei, ela pegou na gola de minha camisa, se curvando para que ficasse cara a cara comigo.

Não sei em que momento meu corpo ficou tão quente, mais a sensação que foi sentir seu nariz ao meu quando ela se aproximou e beijou minha boca, tomando meus lábios para si de maneira confortante.

Aproveitei da liberdade dada por ela, me levantando aos poucos sem tirar o contato de nossos lábios, Camila não reclamava ou se afastava, aproveitei daquilo para tocar em sua cintura quando nós deitei naquele sofá, ficando por cima de seu corpo.

Ela estava relaxada por baixo de mim, tocava minha cintura com suas mãos pequenas. Enquanto eu fazia carinho em seu rosto para diversos beijos que dava por seus lábios e rosto.

Senti meu corpo se esquentar conforme nosso corpo se roçava e eu ouvia a chuva parando. A iluminação da vela e deixava tão sexy e aquilo estava me enlouquecendo.

Quando afastei um pouco meu rosto do seu, tive seus olhos aos meus, e o sorriso travesso em seus lábios, tão atraente e tão bonita.. firmei mais meus toques em sua cintura, sentindo suas pernas se abrirem e sua saia subir quando suas pernas se fecharam por minha cintura, me fazendo gemer quando senti seus dentes puxarem meu lábio para si.

-Adoro a rouquidão de sua voz.. você gemendo é mais gostoso ainda. -Ela falou baixo entre meu lábios, fazendo minha pele se arrepiar com sua unha que se arrastou pela minha barriga, por baixo da minha camiseta.

-Eu quero te ouvir gemendo, Karla.-Falei sorrindo, descendo a mão por seu corpo enquanto tinha seus olhos aos meus. Passei pelo tecido de sua saia e pressionei meus dedos por cima de sua calcinha que eu senti a umidade presente, ouvindo Camila gemer com a pressão dos meus dedos.-Está molhada, senhora ?

-Você fala demais.-Ela falou quando a silenciei com outro beijo, suspirando pelo calor delicioso que eu estava sentindo.

-Se a senhora quiser, a chuva parou, ainda posso te levar para jantar..-Comentei entre seus lábios, para ter certeza das pretenções daquela mulher comigo.

-Tenho certeza que você tem a capacidade de me levar para jantar outro dia.-Ela falou quando eu sorri, roçando meus lábios aos meus apenas para me enlouquecer.-Ficaremos aqui.